quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Que maturidade a dos políticos?

A pergunta do título não é curiosidade sobre se os políticos têm ou não maturidade, mas qual o tipo desta, se é de patriotismo essencialmente dedicado à defesa dos interesses nacionais, se de procura de engrandecimento partidário ou se é de exaltação da imagem e do nome pessoal, em mera manobra de vaidade e de exposição e visibilidade mediática.

Repito que não critico nem elogio pessoas, mas apenas procuro apreciar palavras e actos que afectam a vida da sociedade, dos portugueses. Por isso, pode haver aparência de contradição por da mesma pessoa poder surgir coisa positiva ou negativa conforme as condições atmosféricas ou outras.

Segundo notícia do PÚBLICO, o PS pela voz do deputado Pedro Marques manifestou “indignação” por técnicos do FMI estarem a estudar cortes na despesa pública, que inclui as “funções sociais do Estado”. Segundo ele, o convite para o diálogo feito pelo Governo ao PS é “uma farsa”.

Mas em tempo certo ou com atraso, «Passos Coelho convidou formalmente António José Seguro para dançar o tango da refundação do memorando e reformar o Estado social, mas se o líder socialista mantiver a recusa que ontem manifestou no debate do Orçamento do Estado para 2013, o primeiro-ministro deixou claro que avança para um solo.»

Têm sido muitas e variadas as sugestões de o Governo encarar ambas as componentes do défice – aditivo e subtractivo, receitas e despesas – e não teimar em olhar apenas para os impostos e a austeridade, o que implica a reforma do Estado de maneira a eliminar despesas dispensáveis, por serem consumidoras do dinheiro público sem interesse proporcional para os cidadãos.

E tal reforma não deve ser adiada, como diz o governador do BdP ao prevenir para riscos de adiamento nos ajustamentos. E, segundo revela Marques Mendes, o FMI já está em Portugal a preparar reforma do Estado.

E, quanto a adiamento, parece estar na base da indignação do PS, a falta da sua resposta imediata ao convite do PSD para ser obtido uma convergência de esforços, um consenso, em benefício de uma solução estratégica de efeito prolongado para bem de Portugal. Creio que quando se trata de encontrar um rumo correcto para o País, ninguém se deve recusar a participar, de forma construtiva sem impor vontades próprias, mas para esclarecer de forma mais aprofundada os prós e contras de cada hipótese a fim de ser escolhida a melhor. Esta escolha, se for correcta, constituirá motivo de vaidade daqueles que nela colaboraram Portugal, os portugueses, merece o sentido de Estado de todos na procura das melhores vias para superar a crise.

Imagem de arquivo

1 comentário:

A. João Soares disse...

Notícia de hoje às 18h41

Apoio da troika para cortes na despesa já tinha sido anunciado, diz Governo

Perante isto, o PS tem razão em se indignar por tudo ser feito nas costas do povo e do principal partido da oposição e depois pedirem a colaboração ao PS, para aprovar, sem condições, aquilo que o PM tiver decidido fazer «custe o que custar».

Afinal o que é que Paulo Portas pretende com a sua proposta de um
Contrato Social ?

Ou será que ele não sabe o que se estava a passar no antro escuro do «operador de calculadora»?