Texto recebido por e-mail de José Morais Silva
Ora aqui está a prova do que já se suspeitava há tempo.
Na ânsia de privatizar a EDP e a Galp (duas empresas de inalienável interesse estratégico para a soberania do País na área da energia), os “políticos” do PSD e PS foram vendendo as posições do Estado, todos contentinhos julgando que, com a invenção das “gold share”, ainda ficavam com alguma capacidade de controlo.
Vem agora a União Europeia informar que vai iniciar uma acção no Tribunal Europeu para acabar com essa ilusão.
O próximo passo vai ser a privatização da CGD, deixando então a Banca à rédea solta.
É tempo de começar a pensar numa acção em tribunal, posta pelos cidadãos Portugueses para exigir responsabilidades aos autores destas privatizações que retiraram ao Estado a sua capacidade de regulação.
Veja-se a triste figura do Ministro da Economia, bem acompanhado pela dita Autoridade da Concorrência e a não menos cómica ERSE.
Já agora alguém que investigue quem são os elementos daquelas magníficas organizações que, supostamente, têm como missão zelar para que não haja abusos e quais os seus vencimentos e regalias associadas ao tacho que os partidos que passaram pelo governo lhes ofereceram, afinal, para só fazerem asneira ou estarem caladinhos!
Claro que, fiel à tradição, o nosso Presidente da República continua a seguir com atenção e preocupação o que se passa!
Para quando terá sua Excelência a conversa com o nosso Primeiro Ministro para lhe dar algumas “grandes linhas de orientação”?
NOTA: Repare-se na posição anódina do ministro da Economia em face da exploração das gasolineiras nos preços escandalosos dos combustíveis. (Ver o post «Combustíveis. Gostava de ser esclarecido»)
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Economia soberana
Publicada por A. João Soares à(s) 09:49
Etiquetas: economia, Energia, exploração, preços
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3 comentários:
DE facto a economia é uma ciencia de magos...
Um abraço.
Cada vez mais me convenço que a incompetência campeia nos nossos governantes. Cada reforma ou lei nova que sai permite que a bagunça aumente, pois não estudam convenientemente os problemas e, assim, estes vão-se agravando! Para quando arranjamos ALGUÉM que nos GOVERNE para acabarmos com o FAZ DE CONTA?
Caros António Delgado e Luís,
Há muita gente que acha que os políticos e os economistas não são tão impreparados como aparentam; são inteligentes, mas estão subordinados a interesses que não confessam, além do interesse próprio.
Com esse conflito íntimo de interesses, não conseguem elaborar um raciocínio lógico que esclareça o povo e o convença seja do que for.
Não merecem confiança.
Por outro lado temos «cientistas», completamente afastados dos níveis mais baixos do saber, incapazes de dialogar com os graus intermédios e de esclarecer os cidadãos vulgares. Esquecem que a ciência só é prestigiada ao nível do cidadão médio se ela for apresentada com vantagens para a vida prática. Faltam os técnicos, os divulgadores da ciência para fazer a ligação desta à vida.
Um outro aspecto negativo, é a arrogância patética, do género de o Banco de Portugal há mais de três anos ter feito uma PREVISÃO do défice anual com um número com três decimais, o que é pelo menos ridículo, pois trata-se de contas baseadas em números inseguros, de previsão. E, não contente com tanto falso RIGOR, passado pouco tempo, apresentou um novo número mais baixo mas também com três decimais. A quem quiseram convencer da primeira vez, em que nem eles acreditaram, visto que alteraram tão rigorosa previsão? E, depois dessa lição, que não assimilaram, o que pretenderam com a repetição de tal dislate?
São estes os magos da ciência económica a que se refere o António Delgado.
Há técnicas de preparação das decisões, mas tudo indica que os governantes não as conhecem e cometem erros sucessivos, de que agora são exemplos, a lei das armas, a legislação mais recente da Justiça, da Administração Interna, e do descontrolo das grandes empresas com capitais do Estado.
Com tanta leviandade, o futuro do País está cada vez mais nublado.
Abraços
João
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