Os moradores de Barbeita protestaram em abaixo-assinado contra o aumento consumado em 1 de Julho no custo e as anunciadas alterações nos horários a partir de 1 de Agosto dos transportes que servem esta importante localidade.
Exemplarmente, as gentes desta terra aprenderam os conselhos de Mário Soares quando defendeu o direito a manifestar a indignação e os de Cavaco Silva quando aconselhou a não se resignarem.
Segundo o JN, a Câmara, representada pelo vereador, vice-presidente, Américo Nunes, recusou o abaixo-assinado de protesto dos moradores por estar em causa um serviço privado e não municipal, mas, como os actos de gestão da empresa de transportes Berrelhas são aprovados pelo Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), aconselhou a entregar o abaixo-assinado no Governo Civil de Viseu".
A Élio Oliveira, um dos subscritores do documento, felicito pela forma ordeira de tentar resolver o problema e a mobilização que fez para conseguir o abaixo-assinado. No entanto, recordo que há outras formas de luta também ordeiras e concernentes com a lei da oferta e da procura, que é fundamental na economia de mercado, e que é pouco lembrada. Segundo ela, para baixar os preços é preciso baixar a procura. Isto traduz-se em que as pessoas do povo de Barbeita, que tenham capacidade física para o fazer, pelo menos quando as condições climáticas o permitirem, passem a deslocar-se a pé até à carreira de tiro e, aí, apanharem o STUV. A Berrelhas, quando vir diminuída a procura e reduzida a facturação, terá de decidir baixar os preços, para captar mais clientes e, dessa forma, recuperar o volume de negócio.
Esta sugestão não representa grande sacrifício, pois há algumas décadas a estrada era de macadame poeirenta no verão e lamacenta no Inverno e as deslocações faziam-se a pé mesmo até Viseu. Pela forma referida, este esforço, de dez minutos em estrada alcatroada, durará dois ou três meses, porque a Berrelhas preferirá, logicamente, ceder a ficar sem volume de negócio que lhe cubra as despesas com as carreiras.
domingo, 27 de julho de 2008
Barbeita é notícia
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