quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CONSUMO, RECESSÃO, DÉFICE


Deparei, há pouco, com a notícia com o título aumento do consumo ajudou Espanha a deixar a recessão

Veio reforçar o texto publicado em 12 de Junho de 201, a propósito do então ministro das Finanças Gaspar confessar a sua incapacidade de prever a derrapagem do défice orçamental, dizendo que o comportamento das receitas fiscais "não era positivo" e que os valores estavam abaixo do esperado".

Mas antes dessa data, já tinham surgido em público opiniões de que a austeridade, da forma como foi conduzida, resultaria na quebra do poder de compra dos cidadãos, de onde adviria menos consumo, menor negócio da economia, falências, despedimentos, e, portanto, menos impostos a pagar ao fisco. Essa previsão estava correcta como Gaspar reconhecia tardiamente. Foi pena ele não a ter levado em consideração. Ficava-se na dúvida do que viria a seguir. Mas agora vemos o que aconteceu.

Qual o papel do Governo para evitar a derrapagem do défice orçamental? Qual o papel do ministro das Finanças? Porque não foram tomadas medidas mais adequadas à situação real?

Não houve perspicácia nem coragem para corrigir a austeridade. Mas, entretanto a Espanha adoptou remédio diferente para combater a crise, como se vê em notícias dessa data: Orçamento espanhol vai cortar 15% nas despesas dos ministérios;e também Governo espanhol prevê fecho de 450 empresas públicas

Agora a Espanha colhe os benefícios de, em relação a Portugal, ter preservado o poder de compra dos seus cidadãos e de, desta forma, aumentar o consumo com os benefícios daí resultantes.

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