Ontem, numa mirada fugaz à televisão que temos e de que sou fraco consumidor, vi um deputado da oposição, na AR, afirmar ser todos os dias bombardeado com notícias de criminalidade violenta, cada vez mais frequentes e mais graves e, de seguida, ser violentamente agredido verbalmente pelo ministro da Administração Interna que, esquecendo que estava perante um elemento do segundo órgão de soberania (o ministro é do terceiro!), o chamou mentiroso de forma bem soletrada e lhe disse que o deputado não estava a ofender o ministro, mas sim a GNR, a PSP e a PJ que o têm informado da redução do crime violento. Disse isto depois de lhe estalar o verniz, de arriar a giga e de colorir a face que ficou com aspecto apopléctico usando um tom irado impróprio daquilo que é desejável de um governante.
Não era de esperar uma tão ardente defesa dos polícias (não dele). Mas, pelo que tem chegado a público das queixas dos polícias, pode dizer-se que quando se tem um tal amigo não se precisa de inimigos.
Porém, o que muito me espantou foi encontrar hoje no jornal diário «Destak» o seguinte pequeno texto:
CRIME. O DIRECTOR NACIONAL DA PJ AFIRMOU QUE SE ASSISTE A «UMA CRIMINALIDADE VIOLENTA A QUE NÃO SE ESTAVA HABITUADO ASSOCIADA AOS NEGÓCIOS DA NOITE» E ADMITIU EXISTIR «UM CONTEXTO FAVORÁVEL A ESSE TIPO DE CRIMES».
Estou perplexo. Então quem é o MENTIROSO? O deputado da oposição? Ou o director nacional da PJ? Ou o Sr. MINISTRO?
A Decisão do TEDH (395)
Há 14 minutos
1 comentário:
Para eles, são só notícias, para nós sobra a realidade!
Vou despedir a mulher a dias para contratar um guarda-costas? Não, sou mulher a dias e não tenho rendimentos para contratar um guarda-costas! (Já não me bastava sofrer das costas!)
Um abraço com toda a compostura
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