sexta-feira, 1 de abril de 2011

Que fazem as Finanças com os nossos impostos???

Transcrição, por constituir um elemento a juntar a outros que permitem a formulação consciente da intenção de voto nas próximas eleições:

Vergonha
Correio da Manhã. 2011-04-01. às 0h30 Por: António Nogueira Leite, Economista

O país político definitivamente enlouqueceu. Parece que ninguém é culpado de nada. A Dívida Pública directa que era de 100 mil milhões em 2006 passou para 150 mil milhões em 2010, isto é, aumentou 50%.

O sector público administrativo (SPA) acumulou entre 2001 e 2005 défices de 26 mil milhões de euros, mas com o actual ministro das Finanças já acumulou 41 mil milhões de euros, ou seja, mais 57%.

A despesa pública do SPA, que era em 2003 de 60 mil milhões de euros, já atingiu mais de 82 mil milhões de euros, ou seja, registou um aumento de 37%.

O grande aumento nas prestações sociais – de 20 para 38 mil milhões – não resulta dos aumentos dos abonos às famílias pobres e numerosas ou das pensões mínimas.

Ou seja, criámos um estado insustentável num país que não cresce e que mantém enormes níveis de desigualdade. Eu, que tenho a sorte de ter rendimentos para pagar cada vez mais impostos, pergunto para onde vai esse dinheiro. E como eu, muitos outros cidadãos que cumprem e não têm a satisfação de ver esse cumprimento resultar em mais justiça. Só no aumento do malfadado pote!

Enquanto isto, o principal responsável pelo caos tem a ousadia de dizer que anda a defender Portugal e outros apenas sonham em exaurir o que resta do nosso pote colectivo. Uma vergonha!

Imagem do CM

2 comentários:

André Miguel disse...

Questão elementar para a qual cada vez há menos respostas.

A. João Soares disse...

Caro André Miguel

O crescimento da economia, com melhores e mais abundantes exportações, para equilibrar a balança comercial, para desenvolver o bem-estar e a comodidade da população, com melhor Educação, melhores serviços de Saúde, Justiça mais rápida e justa (sem excluir criminosos especais), devem ser o objectivo de políticos bem intencionados. Governar não pode ser resumido a apresentar números, principalmente se forem fictícios, alheios à realidade.

Abraço
João
Saúde e Alimentação