Segundo notícia do DN que cita dados da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), entre 1 de Janeiro e 28 de Maio deste ano ocorreram, em Portugal, 857 incêndios florestais, mais 535 (mais 62,43%) que no mesmo período do ano anterior, em que se registaram apenas 322.
Em relação à área florestal ardida foram consumidos, até ao final de Maio, 3423 hectares, enquanto no período homólogo anterior foram devorados pelas chamas 1098 hectares, portando houve um aumento para mais do triplo (3,12 vezes mais!)
São números assustadores e chocantes, depois de termos ouvido do MAI palavras optimistas, vendedoras de esperança, de que este ano os fogos seriam eficazmente combatidos, pois já foram dedicados à Protecção Civil e aos Bombeiros elevadas verbas para o efeito. Infelizmente, o problema repete-se todos os anos, com os ministros a prometerem o fim desta tragédia que destrói a riqueza florestal e a flora e os haveres de muita gente de poucas posses, e depois a realidade a trazer-nos números que apresentam tendências cada vez mais graves.
O actual ministro, que se enerva e irrita perante as perguntas dos jornalistas, muitas vezes acaba por dizer coisas menos certas, como quando lhe foi colocada a questão do aumento da insegurança, a propósito do crimes da noite do Porto, em que respondeu com ar que quis ser seguro, que as ESTATÍSTICAS diziam que a segurança estava a melhorar, com a criminalidade a descer. Os factos posteriores vieram confirmar que ele não tinha razões para estar tão seguro. Agora passa-se o mesmo quanto aos fogos florestais. Será que ele vai colocar em dúvida os dados da DGRF?
Façam-se preces a todos os santos mais vocacionados para as florestas a fim de aparecer alguém com bom senso, dedicação e capacidade de estudo e organização para estabelecer medidas adequadas e eficazes na prevenção, na detecção e no combate rápido a este flagelo. Prevenção para evitar ao máximo os fogos, mas como alguns, mesmo assim, poderão deflagrar, deve haver um sistema de detecção rápida e de reacção imediata a fim de a área ardida ser reduzida ao mínimo. E responsabilize-se quem não cumprir com eficiência as suas tarefas. Estas devem estar bem definidas e a responsabilidade deve ser real. Se este milagre não ocorrer, nada se espere dos governantes que já mostraram do que são capazes, apenas palavras prometedoras, vazias de conteúdo sério.
Lápis L-Azuli
Há 43 minutos
4 comentários:
Pois é meu amigo, mas não são apenas as florestas que estão a arder. Também nós e, agora com a "chama nacional" do Euro 2008, vamos a ver se não ficamos ainda mais queimados.ABRAÇO
A criminalidade está a decrescer só na cabeça das alimárias deste governo, pois todos nós sabemos, que cada vez há uma maior insegurança. Basta ver os números do carjacking...assaltos a vivendas...
Um abraço
Compadre Alentejano
Amiga Ana Bela,
Obrigado pela sua visita e pelo comentário. Estamos a arder e o €2008 vem fazer que nem nos apercebemos que estamos em chamas da crise sem petróleo e outras. A Maior é a crise de valores, de ideais, de confiança no amanhã. Os responsáveis sabem, ma como são incapazes de encontrar solução assobiam para o lado.
Beijos
João
Caro Compadre,
Eles vêem, mas como têm segurança à porta e nas deslocações não ligam à insegurança sentida pelos eleitores que os elegeram para lhes darem segurança e que se sentam frustrados de neles terem votado.
Já são os do próprio partido a darem gritos de alerta.
Abraço
A. João Soares
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