Há situações escandalosas que vêm a público apenas ocasionalmente, o que deixa fora de vista o horizonte limite destas poucas vergonhas. Daí as suspeitas recaírem generalizadamente sobre todos os políticos, embora possa haver eventuais excepções.
Depois de um alto responsável pela ERSE se ter demitido e ficar com um ordenado fabuloso durante dois anos, da rápida promoção de um antigo empregado de balcão da CGD, ser nomeado administrador, passar para o BCP e, depois, ser promovido pela CGD a um escalão superior, assim como dos ordenados dos administradores do BdP aliados a regalias vitalícias mesmo que desempenhem as funções apenas algumas horas, aparece agora um caso não menos espantoso.
Um ex-chefe de gabinete de José Sócrates que é presidente do Instituto de Turismo de Portugal (ITP) desde Maio de 2006, ganhou, em 2008, como vogal do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da TAP, 98 mil euros, salário anual, referida no Mapa de Remunerações dos Órgãos Sociais. Este número representa que recebeu da TAP, durante 14 meses, um ordenado mensal fixo de sete mil euros, valor superior ao vencimento do próprio primeiro-ministro.
A justificar essa remuneração, no ano passado, teve o incómodo de assistir a 10 (dez) reuniões que a «comissão especializada de sustentabilidade e governo societário» realizou. Por cada comissão em média recebeu 9800 euros, equivalente a cerca de 22 salários mínimos nacionais, mensais (por uma reunião de poucas horas!!!).
Para conhecer melhor o assunto poderá ser lida a notícia no Correio da Manhã de hoje.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
O saque ao erário não tem limites
Publicada por A. João Soares à(s) 17:50
Etiquetas: abuso do poder, ambição, exploração, saque
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2 comentários:
Caríssimo João,
Seja para que lado nos viremos é sempre a mesma coisa. Como diz o povo "é sempre mais do mesmo", SAQUES, SAQUES e mais SAQUES! É por isso que digo que este sistema político está eivado de vícios e ultrapassado! Há que mudá-lo e rápidamente se quizermos sobreviver!
Um abraço amigo.
Caro Luís,
Nesse aspecto são todos iguais. Vê o que aconteceu com a aprovação da vergonhosa lei do dinheiro vivo. Clica em E todos concordaram.
Vale a pena fazer uma antologia com as notícias da ganância criminosa dos políticos que se enchem com o dinheiro publico sob qualquer pretexto. São todos iguais, pelo que precisam, numa primeira fase, o VOTO EM BRANCO.
Um abraço
João
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