segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Declarações Primeiro-Ministro em Madrid

Transcrevo este texto recebido por e-mail, sem acrescentar qualquer comentário, que, aliás, comparado com o que vem incluído no texto, não passaria de uma inocência de menino da catequese!

A criação de emprego deve ser a "primeira, segunda e terceira" prioridade dos governos europeus em 2009, com políticas que assentem na recuperação e na reforma do sistema económico, afirmou hoje em Madrid José Sócrates.

"A primeira prioridade é criar emprego, a segunda prioridade é criar emprego e a terceira prioridade é criar emprego. Estas devem ser as prioridades para os socialistas para o próximo ano", sublinhou.

Parece que aprendeu com o Cristiano Ronaldo que disse que era “o primeiro, o segundo e o terceiro melhor do mundo”, numa tentativa de se valorizar ainda mais, não se apercebendo do ridículo em que caiu ao fazer tal afirmação. É que Messi, em estilo de gozo, afirmou de seguida que sendo assim ele seria, sem sombra de dúvida, o quarto melhor jogador….

Por outro lado parece que já se esqueceu que foi esta uma das suas grandes prioridades aquando das últimas eleições e, que se saiba, tudo ficou no “tinteiro”.

José Sócrates falava em Madrid num debate sobre o manifesto eleitoral que o Partido Socialista Europeu (PES) vai aprovar hoje com vista às eleições para o Parlamento Europeu, em 2009.

Quem ouviu Sócrates pensará de igual modo, perguntando-se qual será então a quarta prioridade a considerar pelos governos europeus….

Estas redundâncias têm mesmo o estilo dos vendedores da “banha de cobra” que anos atrás apareciam nos jardins públicos para enganar o “Zé Povinho”! É que ele agora também anda a vender o “Magalhães”!

Tenho pena que Sócrates tenha caído tão baixo não vendo o ridículo em que está colocando o País!

4 comentários:

Anónimo disse...

Hilariante!
Ri para não chorar ao ouvir as declarações do nosso primeiro.

A. João Soares disse...

Caro AP,
São cenas impróprias para cardíacos e para menores.
Ao princípio, considerei que ele era o melhor primeiro ministro desde o 25 Abril, por, aparentemente, ter planos de reformas que eram necessárias para avançar para o desenvolvimento e o aumento do bem-estar da população.
Mas os ministros começaram logo a querer governar contra tudo e todos, em vez de procurarem fazer convergir as vontades e as energias de todos para um objectivo comum. Na Justiça, na Saúde, na Educação, nas Forças Armadas, foi tudo um improviso tosco com maus resultados logo ao arranque.
A brincadeira infantil das informações incorrectas sobre o grau académico, como se isso tivesse uma importância capital, depois as cenas com o Magalhães, numa reunião internacional de alto nível, onde era suposto serem tratados temas de elevada importância, comportou-se como um caixeiro viajante a vender um produto sem qualidade que exigia muito esforço para convencer os potenciais compradores. Um serviço que prestou à Intel representada aqui em Portugal por uma pequena firma do Norte.
Casos deprimentes que servem para inspirar os humoristas na elaboração dos seus espectáculos.
Uma pena. Sinto-me desiludido e defraudado pela esperança que tive.
E, provavelmente, os seus apaniguados tentarãp convencer-nos de que assim se prestigia a imagem de Portugal!
Abraço
João

Anónimo disse...

Caro João,
Você utiliza muitas vezes exemplos que vem dos países ditos do 3º mundo.
Ao ler o seu comentário sobre os nossos ministros governarem contra tudo e contra todos, lembrei-me que aqui em Angola existe algo chamado Agenda de Consenso Nacional, que orienta a convergência de todos os partidos políticos sobre o Plano de Reconstrução Nacional, algo imprescindível após 30 anos de conflito armado. É um excelente exemplo!
Não digo que em Portugal fosse necessário tanto, mas talvez fosse o momento de pensarmos numa Agenda de Consenso entre TODOS os quadrantes políticos e sectores civis do país, para voltarmos a colocar o país no rumo certo. Pois está mais que visto que não há um rumo para Portugal.
Precisamos urgentemente de um Plano de Recuperação Nacional da Educação, da Saúde, da Economia, etc...
Abraço.

