Uma análise isenta e imparcial feita num largo espaço de tempo mostra que um «criminoso político, ou de opinião, é muitas vezes um grande patriota com uma visão política prática e realista do futuro do seu País, mas que não coincide com o poder vigente.
O caso de Galileu Galilei (1564-1642) é um exemplo de que o conformismo e a obediência ao «politicamente correcto pode evitar uma pena muito dura, pelo que é o modo de vida dos poltrões, mas nada contribui para o desenvolvimento da ciência, da economia ou da sociedade. É preciso utilizar o raciocínio e arriscar a expressão de uma ideia que nos pareça válida.
Esta reflexão surgiu após uma amena conversa num grupo em que se encontravam cinco indivíduos que conheceram Timor e, desses, dois têm procurado investigar a história, a antropologia, as tradições da ilha e da região em que se insere. Um facto originou as palavras atrás escritas, o de que os heróis contra a ocupação japonesa durante a II Guerra Mundial tinham sido para ali degredados de Portugal por «crimes» políticos aqui perpetrados. Um dos presentes nesta tertúlia é o Manuel P.M. a que me referi no post Realidades exemplares
Sócrates de novo
Há 49 minutos
4 comentários:
As leis servem os regimes, recuso-me a cumprir todas as leis.
Um abraço fora-da-lei
Caro Rei dos Leitões,
É mais complexo do que estas suas palavras pintam. Servem também o partido que está no poder, os seus amigos, etc. Quase todas as leis traduzem um interesse particular do momento. Nenhuma aparece por acaso. E~, nelas, as vírgulas têm sempore uma justificação.
Os populares mais desprotegidos são as vítimas em benefício dos favorecidos.
Um abraço
O poder político não reflecte forçosamente o interesse dos povos, para mal dos nossos pecados, por isso quem possa ser considerado criminoso político pode muito bem ser um grande patriota. O que ensombra muitas vezes estas coisas, é que para enfrentar um poder instituido quebram-se por vezes outras regras e outras leis e há quem seja inocente e acaba por ser seriamente prejudicado.
Abraço do Zé
Zé Povinho,
São questões muito complexas, como todas as questões sociais e humanas. Mas, perante governos que não cumprem «com lealdade as funções que lhes são confiadas», os cidadãos patriotas têm o dever de se insurgir para os derrubar, mesmo que tenham de sofrer a vingança do poder instituído. O caso mais recente é o do António Caldeira do Portugal Profundo e do Marinho Pinto.
Ninguém des ser amordaçado quando defende os superiores interesses do País, contra as incompetências e desonestidades de governantes incapazes de tomar decisões correctas.
Abraço
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