João Cravinho foi muito falado quando defendeu a necessidade de moralizar o regime, legislando para combater a corrupção, o enriquecimento ilícito e a s negociatas, o que lhe valeu o afastamento para uma função internacional longe do rectângulo. Agora, a sua visão estratégica voltou a tornar-se visível ao defender que na actual crise financeira, económica e social a ajuda externa não resolve problemas de fundo.
Da sua preocupação com as raízes que fizeram nascer a crise, ressalta o desgosto de ver que apenas se estão a tratar os sintomas e que, mantendo-se intacta a falta de competitividade da economia, o tratamento dado à crise não terá efeitos duradouros e esta não tardará a reactivar-se.
É, efectivamente, indispensável encarar a sério a contenção das despesas públicas e as reais dificuldades do pais em que tem especial lugar a «falta de capacidade empresarial e competitiva que acrescente valor e não seja feita à base de salários baixos».
Temos que concluir que, em vez de propagandas balofas de falso optimismo, é preciso informar os portugueses de que é preciso mudar de vida, gastando de acordo com os rendimentos, sem exageros de luxo nem de ostentação, medindo previamente o alcance de cada decisão tomada, sem esperar apoios sociais injustificados e só devidos a preguiça, má organização e ausência de produtividade.
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A Decisão do TEDH (394)
Há 2 horas
3 comentários:
Por isso mesmo, foi colocado num lugar dourado. Para ficar caladinho e bem longe .
Abraço e bom fim de semana
Em casa onde não há pão!
é verdade que eu tambem não acredito em soluções faceis, pedir agora e pagar como?
No entanto sem investimento público isto pára, se pararem as obras publicas, vão mais quarenta mil para o desemprego, na prática não poupamos coisa nenhuma, pior que isso deixamos dividas aos nossos vindouros sem obra feita.
Caros amigos João António e Campista,
Nada na vida de um País «se resolve com uma varinha de condão. É preciso analisar bem os problemas em todas as suas implicações, antes de tona´mar decisões finais. As obras públicas não devem ser evitadas se contribuirem para dinamizar a vida dos portugueses, quer na economia quer nas vidas privadas da sociedade.
O desemprego que a paragem de obras públicas pode originar em, na sua maioria de imigrantes que se tornam desnecessários. O dinheiro que ganham é transferido para suas terras e pouco circula por cá para desenvolver a economia.
Tem sido escrito que já temos auto-estradas em triplicado e que muitas estão às moscas, sendo «desertos de alcatrão». O TGV não originará rendimento que cubra as despesas de funcionamento e, muito menos, os custos iniciais. O Aeroporto de Lisboa, segundo opiniões credíveis poderá continuar no mesmo local por muitos mais anos.
No entanto, não esqueçamos que as obras públicas, pela corrupção, são a maior fonte de enriquecimento dos políticos, alguns se servindo delas para lar da terceira idade.
Um cidadão sensato não faz obras em sua casa se elas não forem necessárias.
Precisamos de investimentos ponderados que melhorem as condições de vida dos cidadãos comuns: na Justiça, na saúde, na educação. E, fundamentalmente, apoiar a produção de artigos que possam ser exportados, para compensar o muito que importamos a fim de equilibrar a balança comercial, a balança de pagamentos e reduzir a dívida que está a afogar-nos.
Abraços
João
Sempre Jovens
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