Segundo notícia do Jornal de Notícias, «o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, José Manuel Anes, considera que o risco de motins em Portugal é reduzido, mas admite que pode aumentar se a situação económica e social se agravar». Convém que não sejam criadas ilusões acerca do adjectivo «reduzido» e ter presente que desta notícia ressalta que a eclosão de motins pode acontecer, e é preciso fazer uma análise permanente, dinâmica da evolução da situação, porque as probabilidades podem alterar-se a qualquer momento e é indispensável ter isso em atenção na tomada de medidas que reduzam os descontentamentos por razões económicas e sociais. Estes aspectos tornam-se demasiado melindrosos e não devem ser descurados.
Os alertas não faltam, como se vê hoje no artigo «Crise» do economista professor João César das Neves. E qualquer descuido, mesmo que aparentemente sem significado, pode ser a espoleta da explosão, como pode acontecer se o atraso do pagamento de vencimentos aos militares, neste mês, voltar a ocorrer. Neste caso, foi muito prudente e oportuna a reacção do PR ao dar audiência ao ministro da Defesa, mesmo fora das horas normais de serviço.
E dando credibilidade ao que disse o Cardeal Patriarca de Lisboa quando referiu a "alergia dos portugueses face aos partidos", conclui-se que a eventualidade da eclosão de motins não se previne apenas com palavras bonitas, que já não são levadas a sério, mas exige medidas sensatas e adequadas à situação, a fim de serenar os ânimos e criar esperança e confiança na acção positiva dos governantes.
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A Necrose do Frelimo
Há 5 horas
7 comentários:
Começo a pensar que sem um mutim a sério nunaca mais nos livramos dos abutres...
O povo sensato e de brandos costumes terá que se revoltar. Desta vez a revolta pode não ser pacifica, se calhar é a unica saida.
Uma democracia, que está atravessada na garganta de um povo sofredor, um povo que não consegue dinheiro para pagar as prestações do seu tecto, um povo que a partir do dia quinze já conta os trocos, um povo que não dislumbra soluções só pode revoltar-se.
Enquanto esse povo vai contando os cobres para comprar mantimentos dá conta que uma outra parte esgota hoteis nos paraisos habituais de férias...
fere-me bastante pensar assim mas só com uma rebilião a sério se acabam com os parasitas.
Caro Campista Selvagem,
Compreendo as suas preocupações, e certamente elas são compartilhadas por imensos portugueses. A solução com uso de força, provavelmente mal controlada será demasiado desgastante para pessoas e recursos privados e nacionais.
Por isso, o melhor copmportamento dos homens de poder seria prevenir, evitar, por meio de medidas sensatas e eficazes que reduzissem os motivos de descontentamento dos cidadãos.
Mas não vejo que aqueles que nestes últimos 30 anos, criaram vícios e manhas de exploração do País para seu próprio proveito sejam capazes de «mudar de mão» e passar a governar seriamente, em verdadeira democracia procurando dar satisfação ao povo e acabar com o fosso entre ricos e pobres tão visível agora que estamos em época de férias. E, se eles não são capazes de alterar o seu código de conduta, se não forem capazes de colocar os interesses dos portugueses acima dos interesses do bando, então, a solução acabará por ser violenta.
O povo não acredita em partidos, a abstenção tem sido escandalosamente alta, os votos em branco têm aumentado, como sendo bofetadas naqueles que se candidatam às cadeiras do poder. O voto é um acto cego de escolha de uma lista onde há nomes que não conhecemos e outros que nem desejaríamos conhecer. Depois dizem que foram os eleitores que os escolheram.
Sem dúvida, isto tem que mudar. Seria bom que acontecesse com serenidade, mas duvido que seja possível.
Um abraço e votos de Feliz Páscoa
João
Sempre Jovens
Pois, João Soares, foi exatamente pelo receio que tenho de motins, que editei um texto no meu blog "Letra-Sem-Treta", no qual critico a entrevista feita a Jel, dos Homens da Luta que, quanto a mim, tomaram ares de quem estava ali para "espevitar" revoltas entre a população menos esclarecida e com tendência para uma certa violência. Obviamente que isto não significa que não seja a favor da luta, mas creio conheça de mim o suficiente para não pensar que me refiro a uma luta armada, independentemente da minha convicção de que gera revolta o facto de estarmos neste caos porque temos sido governados por incompetentes, venham eles de que fação política vierem. Isso a mim é o que menos interessa, pois só conheço duas forças: a do bem e a do mal. As do assim assim, teem vindo a travar soluções que já deveriam estar a dar frutos, mas sou contra as armas, João Soares. Julguem-me como quiserem. Se fossem tomadas medidas GERAIS, convenientes, a luta iria dar resultado e os objetivos conseguidos.
Um abraço e uma Páscoa serena.
Neste Pais já andamos as enganar...o desejo de morrer..
Tirem-me deste "filme"...
Abraço
Amiga Mizita,
No Outono de 1975, o P.M. Almirante Pinheiro de Azevedo, discursava de uma varanda do Terreiro do Paço e alguém fez explodir dois petardos de fraca perigosidade do lado oposto, o que agitou um pouco a multidão que o ouvia. Ele para acalmar os ânimos disse «O povo é sereno. É só fumaça».
Foi uma forma oportuna de serenar os espíritos.
Mas Uma autoridade de segurança, embora sem alarmar as pessoas, nunca deve menosprezar uma ameaça, sendo conveniente analisar todas as possibilidades para ver da sua credibilidade e estar atento a todos os sintomas. Para prevenir a sua eclosão deve alertar o Poder a fim de serem atenuadas as razões que a podem tornar concreta, tomando medidas reais que apazigúem o descontentamento popular.
Oxalá não se agrave a situação difícil em que vivemos, com aventuras de tumultos que ficarão caros a pessoas e bens.
Beijos e desejos de Feliz Páscoa
João
Saúde e Alimentação
Caro paulo Sempre,
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Sobre este assunto penso que a minha ideia ficou expressa no comentário anterior.
Abraço e votos de Feliz Páscoa
João
Sempre Jovens
O Povo é sereno, mas se faltar o ordenado aos militares, a serenidade passa a ser outra...
Neste momento, nem os partidos são capazes de segurar os seus militantes, pois já ninguém acredita nos maus políticos que temos...
Feliz Páscoa
Abraço
Compadre Alentejano
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