Transcrição de notícia seguida de NOTA:
Cavaco diz não ter margem de manobra e aguarda por debate
TSF, 22-03-2011. às 19:56
O Presidente da República afirmou, esta terça-feira, no Porto, que a rapidez com que a crise política evoluiu «reduziu substancialmente» a sua margem de manobra para actuar preventivamente na questão do novo PEC.
«Esta questão passou muito rapidamente para o plano dos partidos e da Assembleia da República. Pela forma como o programa foi apresentado, pela falta de informação, pelas declarações que foram feitas quase nas primeiras horas ou até nos primeiros dias, tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra para um Presidente da República actuar preventivamente», frisou.
Cavaco Silva recusou-se a «antecipar cenários» e a fazer «especulações em público» antes do «debate importante que vai ter lugar na Assembleia da República».
NOTA: Camões disse «Não louvarei capitão que diga não cuidei». Onde tem andado o PR durante estes anos? Porque não ordenou aos ses colaboradores o estudo permanente dos vários sintomas que têm surgido, por forma a prever a evolução da situação e preparar antecipadamente as suas atitudes perante o aparecimento dos factos? Porque não luta contra a sua crónica hesitação, o excesso de ponderação paralisante, a sua tendência para os tabus, para o sistema de esperar para ver? Na sua função, qualquer actuação ou ausência dela pode influenciar seriamente os interesses nacionais, para bem ou para mal. O nosso povo diz sabiamente que «vale mais prevenir do que remediar».
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A Decisão do TEDH (394)
Há 3 horas
2 comentários:
Caro João,
Também não sei muito bem o que poderá fazer o PR.
Com poderes limitados, e com dois meninos traquinas a brincarem com coisas sérias, não lhe resta realmente grande espaço.
Caro Pedro
Compreendo e concordo. A função de PR é pouco mais do que nada, mas ninguém tenta alterar a Constituição e, com ela, o regime que está mal definido, muito pesado, caro aos contribuintes e pouco eficiente, como estamos a ver.
Mas ele podia ter convencido o Sócrates a não formar governo sem maioria parlamentar, e fazer coligação com outro partido. A sua experiência de professor permite esperar dele facilidade de comunicação e de convencimento sobre as doutrinas que defende como as melhores. Dessa forma, as conversas mais frequentes, mesmo informais, com o PM e os ministros seriam ocasião para alertar, aconselhar, trocar opiniões, estar informado das realidades e das intenções, para não ser surpreendido. Pelo contrário, parece demasiado fechado, teimoso e vaidoso (nunca erra e raramente se engana!) e foge aos contactos que deveriam ser úteis para Portugal.
Já aqui foi referido, por diversas vezes, a vantagem de um «código de conduta para políticos», o que exigiria a iniciativa do PR a convencer os partidos a pensar nisso p+ara estabelecerem normas consensuais de boa governação.
Por outro lado, a «força» do seu discurso de posse veio acirrar os ânimos e ele devia preparar-se para fazer face à crise, sem se deixar ultrapassar.
Os seus dotes estratégicos estão a anos-luz de Napoleão Bonaparte mas, mesmo este, foi derrotado.
Um abraço
João
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