quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A «ética» dos políticos

Ao escolher este título generalizador, não quero deixar de fazer uma ressalva para os eventuais políticos que sejam excepção à interpretação dada por esta líder partidária ao «ponto de vista ético». Refiro-me ao artigo que transcrevo de Manuel António Pina.

Não me custa aceitar que haja eventuais excepções, mas à cautela continuo na minha de que ninguém provou merecer o meu voto, e agora muito menos. Se a minha preferência era para o voto branco, agora perante a organização de apoio ao voto nulo já existente, acho que a união faz a força e, por outro lado, dou razão à amiga Isabel que me alertava de que, com a falta de ética oficialmente comprovada, um boletim em branco é facilmente transformado por um dedicado militante no escrutínio em voto pelo seu partido. Para estas coisas, os políticos não são arrogantes e jogam com a sua «ética» da forma que mais beneficiar os seus «boys».

Um governo prometedor
JN. 090813 Por Manuel António Pina

Um putativo governo da dra. Ferreira Leite promete:

- nas Finanças, a gerir os impostos, António Preto, pronunciado por crimes de fraude fiscal e falsificação, delfim da líder e imposto por ela como deputado;

- na Habitação e Obras Públicas, Helena Lopes da Costa, arguida por crimes relacionados com a atribuição irregular de casas enquanto vereadora, igualmente imposta pela líder;

- na Saúde, o cunhado cirurgião vascular do dito António Preto, que lhe engessou o braço no dia em que ele devia sujeitar-se a uma perícia na PJ para apurar se falsificara ou não documentos;

e na Justiça, a própria Ferreira Leite que, após ter assegurado aos pacóvios eleitores que a acusação contra Preto "não tem pés nem cabeça", justifica agora o facto de o meter na AR por não querer "antecipar-se à justiça".

Entretanto, aproveitou a deixa para ir condenando antecipadamente Lopes da Mota, até ver não acusado criminalmente de coisa nenhuma.

Diz a dra. Ferreira Leite: "Eu não tomo atitudes que considero incorrectas do ponto de vista ético". O problema é justamente o do que ela considera correcto do ponto de vista ético.

2 comentários:

Maria Letr@ disse...

O que poderia acontecer com as escolhas feitas pelo partido da Dra. Ferreira Leite não iria mudar muito o cenário a que 'vão querendo' habituar-nos. Tanto só mudariam as moscas, meu amigo.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Cara Amiga,
Os nossos políticos (costumo dizer salvo eventuais excepções) estão muito podres, impróprios para consumo. Com eles não se pode ir longe. Daí o aparecimento do Partido do voto nulo. Há que limpar Portugal destes incompetentes, sem ética, arrogantes, convencidos que têm valor mas que só têm feito asneiras. Depois haverá que escolher pessoas pensantes cujo perfil deve ser bem avaliado para não cairmos no mesmo.
Nas próximas eleições a promessa é continuar tudo na mesma com as mesmas múmias e alguns novatos amigos dos actuais e fixados nos vícios e manhas que já mostraram estar errados e serem catastróficos.

As perspectivas de futuro são aflitivas.

Um abraço
João (link para o blogue de que lhe falei)