Todos temos sentido as dificuldades que nos são impostas devido a erros de governação que vêem de longe e de que não podemos prever o fim. Mas a pouco e pouco vamos sabendo que a fome não chega a todos. Há os políticos e os seus protegidos que beneficiam com o nosso sacrifício. A realidade mostra, que por cá, Governar significa uma «elite» governar-se à custa dos sacrifícios que impõe aos mais pobres, aos que não podem fugir ao fico, aos que pagam e nem bufam. Transcrição de artigo do Correio da Manhã
Mais 333 pensões de luxo
CGA - Em 2006 os pensionistas com reforma acima de 4000 euros subiram 10,8%
O número de novos pensionistas com uma reforma mensal acima de quatro mil euros, o escalão mais alto na Administração Pública, ascendeu, em 2006, a 333 pessoas. Com este resultado, obtido a partir das listas mensais da Caixa Geral de Aposentações (CGA), o universo de reformados com pensões elevadas regista um aumento de 10,8 por cento em relação a 2005. Ao todo, estas 333 pensões custam ao Estado mais de 1,5 milhões de euros por ano.
Nos últimos dois anos, a lista de aposentados com reformas altas inclui nomes tão famosos como Alberto João Jardim, presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Adelino Salvado, ex-director nacional da Polícia Judiciária, Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde, e Rodrigues Maximiano, ex-inspector-geral da Administração Interna. Já personalidades como Manuel Alegre, deputado do PS e candidato nas últimas eleições para a Presidência da República, Santana Lopes, actual deputado do PSD e ex-primeiro-ministro, e João de Deus Pinheiro, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e actual eurodeputado, reformaram-se com pensões superiores a três mil euros, o segundo escalão mais alto da Função Pública.
Ao todo, segundo os dados da CGA dos últimos dez anos, em Dezembro do ano passado 3409 pensionistas recebiam uma reforma mensal acima de quatro mil euros. Em 2006 reformaram-se 52 pessoas com pensão superior a cinco mil euros, uma das quais ultrapassou os seis mil euros. Justiça e Educação são os sectores onde estão concentradas as pensões mais altas.
Entre 1997 e 2006, o número de pessoas com reformas acima de quatro mil euros registou um aumento de 539 por cento, um sinal evidente do envelhecimento da população activa na Administração Pública. E, por isso mesmo, tudo indica que esta tendência de acréscimo do universo de pensionistas com reformas superiores a quatro mil euros seja uma realidade nos próximos anos.
Daí que o Governo, no âmbito da reforma da Segurança Social, tenha decidido que as pensões dos funcionários públicos com valor mensal superior a 2418 euros não são actualizadas em 2007.
127 NOVOS APOSENTADOS EM 2007
Nos primeiros quatro meses deste ano, o número de novos aposentados com pensão de valor igual ou superior a quatro mil euros totalizou 127 pessoas, contra 120 em igual período de 2006. Os sectores da Justiça, em particular ao nível da magistratura, e da Educação, no que diz respeito a professores catedráticos, registam a maior concentração de aposentados com pensões de valor mais elevado. Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, destaca-se na lista com uma pensão de 9693 euros.
QUASE 60 MIL SEM ACTUALIZAÇÃO
O congelamento das pensões de valor superior a 2418 euros deverá ter um impacto considerável na Administração Pública. Num universo de quase 400 mil pensionistas da CGA, estima-se que a medida deverá abranger cerca de 60 mil pessoas. Educação, Justiça e Saúde são os sectores com o maior número de pensionistas abrangidos. Em 2005, a pensão média do total da Administração Pública ascendia a 1104 euros, um valor inferior aos 1269 euros do valor médio das reformas atribuídas no ano de 2005.
António Sérgio Azenha/ A.D.
quarta-feira, 21 de março de 2007
TEMOS QUE APERTAR O CINTO?
Publicada por A. João Soares à(s) 11:07
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