Num momento em que a generalidade dos portugueses está afectada por uma espécie de loucura com o Euro 2008 e a reagir de forma intensa à vitória sobre a selecção turca, não devemos deixar passar de lado o facto significativo de hoje serem distinguidos 12 portugueses de entre 36 nomeados emigrantes e lusodescendentes, muitos ainda jovens. É a segunda edição de Prémios Talento.
Uma das nomeadas na categoria Humanidades é Ana Paula Lopes, que é a primeira mulher presidente da Orquestra Sinfónica de Toronto. Ela reconhece que "a orquestra é uma organização de elite", e sublinha "mas ninguém pensa se sou portuguesa ou não".
Os 36 nomeados distribuem-se por 12 categorias: Artes do Espectáculo, Artes Visuais, Associativismo, Ciência, Comunicação Social, Desporto, Divulgação da Língua Portuguesa, Empresarial, Humanidades, Literatura, Política e Profissões Liberais. Cada categoria tem três nomeados que foram seleccionados entre 270 candidaturas, havendo, para cada distinção, um júri específico.
Os prémios são organizados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Os vencedores recebem um troféu, "num gesto de reconhecimento pelo seu trabalho", como explica fonte da Secretaria de Estado. Esta cerimónia é uma excepção, num país que se esquece vezes demais da enorme comunidade portuguesa que está espalhada pelo mundo. E também não incentiva publicamente, como seria desejável, os talentos dentro de portas.
A comprovar o prazer sentido nesta notícia, junta-se uma lista de artigos aqui publicados em que se salienta a conveniência de premiar o mérito de jovens que se distinguem em algo de positivo para um futuro melhor de Portugal, isto é, dos portugueses. Sempre este espaço apoiou que incentivos como este são de inegável importância para o nosso desenvolvimento.
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- Jovens válidos são esperança para o País
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- Filipe Valeriano, Português que sobressai
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domingo, 8 de junho de 2008
Premiar emigrantes com talento
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2 comentários:
A loucura do futebol arrasta multidões e fá-las esquecer as agruras do dia a dia, é o chamado "ópio do povo"! Premiar os talentos só é aliciante para os próprios e não arrasta as multidões.Dessa forma os políticos promovem o futebol e esquecem-se dos talentos! Veja-se o interesse que o futebol tem para essa classe que o próprio Sócrates se envolveu na polémica do "soco do Scolari" para o manter como Selecionador Nacional. E depois queixamo-nos que Portugal não se desenvolve!!!! Não sou contra o Desporto, sou é contra a inversão de valores!!!!
Amigo Luís,
É isso, «inversão de valor». Ou falta de sentido das proporções e das prioridades? Ou será intenção de manter o «coma induzido», para que os cérebros não se desenvolvam e ninguém seja capaz de criticar os políticos e votar de acordo com a própria cabeça?
Um abraço
A. João Soares
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