Um bêbado, entrou num autocarro. Cheirava que tresandava a bagaço barato. Sentou-se e pôs-se a ler um jornal velho, não sem antes beber mais um trago de uma garrafita de bagaço que tinha no bolso. Isto tudo ao lado de um padre que, entretanto, tinha entrado no autocarro...
Todo satisfeito a ler o jornal e a arrotar (o padre fingia que o borrachola não existia, dissimulando a sua incomodidade), mas, passado algum tempo, o bêbado olhou para o padre e perguntou, com uns palavrões à mistura,:
- Oiça lá ó sôr padre, pode-me dizer o que é que causa a artrite reumatoide?
O padre, incomodado, respondeu em tom sarcástico:
- Certamente que é a vida profana, o andar sempre a frequentar mulheres mundanas, excessos de tabaco e, sobretudo, bebida, sim, em especial o álcool; essas borracheiras que terminam em noites de erotismo e porcarias assim.
- Bolas, que horror!!!! respondeu o bêbado, voltando à leitura.
Passado algum tempo, o padre e pensando na resposta que deu, ficou com algum remorso e decidiu desculpar-se dizendo em tom compreensivo:
-Você desculpe lá que eu há pouco fui um bocado duro consigo. Mas, diga-me, desde quando é que você sofre de artrite reumatóide?
- Eu? Não me lixe padre, comigo não se passa nada!!!... Só estava a ler um artigo aqui neste jornal que diz que o Papa sofre de artrite reumatoide há já alguns anos.
NOTA: Recebi por e-mail. A intervenção inicial do padre fez-me recordar a «grande lição de moral» que ontem, 10, o PM deu ao deputado Francisco Louçã, na AR. Convém meditar na anedota: a arrogância faz eco e o feitiço muitas vezes volta-se contra o feiticeiro. Cuidado, Sócrates!
sexta-feira, 11 de julho de 2008
O padre e o bêbado
Publicada por A. João Soares à(s) 09:24
Etiquetas: arrogância, presunção
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Por vezes mais vale estar calado em vez de se darem lições de moral e comportamento social.
Cumps
Caro Guardião,
Ainda era muito pequeno, quando ouvio, numa aldeia de agricultores dizer que «dos melões, o calado é o melhor». De melões, nada sei a não ser o seu sabor, mas que «pela boca morre o peixe» não tenho dúvidas!!!
E «não cuspas para o ar para não te cair na cara»
Um abraço
João
Enviar um comentário