segunda-feira, 7 de julho de 2008

Vaso Chinês

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, transportando-os cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até a casa, enquanto o rachado chegava meio vazio. Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora a chegar a casa somente com um vaso e meio de água.

Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.

Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser "rachado", o vaso falou com a senhora durante o caminho: "Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa..."

A velhinha sorriu:
"Você reparou que lindas flores tem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto semeei flores na beira da estrada, do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.

Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas esse defeito que cada um tem, é que faz com que a nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que em si tem de bom.

Portanto, meu "defeituoso" amigo leitor, tenha um bom dia e lembre-se de regar as flores do seu lado do caminho... e envie este texto a algum (ou a todos) dos seus "defeituosos" amigos. Sem esquecer que é "defeituoso" também quem colocou aqui esta estória!

De autor desconhecido. Recebido por e-mail

8 comentários:

José Lopes disse...

Tive um excelente chefe que me disse um dia que a sua missão enquanto dirigente era saber aproveitar as qualidades de cada um,enaltecendo-as, e ignorar de algum modo os defeitos desde que não comprometessem o resultado desejado.
Cumps

mundo azul disse...

Realmente é um belo texto!!!
Tirar qualidades das próprias falhas...Que beleza!
Beijos de luz e muita alegria no seu coração...

A. João Soares disse...

Caro Guardião,
Esse seu chefe era um líder, um verdadeiro Chefe. A maior virtude do Chefe é fazer render os talentos dos seus colaboradores, mesmo saber minorar os efeitos e aproveitá-los por forma a terem utilidade.
Já a Bíblia falava da parábola dos talentos (Mateus 25,14-30 e Lucas 19,12-26).
Cumprimentos
A. João Soares

A. João Soares disse...

Cara Zélia,
Muito obrigada pela visita a este recanto modesto que nada tem de parecido com o Mundo Azul onde encontramos o Éden, o Paraíso de paz e amor.
Realmente, as falhas os defeitos, se bem aproveitados, poderão ser produtivos e criar oportunidades de riqueza espiritual, beleza e até progresso material. A maior virtude de um gestor é obter os melhores resultados da sábia utilização dos seus recursos tal como são.
Beijos
A. João Soares

São disse...

Que ternura sábia, esta!
Obrigada!
Bom dia para si.

Arsenio Mota disse...

Caro A. João Soares:
É realmente uma bela metáfora. Cheia de sabedoria. A ensinar que nada é completamente bom, nada é completamente mau. Mas talvez só veja isso quem seja capaz de descortinar o «outro lado» das coisas, isto é, quem não veja o mundo simplesmente a preto e branco. E nós, povo, continuamos ceguinhos, divididos ao meio pelo Bem e pelo Mal...

P. S. - Ontem encontrei o seu blogue sem «ler mais» activo e sem «comentários». Tive de desistir...
Abraço cordial.

A. João Soares disse...

São,
Obrigado pela simpatia. Sempre amorosa!
Beijo
João

A. João Soares disse...

Caro Arsénio Mota,
Obrigado pelas suas palavras e pela informação de que detectou problema no blog. Quanto à lição deste post, é realmente muito boa. mas, como tudo o que puxa pelo bestunto, não está ao alcance de qualquer um!
O problema que encontrou deveu-se à coincidência de provavelmente ter aparecido no momento, aliás demorado, em que estive às voltas com a formatação do post anterior. Isto de cortar o texto traz, por vezes, problemas de demorada reparação. Mas está conseguido!
Abraço de amizade
João