Gostaria de ter razões para ser optimista e ter esperança acerca do futuro de Portugal. Esforço-me por isso, mas, a par de uns poucos exemplos positivos, sou alagado sucessivamente por baldes de água fria que quase me deixam sem respiração.
Hoje vem a público a notícia de que há um grande «Fracasso na venda de equipamento» militar e ela aparece noutro jornal com o título «Vendas na Defesa só rendem 13 milhões» tendo o planeamento previsto 90 milhões.
Portanto apenas houve uma eficiência de pouco mais que 14% na concretização do planeado, o que representa nulidade dos planeadores, pois seria aceitável que, ao contrário, a eficiência fosse de 85 por cento e a falha de 15 por sento, o que já é muito, mas uma eficiência de apenas 14 por cento é um escândalo, embora se reconheça que o mercado não é tão previsível como o material.
Mas curiosamente, o plano referia-se a material e este não estava em condições correspondentes aos números constantes no plano. Por exemplo, estava previsto vender por 15 milhões de euros 10 aeronaves [C212 Aviocar] que estão há bastante tempo na situação de inibidas de voo, encontrando-se, regra geral, incompletas e, algumas delas, sem os respectivos motores, sendo somente possível a sua alienação como sucata ou para fins museológicos".
São casos como este que levam Luís Campos Ferreira a afirmar que "esse orçamento é exemplo do que este Governo tem feito nas mais diversas áreas: um enorme abismo entre as previsões e a realidade. O que este Governo tem feito são exercícios de ilusionismo".
El País
Há 2 horas
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