Embora seja assunto pouco aliciante para o meu género de intervenção, trago aqui pequenos excertos de três textos publicados em blogs em que colaboro.
1. Do post Três casos de Justiça extrai-se o seguinte:
3. Paulo Pedroso obrigado a indemnizar autor de blogue
Público. 12.01.2008
Margarida Gomes
O ex-ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e o seu irmão, João Pedroso, foram condenados pelo tribunal a pagar uma indemnização cível no valor de 2500 euros ao professor universitário e autor do blogue doportugalprofundo, António Balbino Caldeira, por danos não patrimoniais. (…)
2. Mas menos claro é o conteúdo da seguinte transcrição do post Tribunal diz «não» a Pedroso:
Por: Patrícia Pires (em artigo do Portugal Diário, com o mesmo título)
Ex-deputado socialistas acusou seis jovens e Carlos Silvino de difamação, mas nenhum vai a julgamento
Paulo Pedroso apresentou queixa, por difamação, contra seis ex-alunos da Casa Pia e ainda Carlos Silvino (Bibi), por durante «a fase de inquérito» do mega-processo «não terem deposto com verdade». Esta segunda-feira, o tribunal decidiu não dar razão ao ex-deputado socialista e nenhum vai a julgamento.
Após ter sido deduzida acusação, a defesa dos jovens pediu abertura de instrução e, agora, o 4º Juízo do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu-se pela «não pronuncia dos arguidos». (…)
A NOTA que se segue à transcrição procura traduzir dúvidas quanto ao que é dito e ao que fica escondido no assunto referido por Patrícia Pires.
3. Isto vem servir de base ao texto publicado em «Democracia em Portugal» por Arrebenta no post A rentrée
Paulo Pedroso, um dos meus heróis políticos, em nome de uma suposta carreira política, conseguiu que os Tribunais, que não funcionam para nada, e o País Falido, lhe dessem uns milhares de euros, sem se dar conta de que isso não lhe iria limpar imagem coisa alguma, antes agravar a sensação de permanente escândalo e impunidade em que estamos imersos, e desencadear um incontrolável extremar de posições e juízos de valor. Como diz um amigo meu: "problema dele". Sim, problema dele.
Todavia, como o Sistema se tornou Skinneriano, depois de um choque desses, vem, no dia imediato o pseudo-esticão de sinal oposto. Há meses que a televisão brasileira, num imitar das modas europeias, só via Pedofilia por tudo quanto era canto -- e eu gosto bastante de assistir ao Jornal da Band, de São Paulo -- e com alguma razão, talvez pondo os olhos directamente onde nós fingimos estar agora a retirá-los. O Nordeste Brasileiro, zona de algumas das mais belas praias da Aldeia Global, sabe bem o que isso é, os camionistas de longo curso que pagam o bobó a 5 Reais, às meninas que as mães vêm deixar à borda da estrada, ou, mais de acordo com os gostos pederastas portugueses, a célebre rede norueguesa, que operava em Natal, onde bastava entrar em certas discotecas, e o puto, o efebo, ou o jovem garanhão já vinham, por medida, e com pedido feito antes, pelo cliente (desconheço como se processava a reserva, sei que o sistema foi abafado recentemente, sinal de que já deve haver dez a substituí-lo...)
E assim vai o mundo!!!...
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
4 comentários:
Estimado e Sensacional Amigo:
Sabe, já nada, mas mesmo nada me surpreende neste país que fala a Língua de Camões e teve inúmeros vultos da poesia, da literatura, da política, da sensatez e da lúcida presnça em próle da Humanidade. Momentos criados para o sossego, harmonia e bem-estar das suas gentes preciosas é inexistente.
Se os Tribunais são "comprados" é fantasmagórico e incrível de autenticidade que seria óbvia e evidente fazer a respectiva punição; mas são gente importante, sabe? Tudo conseguem.
O nosso lindo Portugal está corrompido, mal tratado, insensato nas opiniões ministeriais. Existe a violência e o aproveitamento dos crimes violentos "entretêm" a opinião pública.
Se a criminalidade é forte, já pensou admirável amigo, a sua razão?
Eu entendo. Há fome. Há pobreza. Os impostos sobem. Os governantes não governam.
"Compram-se" actos indecoros e insensatos , plenos de sobriedade inexistente.
Só faltam os despedimentos sem justa causa e, abraçar um desemprego que só tem uma solução visível: ROUBAR!
Que dizer da toxidependência, valoroso amigo?
