Neste momento, em que muito se fala no «estado da Nação», nem sempre com a profundidade reflexiva mais adequada, é oportuno olhar para o espelho constituído pela Comunicação Social para tentar ver a imagem mais fiel.
Nesta tentativa, verifica-se que continua em análise a recusa do helicóptero do INEM à população do distrito de Bragança.
Quanto aos biscates de agentes da PJ aliados a detectives privados, apesar de a PJ ter transferido três funcionários, esta instituição diz desconhecer escutas ilegais, o mesmo dizendo o ministro da Justiça. Ou os jornais mentem e devem ser chamados a juízo, ou os responsáveis andam a dormir e nem sequer acordam com as notícias de aspecto verosímil, ou querem enganar o bom povo português.
Também o secretário de Estado da Protecção Civil nega o conteúdo de notícias sobre a área ardida. Como bom colaborador do MAI, procura não mostrar a falta de sustentação das esperanças por este criadas.
Enfim, todos sacodem a água do capote, não assumem as suas responsabilidades, o que poderá significar que ninguém nos governa.
E o mais grave é que, apesar da crise do petróleo que veio de fora, o estado da Nação não surpreende, por já vir a ser incubada de há muito. Guterres abandonou o Governo para não se afogar no «pântano» para o qual lançou o rectângulo. Veio Durão que não conseguiu substituir a «tanga» por melhores roupagens e, logo que conseguiu, largou S. Bento a caminho de Bruxelas, deixando no seu lugar, como «bebé prematuro», Santana que não tendo sido capaz de definir estratégias e objectivos de longo prazo nem tomado medidas coerentes, limitando-se a transferir secretarias de Estado para longe de Lisboa, facilitou a vida a Sampaio que não teve dificuldade em encontrar pretexto para o mandar dar uma volta.
Portanto, a herança deste Governo não foi fácil mas houve a visão iluminada de pensar longe, em reformas estruturais em inovações condizentes com as modernas tecnologias, com vista a reduzir o hiato que separa Portugal da média europeia.
Mas pouco conseguiu, por que não pôde ou não foi capaz de constituir uma boa equipa governativa constituída por gente válida, competente e séria. E não foi capaz de gerir com eficácia a sua frágil equipa criando interacção e sinergias para bem do país, mas, pelo contrário, deixou fluir as más decisões, na Saúde, na Educação, na Justiça, na Defesa. Não se aplicou a frase «um bom rei faz forte a fraca gente».
E, assim, por tudo isto se pode concluir que o estado da Nação é o pior possível.
Seguem-se alguns títulos de notícias de hoje:
Está a faltar a esperança aos cidadãos
José Medeiros descarta falhas no combate a incêndios
Governo não respondeu a 90 requerimentos
INEM abre polémica sobre 'helis' de apoio
Três inspectores transferidos da 'secreta' para outros serviços
Direcção Nacional da PJ nega escutas e vigilâncias ilegais
PJ: Alberto Costa desconhece casos de escutas ilegais
Empresas pessimistas com economia
O estado da Nação
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Como vai o País?
Publicada por A. João Soares à(s) 17:53
Etiquetas: crise, incoerências, tibiezas
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4 comentários:
Amigo A.João,tenho o prazer de ler os seus textos e a satisfação de perceber neles a sua honestidade intelectual.
Mas o Sr não esqueceu qualquer coisita aí quando omite as aldrabices (promessas sem intenção de cumprir,diploma domingueiro,as aldrabices na Câmara onde foi funcionário,manobras indignas como as rusgas aos sindicatos,Pressões sobre a Comunicação social,ressuscitar o delito de opinião,etc) de Sócrates e limita-se a pôr o ónus do fracasso nos seus ministros?
Não será que o indivíduo também é de carne e osso e os seus truques,mentiras e espertezas saloias descredibilizaram-no totalmente?
Gabriel Arcanjo,
Não fui propriamente funcionário da Câmara, mas apenas contratado com recibo verde, para uma missão específica, a de criar o Serviço Municipal de Protecção Civil, e desisti, logo que apercebi que não me eram dadas condições para obter eficácia, pois apenas me queriam para ter um bode expiatório quando surgisse uma catástrofe semelhante a duas anteriores em que houve muitas perdas de vidas e haveres.
O post apenas fazia salientar as notícias do dia: não era um filme, mas apenas uma fotografia. Para ser completo teria uma extensão qua afastaria os leitores. Apenas deixo aqui pontos de reflexão para estimular as pessoas a pensar e não quero ser professor do 1.º ciclo que dá a papinha feita. Seria óptimo que as pessoas se habituassem a pensar por si e fizessem um crivo para a «acção psicológica» ou propaganda com que pretendem confundir-lhe o espírito e conduzi-las ao açougue.
Cumprimentos
A. João Soares
Dizia Jack Welch (ex-CEO da General Electric): "Liderar é ajudar os outros a alcançar o sucesso".
E o Prof. Henry Minzberg: "Uma obsessão com finanças já foi descrita como sendo o mesmo que jogar ténis a olhar para o quadro dos resultados em vez de olhar para a bola".
Sob qualquer ponto de vista, Sócrates é uma nulidade. Porque no fim o que conta são os resultados finais.
AP,
As frases que cita são muito interessantes, mas infelizmente, poucas pessoas as interiorizam.
Hoje, não sei se o Governo é uma nulidade!
Nada acontece por acaso e os governos dos países estão a servir de títeres a potentes forças internacionais que lhes puxam os cordelinhos e pretendem impor um governo único mundial. O desejo de controlo de tudo e de todos leva a medidas já generalizadas e que não são inocentes. Não é por acaso que são instalados tantos radares pelas ruas com máquinas fotográficas, tantos vídeos por todo o lado, fala-se em chips em crianças e velhos e, agora, vai ser obrigatório o chip na matrícula dos carros.
Há quem suspeite que os raptos de crianças está a ser provocado para criar nos pais vontade de colocarem chips no filhos. Também já há quem suspeite que a actual crise do petróleo está a ser provocada e alimentada para criar dificuldades que levem a medidas impostas do exterior e que os Estados não poderão deixar de aceitar.
A ficção do livro «1984» de George Orwell, com mais de 59 anos (editado em 8 de Junho de 1949) está a tornar-se realidade, de forma mais sofisticada, porque agora há tecnologias que nessa data nem os ficcionistas imaginavam.
Como será a vida dos nossos netos???
Abraço
A. João Soares
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