Transcrição de artigo de Savonarola, muito interessante, mas que causa um espanto justificado na mente das pessoas mais interessadas no decorrer da causa pública. Como é que isto acontece apesar de tantos e tão bem pagos assessores que quase já não cabem nos gabinetes ministeriais! É certo que eles são nomeados apenas pela confiança política , cor partidária e laços familiares e de amizade com os líderes, mas não lhes ficaria mal um pouco de competência para disfarçar!!! e para desempenhar as funções que cabem ao Estado (principalmente sendo este socialista) e para evitar erros que obriguem os ministros a recuarem frequentemente nas suas decisões por estas serem desadequadas!!!
Agradeço ao Savonarola a elaboração deste texto A metamorfose política assustadora
O governo vai encarregar entidades privadas de fundos de pensões de gerirem dez por cento – 600 milhões de euros – do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Isto significa que, pura e simplesmente, o Estado abdica de parte das suas responsabilidades. Por outro lado, também sugere subliminarmente que o próprio Estado reconhece a sua incompetência para gerir a coisa pública. Nesse caso, para que serve? Porque é que dispõe de funcionários, muitos deles competentes e subaproveitados? Outros, até, despedidos.
Numa atitude que me parece semelhante à de “salvar a face” - não nos esqueçamos que o governo se imagina socialista – o secretário de Estado da Segurança Social, o Pedro Marques (confesso que não o conhecia, senão da foto que publico, onde ele está à direita, em ponto pequeno...), disse que a gestão dos 600 milhões de euros de reservas públicas será através de concursos com “regras rigorosas”. Naturalmente, não ignoramos a natureza destes concursos. Sem regras, nem rigor. No entanto, o que considero ainda mais grave nesta decisão é a entrega a empresas privadas, de cariz capitalista, do dinheiro dos cidadãos. É esta a metamorfose deste governo, de que falei no início. Metamorfose de socialista em neoliberal.
(Originalmente publicado em O Anarquista, a 13 de Março de 2007)
A Decisão do TEDH (399)
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