A administração da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel é acusada de cortar na comida aos utentes idosos por algumas funcionárias. Segundo elas, no apoio domiciliário aos utentes dele beneficiários está a ser servida pouca comida, estando por exemplo, a ser cortado de quatro para três o número de pães distribuídos aos idosos que dependem da Misericórdia para tomar o pequeno-almoço, o almoço e o jantar. E os recipientes de levar a comida são pequenos
Estas denúncias de funcionárias são corroboradas por uma utente de 76 anos que paga 175 euros por mês para ter direito a duas refeições por dia. "No mês passado tiraram-me um pão. Em algumas ocasiões a comida é pouca e noutras ainda é menos", declara. Esta idosa avança, igualmente, que o marido foi aliciado a doar a casa à Misericórdia para beneficiar de um lugar no lar da instituição.
Muitas funcionárias preferem manter o anonimato com medo de represálias, mas duas mais arrojadas avançam com suas porta-vozes e acusam as directoras técnicas de "revistar as carrinhas" utilizadas no apoio domiciliário "à procura de comida a mais". E e dizem-se alvo de perseguições. "Somos postas de castigo e colocadas nos piores sítios. Se há uma funcionária que não seja querida é capaz de andar nas limpezas um mês seguido".
Em contrapartida, a esta exploração dos idosos e à anunciada medida de retirar medicação que prolongue a vida a idosos com doenças sem esperança de cura, uma espécie de eutanásia subtil, apareceu hoje uma notícia positiva: O Instituto Pedro Nunes vai reunir na quinta-feira investigadores universitários, empresários, sociólogos e profissionais de saúde, com o objectivo de criar uma equipa focada no desenvolvimento de produtos para a inclusão social e acompanhamento de idosos.
Esta intenção muito positiva e que honra a instituição que lhe dá nome constitui uma credencial de que estamos numa sociedade onde nem tudo é mau. Oxalá tenha o maior êxito e receba o merecido apoio estatal.
A Decisão do TEDH (397)
Há 1 hora
2 comentários:
Meu caro João
Em todas as organizações pode haver pessoas desonestas, que é o caso de quem tem coragem de “cortar” na comida que servem, a ser verdade o que se conta.
Explorar pessoas de poucos recursos é, simplesmente, abjecto.
Porque será que nestes lugares nunca são colocadas pessoas idóneas e sérias???
Valha-nos, ao menos, essa notícia referente ao Instituto Pedro Nunes. Oxalá sejam bem sucedidos. Andamos bem necessitados de notícias agradáveis...
Uma noite boa.
Beijinhos
Mariazita
Cara Mariazita,
O governo português, e certamente os dos outros países, dada a preocupação monetarista actual de analisar os problemas, irão dentro em breve reduzir a quantidade de idosos. O humor negro permite imaginar que da primeira vez que um reformado vai ao médico ele receita, seja qual for a doença, uma aspirina (que nada cura) e quando o doente lá voltar, ele aconselha um chá quentinho ao deitar, com um comprimido que ele dá e ao outro dia deixa de estar doente, de ter dores e... até deixa de respirar!!!
Mas isto não é pura imaginação, pois em órgãos estatais já se prepara legislação para retirar aos doentes crónicos todo o apoio para prolongar a vida, apenas dando medicamentos para tirar as dores. Isto já será uma espécie de eutanásia subtil, meio escondida.
Com tais medidas poupam as despesas de hospital, de medicamentos e as pensões de reforma!!!
O futuro é muito incerto, mas não será igual para todos, pois os políticos irão usufruir de regalias especiais, como as que já têm dos «tachos dourados» e das «reformas milionárias» acumuladas.
Mas será de esperar que o povo irá acordar antes e exigirá justiça igual para todos.
Beijos
João
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