Os seguros de saúde procuram atrair clientes, para o que usam um marketing agressivo que quase impede o cidadão de recusar a «oferta» generosa e muito vantajosa! Mas surgem indícios que devem fazer o povo pensar antes de se entregar nas mãos de empresas que visam essencialmente o próprio lucro.
Segundo notícia de hoje, doentes oncológicos procuram o sector privado em busca de um tratamento mais rápido e mais confortável. Porém, como os 'plafonds' dos seguros a que recorrem são reduzidos, os clientes doentes são obrigados a continuar o tratamento no Serviço de Saúde público, que tem dificuldades em encaixá-los atempadamente. Segundo estimativas de vários oncologistas entre 20% e 50% destes doentes fazem o transbordo, porque as despesas da doença iriam prejudicar o equilíbrio financeiro da empresa seguradora.
Se agora se fala num controlo mais apertado e rigoroso dos Bancos, o mesmo tem de ser encarado com urgência em relação aos Seguros. A notícia e conhecimentos de casos concretos mostram que um seguro de saúde é óptimo para quando se tem saúde, porque dá uma sensação agradável de segurança, mas, se surge uma doença grave, como as do foro oncológico ou outras que exigem tratamento prolongado ou cuidados paliativos, o apoio deixa de estar disponível.
Quer dizer o seguro de saúde é bom quando não é necessário, mas quando se precisa dele não funciona. Isto acontece, de certo modo, em todos os ramos: para pagarmos temos de cumprir os prazos e outras exigências, mas quando a companhia tem de nos apoiar, surgem mil requisitos que justificam a fuga aos deveres e o adiamento dos pagamentos. Sem dúvida, o papel do Estado na fiscalização e controlo do funcionamento destas prestadoras de serviços deve ter maior dedicação ao bem público e eficácia.
A Necrose do Frelimo
Há 3 horas
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