A publicidade e o marketing, embora sirvam interesses de quem os acciona, são actividades normais e credíveis quando respeitam a verdade, quando não procuram induzir em erro as pessoas a quem se dirigem.
Raramente se pode dizer o mesmo, quando nos querem impingir a pomada milagrosa da banha da cobra que serve para tudo desde as dores de calos aos males de amor, ou de inveja. Quando se procura influenciar o pensamento das pessoas visadas a aceitar coisas fantasiosas, promessas irrealizáveis, atributos falsos de produtos deficientes, é uma propaganda enganosa, é logro, é vigarice.
Infelizmente, é frequente tal tipo de propaganda ser-nos dirigida por pessoas em quem votámos, com a convicção de irem defender «com lealdade» os nossos interesse de cidadãos. Por isso, a palavra dos políticos que despreza a nossa capacidade de pensar, perdeu credibilidade.
Hoje na comunicação social, o tema do emprego e do desemprego é tratado em vários artigos, sendo expressiva a simples análise dos títulos que a seguir transcrevo, devidamente linkados para os leitores interessados poderem encontrar e apreciar por si com calma conveniente à meditação.
E depois concluam pelo grau de credibilidade que pode ser atribuído aos governantes e outros responsáveis, incluindo os jornalistas, de quem se espera isenção.
- Novas inscrições no IEFP dispararam 13% em Julho
- CGTP: 1200 empregos anunciados para Sto Tirso podem ser embuste
- TSD acusam Sócrates de ser habilidoso em manipular números
- Jardim: Sócrates «mandou para o desemprego» quase meio milhão
- Açores: Costa Neves promete criar 14 mil empregos até 2013
- Número de inscritos nos centros de emprego em queda
- O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 2%
El País
Há 47 minutos
4 comentários:
Infelizmente neste e em muitos outros assuntos nao há nenhuma autoridade que ponha mao a nao ser que seja a consciencia das pessoas no momento do voto...desgraçadamente isso nao contece!
Um abraço.
Antonio
Caro António,
Aplica-se aqui o último post do «Ecos e comentários» Os políticos usam e abusam de velhacaria entre eles, na procura de poder dentro dos partidos e passam ao lado dos problemas essenciais do País.
Abraço
João
Não tenho a menor duvida!Infelizmente é a cultura neste país á beira mar plantado. A vida partidária é de fugir. No entanto isto nao quer dizer que nao hajam pessoas nos partidos com principios, integras e com verdadeiras ideias. no entanto parece-me pelo que observo ser a mediocridade que é muita a cercear-lhes a acção. Chego a pensar se nao são os partidos ( falo de Portugal)os verdadeiros cancros da nossa sociedade por albergarem e estimularem semelhantes procedimentos.
Um abraço.
Caro António,
Admito que haja ainda algumas pessoas integras nos partidos, mas como estes são uma pessoa colectiva, os íntegros não podem deixar de sofrer os salpicos da lama que alguns criam. Essa é razão de pessoas decentes evitarem meter-se na política, para não sujarem a imagem, e é a explicação para o espanto de Cavaco Silva acerca do desinteresse dos jovens por esta duvidosa actividade.
Abraço
João
Enviar um comentário