Manuel António Pina, JN
Portugal, cliente habitual dos últimos lugares das estatísticas europeias, aparece finalmente no primeiro lugar de uma delas.
Segundo dados revelados pelo Eurostat, somos o país da UE onde o desemprego mais cresceu no último ano, e estamos já no pódio dos países com mais desempregados (neste momento só a Eslováquia e a Polónia nos batem, mas nós ainda teremos o mesmo Governo durante mais dois anos).
De facto, enquanto na UE, entre Outubro de 2006 e Outubro de 2007, a taxa média de desemprego desceu de 7,8% para 7,2%, em Portugal subiu de 7,8% para 8,2%. Claro que pode acontecer que o Eurostat esteja dominado por sindicalistas da Função Pública apostados em denegrir o sucesso do PREC (Processo de Reformas em Curso) e das políticas sociais do Governo e desmentir a "estabilização dos números do desemprego" anunciada pelo ministro Vieira da Silva.
De qualquer modo, como disse Sócrates durante a campanha eleitoral que o levou ao Governo (quando a taxa de desemprego ia em 7,1%, um "número trágico"), "7,1% de desempregados é bem a marca de uma governação falhada, de uma economia mal conduzida". Já 8,2% é, nenhum português duvida hoje disso (basta andar na rua ou ir ao supermercado), a marca de uma governação de sucesso e de uma economia bem conduzida.
NOTA: Um curto texto, com muita perspicácia que enfatiza vários aspectos da incapacidade dos governantes e da sua propaganda entorpecedora das mentes menos atentas.
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