domingo, 7 de novembro de 2010

Cientista português em destaque

Transcrição de artigo: 
Português cria em laboratório primeiro fígado humano
TVI24 | 07- 11- 2010 09: 22

Objectivo de Pedro Baptista é criar órgãos para transplante humano

Um português de 33 anos conseguiu criar em laboratório o primeiro fígado humano, noticia a agência Lusa. Pedro Baptista, responsável pela equipa do instituto norte-americano que fez a investigação, pretende criar órgãos para transplante humano.

Muito mais pequeno do que um fígado humano (cerca de dois quilos), o órgão criado no laboratório de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest tem apenas 2,5 centímetros de diâmetro e pesa pouco mais de cinco gramas.

Pedro Baptista garante que aquele tecido «possui muitas das funções que o fígado tem», mas agora é preciso descobrir a fórmula certa para o fazer crescer.

A equipa de investigadores vai começar a fazer transplantes em ratos de laboratório.

«Se as coisas correrem bem nos ratos, ou seja, se o órgão tiver a função que nós esperamos, então começaremos a tentar aumentar o seu tamanho e o transplante numa espécie maior», explica o jovem investigador.

O objetivo final é conseguir criar um órgão capaz de ser transplantado para os humanos. Pedro Baptista acredita que essa poderia ser uma realidade dentro de «cinco a dez anos», mas lembra que tudo está «dependente dos recursos e de como as coisas vão correndo».

«Infelizmente, nem sempre acontece como queremos. Em ciência é sempre complicado fazer previsões, especialmente quando podem lançar alguma esperança em doentes terminais», disse.

O investigador sublinha que «este é um passo importante para os doentes porque são os primeiros fígados alguma vez feitos em laboratório que têm função de um fígado humano», lembrando que «já outros grupos tinham conseguido fazer fígados, mas apenas com células animais».

A descoberta poderá ser também importante para atestar a segurança de novos medicamentos: «Para o estudo do metabolismo de drogas e de toxicidade de químicos faz mais sentido usar este tipo de tecido, com células humanas, do que os tecidos de células animais, porque nem sempre os órgãos animais metabolizam as drogas e os químicos da mesma maneira do que os humanos», explica.

Apoiado no último ano por estudantes da universidade, Pedro Baptista publicou a sua investigação no jornal «Hepatology».

Imagem da Net

4 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Os portugueses é que descobriam tudo, por detrás de toda a descoberta ou facto importante, lá está o português.

A. João Soares disse...

Caro Táxi,

Não podemos desesperar com as desgraças nacionais que são pasto da Comunicação Social que apenas nos mostram os crápulas da política e outros criminosos mais modestos que praticam crimes locais, lesando um ou dois vizinhos. A Justiça age, nem sempre com s«+rapidez e moral sobre os pequenos delinquentes mas ignora os de maior calibre, e transforma alguns destes em «casos» que morrem quase sempre como o rato que a montanha pariu.
Por isso cada português que se destaca por um acto positivo merece muita contemplação de cada um de nós, já que o prémio dado pelo maior representante do Estado vai sempre para pagar trocas de favores a gente do espectáculo, do lazer, do mediatismo, da ostentação, do servilismo ao poder mas que nada produzem para a melhoria da vida dos mais necessitados, dos doentes, dos que sofrem as impiedades do poder.
Um abraço
João
Só imagens

Pedro Coimbra disse...

Mas, mais uma vez, um trabalho realizado fora de Portugal.
Porque é que insistimos em desperdiçar talentos?
Que raiva!!

A. João Soares disse...

Caro Pedro Coimbra,

O desperdício de talentos +é uma demonstração da incompetência do nosso sistema político. Os políticos que constaram das listas em que o povo votou sem os conhecer, revelaram-se ZERO. Só pensam em dinheiro de onde podem sair «robalos» e em dizer mal e pregar rasteiras aos adversários para poderem manter o Poder ou conquistá-lo se ainda não estão nele. Do País real nada sabem, pois a sua atenção está em manter as benesses dos amigos do bando, para que as comadres não se zanguem e não se saibam vergonhosas verdades.

E entretanto perdem-se valores que acabam por ficar fora do País e fazerem o que gostam e de que resulta bem para a humanidade. Fala-se em exportações mas não se exporta saber produzido cá.

Sugiro a leitura do artigo Da corrupção à crise.

Um abraço
João
Sempre Jovens