Andavam os deputados e a comunicação social tão entretidos com os submarinos e eis que aparece a juntar-se-lhes outro tema, também fardado, as 'Pandur', para aumentar o entusiasmo da abordagem às suspeitas de corrupção.
Se esta incidência em materiais militares – autometralhadoras e submarinos - resultar num exaustivo e eficaz ataque a todos os casos de corrupção vindos a público, que seja bem vindo.
Mas se estes casos servem apenas para desviar as atenções de problemas graves como a saúde, as escolas, a justiça, a insegurança e criminalidade, a injustiça social e outros, então, em vez de serem encerrados daqui a alguns meses, será preferível encerrar já e dirigir as atenções e as energias para os problemas que afligem a quase totalidade da população.
Fica o assunto ao são critério de quem tem a responsabilidade de gerir os destinos da população, para esta passar a ter melhores condições de vida e motivos para alguma esperança no futuro dos filhos e netos.
O que eles disseram faz agora dez anos
Há 2 horas
2 comentários:
Não acertamos uma.
Não acertam os (ir)responsáveis políticos.
Razão para o pouco acerto dos responsáveis militares.
Para uma coisa me parece terem servido os chefes da mili:
Com os seus projectos megalómanos, terem dado azo a que no ministério da Defesa, altos quadros partidários e amigos no exterior,
pudessem ter desencadeado os grandes negócios da Defesa.
Com os resultados que estão à vista.
Pese o desagrado de algumas chefias da mili para comigo.
Como me apercebi há dias.
Abraço
BMonteiro
(Coronel inconveniente)
Caro B Monteiro,
Talvez o caso das batatas de Angola em que foi protagonista um actual «herói» dos negócios, do futebol e da política, não tenha sido caso único; talvez tenha sido a ponta de um iceberg que tenha continuado a engrossar.
E os generais, qual o critério de promoção? Quantos deixaram de ser subservientes ao Poder e bateram com a porta?
Não foi por acaso que Cavaco, quando PM, eliminou a indexação dos vencimentos militares aos de general, acabando com a motivação destes em dignificar os salários de todos os militares, porque os deles têm um grau à parte, sem ligação aos restantes!
Devido à manutenção da aversão aos sindicatos com a ideia de que os defensores dos trabalhadores militares são os comandantes, mas como estes são subservientes aos chefes e aos políticos, aparecem os números comparativos aos juízes e aos professores, há 15 anos e agora. E os juízes apesar de se dizerem órgão de soberania (não democrático por não ser eleito) têm o seu sindicato que os defende e exige regalias a seu gosto que lhes têm sido concedidas porque os Governos agem sob pressão.
Com tudo isso, não se pode esperar dos militares muita eficácia nem um éden de virtudes cívicas, muito diferente do comum da sociedade, apesar de ainda procurarem alimentar o culto pela ética e pelos valores.
Um abraço
João Soares
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