Neste momento ainda não se conhecem os resultados definitivos das eleições para o Parlamento Europeu, mas como não gosto de perder tempo com as tricas e os pormenores «laterais», e procuro reflectir nos conceitos, reporto-me à afirmação de um «cabeça-de-lista» de um importante partido. Segundo ele, apesar de ter andado amparado pela mão de tutores do seu partido, cometeu o grave erro de ocupar a maior parte do seu tempo com uma questão «lateral», um "fait-divers" da campanha, perdendo, desta forma, o tempo que deveria ser destinado prioritariamente à questão «central».
Vale a pena ler a notícia «Vital diz que caso do BPN foi uma questão lateral na campanha». Um erro incompreensível numa pessoas que é tida como possuidora de um cérebro bem equipado. Este erro na selecção do que é «central» e do que é «lateral», é grave, pelo menos, para quem conhece a metodologia muito generalizada e referida nos posts «Pensar antes de decidir» e «Parar para pensar».
Melhor teria feito se, com o seu saber teórico, elucidasse os eleitores do que é a União Europeia para 0os europeus e para o mundo, e das funções do Parlamento Europeu. Dessa forma contribuiria para reduzir a abstenção que representa ignorância do que é representado pelas eleições de onde advém o desinteresse pela ida às urnas. A abstenção deve-se ao comportamento dos políticos e, pontualmente, à forma como a campanha foi conduzida desperdiçando tempo com questões laterais e «fait-divers», focados em ataques ao adversário em vez de mostrar valor nas próprias propostas apresentadas.
El País
Há 23 minutos
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