A. João Soares disse...

Caro AP,
Já aqui expressei essa ideia em comentários não muito recentes.
Infelizmente, o que os políticos acham ser importante é aparecer na Comunicação Social, tornarem-se conhecidos e, depois, arranjarem um bom «tacho dourado». (quantos ex-políticos estão no desemprego ou em dificuldades financeiras, mesmo que antes tivessem sido pobres?)
Ainda não perceberam que o povo já os conhece de ginjeira. Só os incondicionais do partido os levam a sério... por enquanto. Mas, até esses começam a abrir os olhos.
Não duvido das boas intenções dos governantes, para vencerem as próximas eleições, para se agarrarem ao Poder, para colherem os maiores benefícios para si e para os seus companheiros, familiares e amigos, sem olhar a custos e sacrifícios para o povo.
Porém, eles são um fruto do povo e não há outros melhores, porque os melhores não se sujeitam a tais manobras.
O que tem de ser melhorado é o sistema, começando por reduzir a quantidade de inúteis que enchem os gabinetes e só contribuem para aumentar a burocracia que dificulta a vida aos cidadãos e proporciona mais oportunidades para a corrupção. Querem controlar tudo até ao pormenor, como se isto fosse um quintal deles em regime de ditadura. Para isso saem leis feitas compulsivamente, sem sensatez, que originam mal-estar, reclamações e consequentes alterações.
Para isto começar a seguir um rumo mais consentâneo com a necessidade de moralização, sensatez e eficácia com vista ao desenvolvimento da justiça social, será necessário os partidos entenderem-se e concordarem em fazer uma lista dos poucos (muito poucos, excepcionais!) lugares de acesso por confiança política, sendo todos os outros ocupados por concurso público honesto e rigoroso. Depois parar de fazer leis estúpidas, só porque sim, e fazer cumprir as actuais, apenas elaborando as que forem absolutamente indispensáveis para emagrecer a máquina do Estado e torná-la mais simples, transparente e eficaz, e bem elaboradas para não terem de ser alteradas logo a seguir e ser ignoradas, o que cria clima de desconfiança e desrespeito pelos governantes e deputados.
As obras faraónicas ou as que duram mais que os quatro anos de um mandato devem ser decididas depois de consenso dos principais partidos. Bem como as reformas que para serem implementadas precisam de mais do que quatro anos, a fim de não servirem de catavento, com as mudanças de governo.
Quanto a redução de pessoal inútil, repare-se que na AR, os deputados votam como o partido determina, o que significa que bastava cada partido ter ali um único representante cujo voto valesse a percentagem do partido, como se faz nas assembleias de condóminos!
Poupavam-se as senhas de presença, os subsídios de transportes das falsas residências na Madeira ou em Bragança, para S. Bento, etc. Para quê tanto deputado? Para quê os conselheiros dos ditos? Quem vê o resultado das suas actividades para benefício dos cidadãos?
Quando uma árvore não dá bons frutos, corta-se.
Portugal não está em situação desafogada que permita ter tanta árvore ornamental!
Já que os nossos políticos não têm criatividade para melhorar o País, estudem-se as soluções adoptadas nos Países que mais se desenvolveram na Europa e adaptem-se ao nosso caso. E, em caso extremo, contratem-se gestores públicos para virem governar Portugal, como no tempo em que estiveram cá ingleses após as invasões francesas! A Federação Portuguesa de Futebol já faz isso para a selecção nacional. Tragam uma réplica do Scolari para a política.
Meu caro amigo, isto precisa de soluções bem pensadas mas radicais para o País não continuar a padecer das maleitas da rotina tradicional. Queime-se a árvore que não dá bons frutos, arranquem-se as ervas daninhas.
Um abraço
João