Segundo a notícia «Brasil investiga cartões de ministros», no jornal gratuito de hoje «Global», o Senado brasileiro vai discutir a criação de uma comissão parlamentar de inquérito aos gastos dos ministros e altos funcionários do Estado pagos com cartões de crédito.
O líder da bancada da oposição disse: «é necessário investigar os gastos feitos com cartões corporativos para a compra de bijuterias, materiais de piscina, despesas em churrascarias». No Brasil, as despesas feitas pelos ministros com cartões são públicas.
Isto passa-se no Brasil, um país riquíssimo, que só não é uma potência mundial por obstáculos levantados por vizinhos imediatos e da América do Norte, para não o terem como concorrente na comunidade internacional. E entre nós? Como é? Logicamente, como dispomos de menos riqueza, deveríamos ter um controlo mais apertado, a fim de evitar elevados défices orçamentais e de aliviar o peso fiscal sobre os menos abastados. Será que a lógica é traduzida nas realidades quotidianas? Certamente que não (!) pois até há políticos que requereram ao TC que não publique a sua declaração de rendimentos (!)
Este é um bom motivo para reflexão e, certamente, irá mexer nas memórias de muitos acompanhantes de políticos em viagens ao estrangeiro!
A Necrose do Frelimo
Há 4 horas
6 comentários:
Até parece que os políticos brasileirtos aprenderam com estes de cá...
Muito bem, investiguem .
Um abraço
Compadre Alentejano
Caro Compadre,
Quando se quer que tudo fique sem solução, nomeia-se uma comissão. Nada se esclarece e ninguém é responsabilizado! E a minha pergunta inocente é: Para que serve a Justiça, aquela que condena o pobre que rouba uma embalagem de alimento num supermercado?
Há ladrões que são impunes.
Abraço
Lá como cá, há alguns "espertos" que julgam que não há quem seja inteligente e os tope nas suas manobras escuras. Esperteza não é inteligência, mas isso é demais para mentes mesquinhas.
Cumps
Caro Guardião,
Transcrevo uma notícia de hoje no Público. Enoja-me o SÓ! Para mim 12 já é um número muito exagerado. Bastava um para nos sentirmos enojados dos políticos que temos. É pena que esses «só» 12 não vissem os seus dados devidamente investigados e fossem condenados pelas falcatruas que não queriam ver publicadas.
Abraço
Só 12 titulares de cargos públicos pediram segredo de dados ao TC
Público. 09.02.2008
O Tribunal Constitucional (TC) revelou ontem que recebeu desde 1995 apenas 12 requerimentos de titulares de cargos públicos que solicitavam que as respectivas declarações de rendimentos e património não fossem tornadas públicas.
"Em 13 anos de vigência da lei que torna obrigatória a entrega no TC da declaração de património e rendimentos aos titulares de cargos públicos, houve 12 requerimentos ao tribunal para que não se divulgassem alguns elementos constantes das respectivas declarações", esclarece o TC em nota enviada à agência Lusa.
O Tribunal Constitucional não revela, no entanto, os nomes dos titulares de cargos políticos que declararam publicamente os seus rendimentos e quais pediram para que não fossem divulgados, como tinha sido requerido na quarta-feira pelo deputado socialista António Galamba.
O pedido do deputado, numa carta dirigida ao presidente do Tribunal Constitucional, surgiu depois de, na terça-feira, o jornal Correio da Manhã ter noticiado que o tribunal indeferiu "dezenas de pedidos" de titulares de cargos políticos solicitando que os seus rendimentos permanecessem secretos.
O TC esclarece agora que, desde a entrada em vigor da lei, mais de 13.000 titulares de cargos públicos apresentaram as respectivas declarações, tendo havido apenas 12 requerimentos solicitando a não divulgação pública de alguns elementos.
Ontem, António Galamba acusou o Tribunal Constitucional de "leviandade no tratamento dos dados" sobre os políticos que pediram que as declarações de rendimentos e património não fossem tornadas públicas.
"A informação completa, dada hoje [ontem] pelo tribunal, deveria ter sido fornecida desde o início", afirmou à agência Lusa, admitindo a necessidade de uma mudança na lei para impedir que possa pedir-se o secretismo da declaração quanto aos rendimentos.
Já o líder parlamentar do PSD disse que encara com "simpatia" a proposta do deputado socialista António Galamba para eliminar as disposições legais que permitem aos políticos pedir para as declarações de rendimento não serem tornadas públicas.
Santana Lopes acrescentou que, à partida, as declarações de rendimentos e património de titulares de cargos políticos "existem para ser tornadas públicas".
António Galamba acusa agora o TC de leviandade, afirmando que os dados já deveriam ter sido divulgados
João!
Sobre o caso do cartões, não podemos esquecer que a grande Mídia, a quem eu chamo de grande "M" quer é vender, para isso nada melhor que fabricar um escândalo.
Eles são feitos de coisas óbvias. Eu acho que os cartões corporativos são necessários e a maioria dos detentores não fizeram uso irregular do sistema. Não podemos esquecer, que são 13.000 os cartões e mais, todos os gastos estão descriminados no Portal Transparência, criado pelo governo federal exatamente para torná-los públicos...
Infelizmente alguns são utilizados de forma ilegal, mas por isso o Tribunal de Contas da União, para examinar as contas. Se você analisar cada caso e comparar com o orgão onde o servidor trabalha. Você irá chegar à conclusões óbvias que a imprensa não mostra.
Abraços!
Paulo Vilmar,
Concordo consigo, em que a maioria das pessoas que desempenham cargos de grande responsabilidade são honestas, no sentido em que conseguem controlar as suas tentações que assediam cada ser humano. Porém há posições de tal responsabilidade e visibilidade em que as pessoas, mesmo sendo em número muito reduzido, não podem prevaricar sem ser devidamente sancionadas, sem o que toda a organização a que pertencem fica afectada por esse pecado.
Quanto aos MEDIA, embora pequem dos defeitos de tudo quanto depende do ser humano, fazem muito bem à sociedade, pois sem eles muitos crimes de notáveis nunca seriam do conhecimento daqueles que neles depositaram confiança. É certo que os defeitos da alta sociedade e da estrutura do Estado faz que esses crimes acabem no cesto dos papéis, mas pelo menos não foram ignorados pelos eleitores mais atentos.
Um abraço
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