Caro João, Conforme já disse anteriormente gostaria de ser esclarecido sobre quem é o Bastonário, pois como disse em comentário parece-me que ele também tem dois pesos e duas medidas... Estarei certo ou errado? É que ele, quer queira quer não, também tem as "manhas de advogado", não será assim?
Caro Luís, Ninguém é perfeito. E, por isso, o bastonário deve ter defeitos. Mas neste momento o que interessa não é o seu conjunto de virtude e defeitos, mas sim aquilo que disse. O que disse, merece ser meditado e analisado com pormenor. Na estória quem teve a coragem de dizer «o rei vai nu» foi uma criança inocente. Disse o que viu sem interesses partidários. Ele poderá ter interesses ocultos, mas o que interessa analisar é o conteúdo das suas palavras. Não podem deixar de ser bem tidas em conta, para ver o que existe na verdade. Um professor e um líder por quem criei muito respeito e admiração, ao analisar as hipóteses de solução para uma situação complexa começava por dizer: Agora temos cinco minutos em que a asneira é livre. Temos que aceitar todas as opiniões, pois as que parecem disparatadas podem dar a saída para a melhor solução. Em Dezembro de 1964, numa companhia em Angola em que oficiais e sargentos estavam reunidos para planear a defesa da unidade perante um anunciado ataque, a ideia para a manobra a estabelecer, surgiu de um furriel miliciano que disse: isto não pode ser defendido, porque estamos rodeados de montes de onde podemos ser batidos, e a melhor solução é abandonarmos o quartel deixá-los entrar e depois atacá-los a partir dos morros à volta. Parecia uma brincadeira, mas o capitão aproveitou a ideia e a partir daí, no período de risco, instalou postos de observação e de combate em dois morros. E não se concretizou a ameaça de ataque ao quartel. Isto para dizer que não há ideias desprezíveis, para arrancar o estudo do problema. O que interessa é fazer uma análise cuidada e não perder de vista o objectivo. Um abraço João
2 comentários:
Caro João,
Conforme já disse anteriormente gostaria de ser esclarecido sobre quem é o Bastonário, pois como disse em comentário parece-me que ele também tem dois pesos e duas medidas... Estarei certo ou errado? É que ele, quer queira quer não, também tem as "manhas de advogado", não será assim?
Caro Luís,
Ninguém é perfeito. E, por isso, o bastonário deve ter defeitos. Mas neste momento o que interessa não é o seu conjunto de virtude e defeitos, mas sim aquilo que disse.
O que disse, merece ser meditado e analisado com pormenor. Na estória quem teve a coragem de dizer «o rei vai nu» foi uma criança inocente. Disse o que viu sem interesses partidários. Ele poderá ter interesses ocultos, mas o que interessa analisar é o conteúdo das suas palavras. Não podem deixar de ser bem tidas em conta, para ver o que existe na verdade.
Um professor e um líder por quem criei muito respeito e admiração, ao analisar as hipóteses de solução para uma situação complexa começava por dizer: Agora temos cinco minutos em que a asneira é livre.
Temos que aceitar todas as opiniões, pois as que parecem disparatadas podem dar a saída para a melhor solução.
Em Dezembro de 1964, numa companhia em Angola em que oficiais e sargentos estavam reunidos para planear a defesa da unidade perante um anunciado ataque, a ideia para a manobra a estabelecer, surgiu de um furriel miliciano que disse: isto não pode ser defendido, porque estamos rodeados de montes de onde podemos ser batidos, e a melhor solução é abandonarmos o quartel deixá-los entrar e depois atacá-los a partir dos morros à volta.
Parecia uma brincadeira, mas o capitão aproveitou a ideia e a partir daí, no período de risco, instalou postos de observação e de combate em dois morros. E não se concretizou a ameaça de ataque ao quartel.
Isto para dizer que não há ideias desprezíveis, para arrancar o estudo do problema. O que interessa é fazer uma análise cuidada e não perder de vista o objectivo.
Um abraço
João
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