Segundo notícia do Diário Económico, Pequim decidiu fomentar o consumo nas áreas mais atrasadas do país, financiando parte da compra de 197 tipos de electrodomésticos para os cerca de 700 milhões de camponeses. Os electrodomésticos financiados, na primeira fase, contemplam televisores a cores e telefones móveis, mas está planeada a extensão a outros tipos.
O que se pretende é "dar mais benefícios aos camponeses e desviar uma maior fatia do orçamento de activos fixos para o do sector do consumo».
É uma preocupação de reduzir as diferenças do nível de vida entre o litoral e o interior, tendo sempre como interesse permanente, o desenvolvimento geral do País cujo PIB tem subido a um ritmo exemplar que está a projectar a China para um lugar cimeiro como potência mundial.
A notícia nada tem de inesperado, dado o bom senso que ali tem existido para evitar a implosão que muitos esperavam a seguir ao que se passou na queda da União Soviética. Mas, constitui uma lição a seguir pelos obtusos estrategistas do nosso Governo que, em sentido oposto, têm fechado todos os apoios ao interior - encerramento de maternidades, de urgências, de centros de saúde, de escolas, de tribunais, de repartições de finanças, conservatórias, etc. – ao ponto de apenas ali viverem idosos sem qualquer apoio, à espera que chegue o termo da vida.
Por falta de condições de vida no local, os filhos foram aproveitar oportunidades em terras distantes e os pais raramente os acompanharam por não quererem abandonar a terra onde sempre viveram. Mas o Governo não os apoiou, nem criou condições para fixar os jovens, com vista a evitar o despovoamento e a desertificação do interior. Nem sequer tiveram a curiosidade de estudar as ideias do rei D. Sancho I o Povoador que teve um conceito mais realista da geografia do País. É desejável que olhem para os bons exemplos que chegam de fora.
O almirante e o medo
Há 40 minutos
2 comentários:
Por cá fomenta-se a política terrorista da ASAE.
Acaba-se com o pequeno comércio e tudo o que seja tradiocinal.
Simplex.
Camilo,
Sofremos da cegueira lusitana. Seriamos um País moderno se seguíssemos os bons exemplos que vêm de fora, como da Espanha aqui tão perto, da Irlanda, e dos Países Nórdicos. Qual a razão de estarmos na cauda da Europa? Qual o motivo de já estarmos a ser um corpo estranho, um espinho, no meio dos países evoluídos da UE? O que nos falta para sermos iguais aos outros?
Um abraço
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