Da notícia do Económico "É inaceitável, é inadmissível" haver fome em Portugal transcrevem-se as seguintes frases:
De Ramalho Eanes (ex-PR):
-"É inaceitável, é inadmissível, já não em termos democráticos, mas em termos de sociedade, em termos de humanização, que haja cidadãos, sobretudo crianças, que não tenham direito àquilo que é fundamental"
-a sua presença nas celebrações teve dois propósitos: "o primeiro é homenagear dois portugueses comandos que morreram em prol da democracia, o segundo é para lembrar que revisitar a história é muito importante".
-"O 25 de Novembro é uma altura nefasta que deve ser motivo de aprendizagem, que nos mostra que sempre que um povo não vive em democracia autêntica, o combate político deixa de ser aquilo que deve ser em democracia, que é um combate político desarmado, em que as opiniões se confrontam, as ideologias se confrontam e tudo se decide em eleições, e passa muitas vezes a ser um conflito armado em que irmãos deixam de ser apenas adversários políticos para passarem a ser inimigos".
-Este é o momento para pensar e perceber que "só a democracia permite viver em paz" e que "os homens sejam cidadãos e, nessa qualidade, se relacionem com todos os outros com respeito, com tolerância e civilmente".
-"a autêntica democracia é um propósito tão elevado que poucos são os povos que conseguem chegar lá", mas revelou que desejava essa democracia para Portugal.
-"É isso que quero para o meu país, por todas as razões, porque sou português, nasci aqui e porque vou continuar aqui mesmo depois de morrer através dos meus filhos".
De Pinto Ramalho (CEM):
-"Valeu a pena tudo aquilo que se construiu até hoje", após o 25 de Abril de 1974, mas "todos aqueles que viveram este período vêem com grande apreensão as dificuldades que o país vive hoje",
-Estas dificuldades dizem respeito a todos os portugueses, que precisam de entender a razão dos sacríficos que estão a fazer, a sua finalidade e, sobretudo, terem "a percepção de que esses sacrifícios valem a pena".
-"Se houver dúvidas em relação a isso, se houver um sentimento de que não há equidade nos sacrifícios e que os sacrifícios não vão na direcção que pretendemos ou esperamos que seja a resolução dos problemas do país" é legítimo que os portugueses se questionem sobre o que se está a passar.
-"É legítimo" que os portugueses se interroguem quando são postas em causa "conquistas da sociedade", como o acesso ao ensino, à saúde, à justiça e "à melhoria efectiva das suas condições de vida".
-"Todos os portugueses, incluindo os militares, anseiam por ter uma perspectiva clara daquilo que são os sacrifícios", disse, esperando que "o país não retroceda".
-"só faz sentido fazer sacrifícios e reformas se daí resultar qualquer coisa que seja mais positivo, mais agregador, que fomente a coesão nacional, o desenvolvimento e o bem-estar das pessoas".
Imagem de arquivo
Não à falsificação histórica
Há 36 minutos
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