OLhe, é o Portugal que temos e só nos resta adorá-lo e abraçá-lo com fascínio e admiração: "UM LINDO PAÍS de sonho" para os turistas veren, não acha, amigo pleno de inquietação sóbria e magnífica de sentimentos!
Isto tudo não vai ficar por aqui?
Nunca parará em face do exposto.
Que lindo que era o meu Portugal.
Que mal te fizeram?
Abraço forte de estima e imenso respeito pela sua gigantesca significação.
Sempre a lê-lo ATENTAMENTE e a admirá-lo imenso
Com humildade
pena
"Puxão de orelhas" não aceite pelo seu valor imenso e pela sua coerência e genialidade.
Caro Amigo Pena,
O seu comentário constitui uma valiosa achega para analisar o «estado da Nação». Gostei das suas palavras «é o Portugal que temos e só nos resta adorá-lo e abraçá-lo com fascínio e admiração». São palavras patrióticas que hoje pouco se ouvem e que nunca são ditas pelos políticos que apenas se gabam de ninharias como a do comprimento do parafuso (ver post «As prioridades do Governo»), e dão prioridade a denegrir os outros partidos, em permanente campanha eleitoral. Estão a enterrar o País na lama e começa a ser difícil lutar pela recuperação do prestígio de outrora. Temos que ser muito fortes para não esmorecer.
Isto faz lembrar dois versos de uma cantiga de há umas décadas atrás: «se eu era fraco, meu bem, ficava louco»
Por vezes aparecem «filósofos» a dizer que os raptos de crianças são movidos por interesses ligados ao fabrico de chipes e aos movimentos que pretendem criar um governo único mundial com controlo absoluto de todos os humanos. Primeiro, os pais opuseram-se à implantação dos chipes, mas com a onda de rapto, já aceitam e desejam que tais dispositivos sejam implantados. Já ouvi a hipótese muito atrevida de que o assalto à carrinha da Prosegur, tão bem planeado, com tantas coincidências felizes para os assaltantes, foi uma simulação feita por técnicos para sacar dinheiro à seguradora. Olhando para todos os pormenores que vieram na comunicação social, até nem custa a acreditar.
Será que a onda de violência de Agosto, vista através das palavras de «quem as devia de ter dito», não terá por detrás nenhum plano macabro e inovador para este rectângulo?
E o que se passa com a Justiça, condicionada por uma legislação muito bem elaborada e a necessitar de alterações, pouco depois de entrar em vigor, não terá sido propositada? Temos que ser justos e considerar que os políticos não são tão burros como muitos dizem, e têm capacidade para engendrar planos maquiavélicos.
Abraço
João
Caro amigo A. João Soares
Receio bem que os nossos impostos (pagos pela nossa pobreza) venham a parar aos bolsos dos protagonistas digo, arguidos do caso Meddy e Casa Pia como já foram para o Paulo Pedroso. O seu "ler mais..." leva-nos a reflectir sobe esta justiça que favorece, tipo negócio, uma elite restrita, (os que sabem mexer os cordelinhos desta justiça) será que fabricada para isto mesmo? Tal como os negócios de capital de risco, que podem dar fortunas fabulosas, mas nunca dão para os tais, as desgraças reservadas aos que não têm quem os defenda. Transformar mentiras em verdades deve ser um negócio em grande expansão e muito competitivo no nosso país.
O "nosso" Primeiro M tão cioso dos impostos de todos, ri-se da situação em que o estado português paga com os impostos de todos a indemnização ao Paulo Pedroso. Porque não é o Estado que paga, o estado não ganha dinheiro, somos todos nós, o que revolta.
Um abraço
Carlos Rebola
Caro Carlos Rebola,
A vida real não é tão lógica, racional, moral e justa como seria desejável. As leis não são iguais para todos. Uma regra seria a de que quem comete um erro, mesmo que não fosse grosseiro, sofreria a sanção correspondente, mas os juízes, os políticos e outros poderosos são imunes a sanções, e estas são trasladadas para o «pião das nicas», o mexilhão, que é o povo pagador de impostos e sofredor de todos os abusos e incapacidades do Poder. Os contribuintes (o Estado com o dinheiro dos impostos) têm sido penalizados por repetidos erros dos tribunais, pagando indemnizações a incriminados que recorrem para tribunais internacionais. Aos juízes que erraram nada acontece.
O caso de Paulo Pedroso merece ser meditado procurando respostas para as interrogações constantes do post referido no número dois «Tribunal diz «não» a Pedroso».
Abraço
A. João Soares
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