quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Promessas falsas versus realidade

Nesta democracia em que era esperada transparência, verdade, esclarecimento, deparamos com falsidades, fantasias, «garantias», afirmações, promessas, contradições que deixam desorientado o simples cidadão que queria acreditar nos seus eleitos.

Próximos da vinda do Pai Natal, as perspectivas não são propícias à espera de presentes adequados à época festiva, apesar da promessa contida na notícia de 14 de Agosto Passos anuncia o fim da recessão em 2013. Poucos dias depois já era visível que isso não passava de uma fantasia de mau marketing.

Os avanços e recuos sobre os pormenores do Orçamento de Estado para 2013 e da «refundação», acentuam os receios, os medos, do futuro próximo e a médio prazo e da vida de filhos e netos. Agora surgiu a notícia, talvez mais realista e credível a dizer que nem em 2016 Portugal vai recuperar nível de riqueza de 2008.

Tudo parece inclinar-se a dar algum crédito estudo da Deloitte Orçamento dos portugueses para o Natal é o mais baixo desde 2005, sobre o qual Nuno Netto, um dos responsáveis pela sua elaboração, diz que já esperava uma “quebra bastante substancial” nos gastos natalícios dos lares portugueses. Isso reflecte “a conjuntura actual e a necessidade de os consumidores adaptarem os seus gastos” à realidade económica.

Mas se há alguém que mereça a nossa atenção, pela sua notável actividade junto da população mais carenciada, é Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a fome, que alerta para os riscos do consumismo e para a necessidade de empobrecer. Diz como alerta e como conselho para nos adaptarmos às realidades que "temos todos de empobrecer e muito. Empobrecimento na perspectiva de regressar ao que é mais básico. Não ter expectativas de que podemos viver com mais do que necessitamos, pois não há dinheiro para isso".

Haja alguém que, das cadeiras dos cargos de responsabilidade, nos fale com clareza, com verdade e nos ajude a planear as nossas vidas por forma a sofremos o menos possível e conseguirmos sobreviver física e psiquicamente.

Imagem do Correio da Manhã

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