As duas grandes centrais sindicais emitiram opinião sobre um mesmo tema, que parece estar a ser encarado pelo Governo com vaidade e teimosia, sem uma análise cuidada do binómio custos/benefício.
João Proença, líder da UGT, à margem do encontro «Que Segurança, Higiene e Saúde no trabalho no início do novo século?» na Praia do Carvoeiro, no Algarve, manifestou satisfação pela vontade do Governo em fazer investimentos públicos, mas pediu que se faça «uma avaliação rigorosa da contas públicas». «Portugal está a crescer pouco, porque não são feitos investimentos públicos e privados, nem há essa política de investimentos», admitiu.
Por seu lado, a CGTP alertou o primeiro-ministro para que as obras não se foquem apenas no «cimento», «betão armado» e «rotundas». O seu líder, Carvalho da Silva, reforçou a ideia da necessidade de ser mantido o investimento público, tal como fes o da UGT. No entanto alertou para a necessidade de ser seguido um critério adequado e critica o Governo por esquecer o «tecido empresarial» e as «pequenas obras», favorecendo o «alcatrão», «cimento armado» e «rotundas».
É bom sinal ver que os portugueses se unem para analisar os grandes problemas nacionais. E, neste caso do «rigor das contas», os sindicatos dispõem de ferraments úteis e eficazes para detectar atempadamente qualquer desvio nessas contas e alertar para evitar o pior. Casos como o da Gebális haverá em catadupa,por este País fora. E é preciso cortar o mal pela raiz, antes que esta se torne difícl de cortar por demasiado grossa.
Sócrates de novo
Há 1 hora
2 comentários:
Como deixei no comentário anterior torna-se necessário em definitivo responsabilizar os governantes e gestores das empresas para que se moralize de vez os gastos sumptuosos que se fazem por todo o lado! Há que ir ao bolso deles sempre que os façam sem que se verifique retorno para os contribuintes e para o País. Até lá vivemos num "faz de conta inconsequente", com os maus resultados que isso arrasta!!!!!
Caro Luís,
A democracia significa mesmo isto que as centrais sindicais estão afazer e as denúncias de erros a precisar de correcção. Se os governantes e autarcas se sentissem responsabilizados pela forma como utilizam os dinheiros públicos tudo correria melhor e deixaria de haver corrupção, enriquecimentos ilegítimos e aumentaria a justiça social.
Mas como não são controlados e se sentem imunes à justiça, dão largas à sua vaidade, megalomania e abuso do poder. Foi nesse sentido que publiquei o post Lições do dito «Terceito Mundo», cuja leitura recomendo.
Abraço
João
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