Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2000 REIS.
Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. Respondeu o tolo:
- Eu sei, ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quem eram os verdadeiros idiotas da história?
Terceira : Se fores ganancioso, acabas por estragar a tua fonte de rendimento.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, o que realmente somos.
«O maior prazer de um homem inteligente é armar-se em idiota diante de um idiota que se arma em inteligente»
O almirante e o medo
Há 30 minutos
2 comentários:
Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que se preocupam mais com a aparência do que com o conteúdo.
Gostei, parabéns.
Saudações
Compadre Alentejano
Caro Compadre, E são muitas as pessoas que se preocupam com as aparências. Até os há que procuram obter «canudo» à pressa, ao domingo, «pour épater le bourgeois».
Mas em terra de cretinos obcecados com a ostentação, quem tem dez réis de inteligência leva-os à certa!!!
Um abraço
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