Nos momentos difíceis, não deve ser perdido tempo com lamentações nem com hesitações. Chorar o azar sofrido é perder tempo e ânimo para tomar decisões que conduzam á recuperação dos danos. O salto para a frente é muitas vezes a melhor solução, porém, há que evitar saltar para o precipício. Mudar é sempre saudável quando a acção é precedida de estudo e ponderação. Se o dinheiro é pouco não deve ser desbaratado ao acaso, por capricho de palpite sem fundamento. É preciso Pensar antes de decidir, para não haver arrependimentos devidos a perder-se a última oportunidade de avançar para o rumo certo.
Com este pensamento já aqui referido muitas vezes, a propósito de vários acontecimentos ou notícias, veio novamente à tona, a propósito do artigo do Correio da Manhã de F. Falcão-Machado, Embaixador de Portugal no México
Ainda Keynes
CM. 07 Agosto 2009. Por F. Falcão-Machado
Nada como uma crise económico-financeira planetária para ressuscitar o economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946). E as discussões à volta deste pensador são importantes não só pelo desafio que implicam para as teorias económicas, mas também pelo muito que revelam sobre a mentalidade dos seus intervenientes. A par desses aspectos subsiste, porém, uma questão ainda sem resposta definitiva: o que foi que realmente pôs termo à grande crise de 1929-1933?
Voltando à crise actual, não há forma de fazer previsões certeiras sobre o crescimento da economia em momentos de tanta instabilidade. Uma das saídas passará pela utilização dos gastos públicos como instrumento de reactivação da economia. Isso não significa que se devam ignorar os méritos do mercado. Não se trata, de facto, de recuperar a chamada ‘teologia do mercado’, mas sim de saber interpretar os respectivos sinais.
Por isso, e numa visão simplificada, é de lembrar que o efeito multiplicador da injecção de recursos por parte do Estado obriga a certas cautelas, pois as economias abertas como a nossa dependem bastante de uma justa escolha dos objectivos de investimento e dos riscos da globalização. Essas medidas de recorte keynesiano produzem, aliás, uma sinergia nem sempre bem aceite, ao estimular a mobilidade social das nações.
F. Falcão-Machado, Embaixador de Portugal no México
A Decisão do TEDH (396)
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