quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Um caso de sucesso que dignifica Portugal

A Universidade Católica ocupa a 47.ª posição no 'ranking' do 'Financial Times'. A Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica acabou de ser considerada uma das 50 melhores escolas europeias de economia e gestão.

Segundo a notícia Aposta na formação põe Católica entre as melhores da Europa "A palavra Portugal, de repente, aparece no ranking do FT das melhores da Europa. O que coloca o País como destino no mercado da educação, que é um mercado global". A internacionalização começou pelo ensino: as aulas de mestrado já são todas leccionadas em inglês e o corpo docente tem professores de mais de dez nacionalidades. E tem produzido frutos a nível do reconhecimento: em 2007, o programa de formação de executivos também ficou entre os 50 melhores e este ano ocupa a 39ª posição a nível mundial.

A estratégia está longe de ser secreta: "baseia-se no rigor, qualidade e exigência nos programas, corpo docente e investigação". É posta em prática a ligação da ciência à prática, da escola à empresa. "Este ano tivemos 110 programas, cerca de metade em colaboração exclusiva com algumas das melhores empresas nacionais". "Criamos valor e isso é reconhecido no mercado."

A propósito do preço das propinas, diz Fátima Barros directora da Faculdade: "No último inquérito que fizemos, 70% já tinham emprego antes de acabar o curso". Além disso, há um programa de bolsas de mérito para atrair os melhores de cada área, tenham ou não capacidade para pagar. Não é um subsídio mas um prémio ao valor pessoal.

Não pode deixar de se concluir que o futuro e o êxito do ensino não assenta no facilitismo, nem no nivelar por baixo, mas na dedicação, no rigor, na qualidade, na exigência a todos os níveis e no reconhecimento do mérito.

10 comentários:

Paula Raposo disse...

E assim deveria ser sempre. Beijos.

A. João Soares disse...

Sim. Este exemplo deve ser seguido hoje e sempre por outras universidades. Porque da formação depende a capacidade de realização e o desenvolvimento do País e o bem-estar da população.
Beijos
João

Anónimo disse...

É um excelente exemplo que deve ser seguido por muitas outras instituições.
Há muito que defendo que faltam Escolas de Negócios no nosso país. Acham que Espanha se tornou na 8ª economia mundial por milagre? É que no nosso vizinho abundam as Escolas de Negócios e muitas delas reconhecidas como as melhores do mundo. São motores de desenvolvimento. Pode soar a cliché, mas a verdade é que Educação é fundamental para todas as áreas da sociedade.

Ana disse...

É o tal o rigor, a qualidade e a exigência que marcam a diferença entre o ensino particular e o público, na generalidade
Mas nem todo o particular é bom, tal como nem todo o público é mau.
Isso quer dizer que não é forçoso ser-se "rico", como muita gente gosta de apregoar, para poder ter acesso a um bom estabelecimento de ensino.
O azar é que aí raramente se apanha uma vaga.
O que não custa a perceber.

Abraço

A. João Soares disse...

Caro AP,
É pereciso repetir muitas vezes a verdade que cita «a Educação é fundamental para todas as áreas da sociedade». Sem uma formação escolar, técnica, moral, cívica, nenhuma sociedade pode evoluir.
Sou do tempo em que aos 20 anos a maior parte dos jovens tinha conhecimentos profissionais. Hoje nessa idade, nem se sabe pegar numa chave de parafusos. E já é uma idade imprópria para ser aprendiz.
Parece que querem restaurar as escolas técnicas ao nível do secundário. Já não é cedo para ser tomada tal decisão.
Abraço
João

A. João Soares disse...

Querida Ana,
As qualidades do ensino não depende de o ensino ser privado ou público, mas da forma como funciona, do entusiasmo e da dedicação dos professores e do dinheiro para pagar a bons professores estrangeiros. Cá dentro já tanta incompetência que é preciso virem pessoas de alta competência para servir de modelo, de emulação, que incentive os nacionais a não quererem ficar atrás. Precisamos de Scolaris, de engenheiros como o brasileiro Presidente da TAP, para mostrarem que Portugal pode ser grande. Até precisamos de dentro de poucos anos contratar um Primeiro-ministro estrangeiro para mostrar como Portugal tem de ser governado.
Abraço
João

Anónimo disse...

Amigo João,
É como dizes: Como a incompetência que campeia em Portugal temos que começar a pensar importar Técnicos de outros países para que eles possam dar um futuro ao País! Com os (des)governantes que temos só poderemos ir para o "buraco"! Aliás para nossa vergonha já não é a primeira vez que tal acontece!!!!!

A. João Soares disse...

Caro Luís,
Estamos realmente a caminhar para uma situação tão grave em que a única solução poderá ser a de recorrermos a homens competentes com bom currículo no estrangeiro. O futebol parece estar a dar-se bem com essa solução. Que pena!!!
Abraço
João

Anónimo disse...

posso corrigir uma informação? o 47º lugar é a nivel mundial. a nivel europeu esta entre as 10 melhores.
como aluno da catolica so me posso sentir orgulhoso por estar nesta instituição a tirar economia. tive nota para entrar em qualquer establecimento da minha area mas o rigor e a exigencia, apesar de a propina não ser baixa (450 euros), fizeram-me optar, sem duvida, pelo melhor caminho.

ps: uma das metas de Socrates era ter uma faculdade portuguesa entre as 100 melhores do mundo. A UCP foi a primeira e unica a entrar para tal posição. Ironicamente não recebe nada do Estado. O pouco que recebia ate ha 2 anos era para o apoio social e ate mesmo isso lhe foi retirado. Vale a pena pensar no rumo que se está a tomar por parte de quem gere o dinheiro dos contribuintes

A. João Soares disse...

Muito brigado pela ratificação, e pela declaração de entusiasmo pela qualidade do ensino na católica. Também lá se licenciou o meu filho mais novo que foi para o estrangeiro com uma bolsa de estudo, onde tirou o mestrado e o doutoramento e está professor numa universidade, em vias de ser catedrático.
É pena que não haja outras faculdades portuguesas a colocarem-se em igual grau mundial, mas ter uma já não é nada mau.
Parabéns à Católica, aos seus professores e aos melhores alunos que a frequentam.
O País congratula-se com vosso rigor, qualidade e exigência.
João