Texto de Vânia Moreira Diniz, que nos deixa a sensação de que a paz é indispensável para a defesa do planeta e do ambiente, a fim de deixarmos uma herança digna aos nossos descendentes.
Hoje é Dia Internacional da paz.
Nada é mais importante do que essa harmonia do universo transmissível a toda a humanidade e que hoje em dia nos parece tão distante. Por isso devemos lutar e reflectir sobre a paz, o conteúdo mais importante na luta pela inclusão, amor, solidariedade, carinho e felicidade. Só a paz nos conduzirá à união dos povos que é a maior conquista do universo.
Quando nascemos o oxigénio nos deu a vida entrando em nossos pulmões, fazendo com que gritássemos pela diferença de sensações e impotência diante do mundo que estávamos prestes a ingressar. E esse é o momento reconhecidamente uniforme em todos os seres humanos. Passamos por ele como acontecerá também no dia de nossa morte em que se efectivará justamente o mesmo fenómeno de impotência e aceitação.
Somos todos iguais, não importa o país ou região em que nascemos, a raça a que pertencemos ou as características genéticas que possuímos. Não importa. É a união, que fará com que vivamos nesse planeta com a paz que está acima de tudo, única sensação que tornará nosso tempo finito imensamente infinito e feliz. Sem ela nossa passagem pela terra será alarmante e desesperadora.
Sentir a paz nesse momento, nesse tempo de tantas guerras, invejas e ódios inúteis será a única forma de usufruirmos a razão primeira para a qual fomos criados: felicidade para todos os seres humanos.
Quando compreendermos a harmonia da natureza, a beleza natural, o canto dos pássaros e a presença dos animais, do mar, rios, árvores, plantas e flores, também entenderemos o quanto é importante o respeito por seu semelhante, o amor universal que devemos cultivar como uma preciosidade e que infelizmente na maioria das vezes somos tão indiferentes. E sentiremos isso tarde demais.
Hoje é dia Internacional da paz, precisamos captar o sentido verdadeiro dessa palavra para que possamos prosseguir buscando sempre o amor que está ficando perdido pelos caminhos. Sem a paz não conseguiremos ser felizes porque nos faltará o elemento básico para a plenitude da vida, da alegria, da realização e do respeito por nossos irmãos de caminhada.
Nesse momento de mudanças profundas, de evolução tecnológica e globalização precisamos encontrar na paz o entendimento para a verdadeira união que não se fará apenas com o progresso e desenvolvimento que vemos a cada dia mas com o amor que se tornará mais distante sem a troca dos olhares, do sorriso, da compreensão e, principalmente, da luta harmoniosa por humanidade e igualdade.
Paz é a única forma de preservar esse planeta do qual somos hóspedes temporários. Paz é só o que precisamos para que possamos conhecer a nós mesmos e lutar para que sejamos melhores e mais felizes.
Vânia Moreira Diniz
21-09-2008
El País
Há 46 minutos
2 comentários:
A paz procura-se e fala-se nela porque existe guerra, senão nem sequer nos teríamos que preocupar com essa «coisa» da paz e tal e tal, assim de uma forma tão exploratória. Existe sim uma qualquer harmonia onde todos sem excepção fazemos parte intrinsecamente e a harmonia ou essa harmonia ou tranquilidade é uma forma como que um movimento musicado da Terra ou do Mundo e que se articula com todos nós, é que aí não existe comando possível, nem crenças, nem nada de rotulagens possíveis, é que não tem o seu antagónico para co-existir.
Temos que começar a pôr de lado esses termos consumíveis de poderes e reinados, tal como o amor e o ódio, e este exemplo tal como o anterior, o ódio só se revela porque existe o amor e vice-versa.
Talvez nos devêssemos preocupar mais com o termo e o sentido da Felicidade ou do que é a Felicidade, este termo ou palavra, que sem mais antagonismos, existe em todos nós num encontro e procura colectiva!
Cumprimentos
Cara Alice,
O seu idealismo é maravilhoso. Mas temos de aceitar a utopia como aquilo que é. Caim matou Abel.
Li há tempos que os comportamentos das pessoas e das sociedades são condicionados por dois factores opostos, o amor e o medo. Quando predomina o amor as relações são mais harmoniosas e as pessoas felizes. Quando o medo domina, as pessoas são desconfiadas, sofrem e preocupam-se demasiado com a segurança, tornando-se agressivas. É a guerra.
O ideal será desenvolver boas relações de confiança mútua, através de um diálogo aberto e bem intencionado. Qundo os Estados, em vez de movimentarem exércitos ameaçadores, iniciarem contactos por meio de intermediários, e negociarem, o mundo torna-se pacífico e não haverá guerras caras e destruidoras de recursos e vidas.
É preciso que este espírito se desenvolva a todos os níveis e em todos os corações.
Beijos
João
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