quinta-feira, 24 de março de 2011

Extirpado o cancro vem a quimioterapia

Foi, enfim, extirpado o tumor maligno cujos efeitos estavam a ser demasiado dolorosos, não por falta de alertas e de sugestões de terapias que pareciam ser sensatas e prometiam ser eficazes, mas por fixidez de teimosias, arrogâncias, vista curta, opacidade das decisões, amiguismo, ostentação, suspeitas variadas de corrupção e enriquecimento ilícito, etc.

Agora, não acreditando em milagres, teremos que aguentar a recuperação da cirurgia para, depois , nos sujeitarmos à quimioterapia que costuma ser agressiva e causar sofrimento. Será bom que todo o pós-operatório seja conduzido com inteligência, sentido de Estado e olhos postos nas pessoas que sofrem os efeitos do estilo de governação, tal como mexilhão perante o mar a bater na rocha ou a relva dos estádios em tempo de jogo de futebol. De qualquer forma, a recuperação total demorará muito tempo, sempre mais do que desejado.

É opinião generalizada de que o défice sendo o resultado de uma subtracção entre a receita e a despesas e estando aquela já em limites demasiado causticantes para os contribuintes mais fracos e idosos, será sensato e mais racional combatê-lo através da redução das despesas com uma adequada reorganização da dimensão e do funcionamento da máquina administrativa, sendo prudente seguir, entre outros estudos, a lista apresentada aqui. Será também bom olhar para bons exemplos dos países amigos, como este e este.

Nunca deve deixar de se pensar nas pessoas e, principalmente, na herança pesada que já se criou para as gerações vindouras e que deve ser aliviada.

Imagem do Google

2 comentários:

André Miguel disse...

Caro João,
O mais importante já está!
Agora venha de lá a medicação, a terapia e a recuperação, que esta sim valerá a pena.
Foi sofrimento a mais para tão pouco tempo, é hora de todos sem excepção arregaçarmos as mangas e colocarmos mãos à obra, pois isto depende de todos e não de santos milagreiros.
Abraço.

A. João Soares disse...

Caro André Miguel,

Uma cirurgia pode ser feita em minutos ou horas, mas a recuperação e reabilitação pode durar muito temo. E, como bem diz, é trabalho de todos os cidadãos e, principalmente, dos eleitos, dos que fazem parte das máquinas partidárias.
Estes, agora, deviam vestir o casaco de patriotas, esquecer as ambições próprias e dos partidos e procurar acrescer os esforços para ultrapassarmos a crise, com sugestões construtivas e sem comentários demolidores que só servem para se mostrarem aos eleitores com a intenção de ganharem votos.
Se eles se compenetrarem de que o problema é sério e merece que todos demos as mãos, Portugal poderá reestruturar-se a recuperar a força de há anos atrás.
Da Suécia, da Finlândia, da Islândia e também da Inglaterra chegam exemplos de máquinas do Estado pouco dispendiosas e nem por isso os políticos são desrespeitados.
Nós temos muitos políticos que enriqueceram de forma rápida mas duvidosa, e por isso não são merecedores de respeito e consideração. Antes pelo contrário.

É preciso citar os seus nomes sempre que seja oportuno para eles começarem a sentir vergonha.

Vale a pena ver o vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=RoPCR6XJf_g&NR=1

Um abraço
João
Do Miradouro