Depois dos posts «A sociedade está em mudança» e «Uma nova sociedade está a nascer», vão surgindo mais sinais da sociedade em mudança, mais visíveis no cumprimento da promessa do Ministério Público de que vai lutar contra as imunidades abusivas dos homens do Poder económico, de influência, político, autárquico, etc. e a respectiva impunidade.
As notícias « Dois arquitectos da câmara acusados de abuso de poder» e «Ministério Público investiga Banco Popular» são um sinal muito positivo. E Constituem estímulo para os cidadãos esclarecidos perderem o receio de denunciar tudo o que encontrarem errado nas instituições e empresas públicas e nas empresas menos escrupulosos que lesam os interesses dos clientes. Dessa forma, o cidadão colabora na limpeza do lixo que existe no País e que está impedindo o seu desenvolvimento material e moral ao ritmo dos seus parceiros europeus e está dificultando a vida digna dos nossos descendentes, os futuros cidadãos responsáveis pelo nosso rectângulo do extremo Oeste do continente euro-asiático e que não queremos ver no extremo final da escala de valores dos Estados mais desenvolvidos.
Do Sr. PGR os portugueses esperam que não esmoreça na continuação do cumprimento das suas promessas e que não os desiluda. O povo tem falta de confiança nos políticos, tal como eles mostram não confiar uns nos outros, e quando depara com um alto responsável que lhes desperta respeito e consideração depositam nele todas as suas esperanças de salvação nacional. É certo o Sr PGR que não pode fazer milagres, mas não deixe de fazer tudo o que esteja ao seu alcance, para bem de Portugal, isto é, dos portugueses.
Sócrates de novo
Há 1 hora
8 comentários:
Caro João,
Já não era sem tempo que se começasse a fazer a verdadeira JUSTIÇA! Que não doam as mãos a tais pessoas ao fazerem a JUSTIÇA que se impunha! Espero que tais medidas venham para continuar pois só assim PORTUGAL se verá livre desta corrupção em que tem vivido! BEM HAJA!
Meu caro Luís,
Sou optimista por natureza. Estou esperançado que estes sinais que se vão repetindo sejam a guarda avançada da mudança social que está anunciada. Daqui a cinco anos nada será como tem sido. Mas é preciso que as pessoas colaborem no derrube dos corruptos, a todos os níveis, que deixem de recorrer à cunha e que exijam ser bem atendidos e respeitados.
Um abraço
João
A sociedade portuguesa está a mudar? Talvez não seja sem tempo. Da França, costuma dizer-se ser o país originário do Direitos Humanos em conjunto com os EUA. O facto não implica que esses países tenham sido seguidores das suas próprias ideeologias. Acontecimento, aliás, frequente. Por isso que só há bem mais de trinta anos observámos em França os sintomas mencionados nesta série de posts. Enquanto as verdadeiras democracias europeias seguiram o seu progresso, em França o progresso foi sempre coxo, neste ponto faltando tudo o que pudesse implicar a responsabilidade dos políticos, dos actos dos médicos, etc., ou seja, tudo o que pudesse implicar uma redução da corrupção generalizada. É pois possível que mais de trinta anos após a França ou de cinquenta depois dos países democráticos lá chegaremos também, ainda que com muitos acidentes de percurso. Afinal, lembremo-nos que há menos de dois anos o Eurostat atribuía um atraso de 52 anos a Portugal. Parce que não se enganaram muito.
Caro Mentiroso,
A situação é de apatia crónica e, deixando andar as coisas pelo caminho aparentemente mais fácil, o destino é o buraco. Imitamos, sem ponta de sentido crítico, o exemplo da água do rio que, seguindo o caminho mais fácil, vai sempre a descer em direcção ao mar ou do charco pantanoso e fétido.
Estamos numa fossa, na cauda da Europa e a caminho da cauda do mundo, se não invertermos a rota. E é para essa inversão que estou a enfatizar cada sinal que conheça que evidencie tendência de recuperação. A minha esperança está nos jovens adolescentes que parecem começar a estar mais conscientes desta situação pútrida em que a geração dos pais tem enterrado os recursos materiais e morais de Portugal. Dos actuais políticos nada de bom se pode esperar, porque estão viciados na corrupção moral e financeira, apesar de eventuais discursos aparentemente sensatos mas que são letra morta apenas destinados a lançar poeira para os olhos do povo inocente o qual, com a sua apatia, também é culpado por não reagir aos desmandos dos governantes e dos dirigentes políticos de instituições e empresas públicas e algumas grandes empresas privadas.
É preciso fazer despertar as ovelhas para não se deixarem levar para o deserto por pastores mal intencionados.
Um abraço
João
Caro João,
Subscrevo inteiramente o post e os seus comentários.
Não há dúvida que há sinais de mudança, é bom que continuem.
No entanto fico muito preocupado com um aspecto: o combate ao facilitismo e à "cunha" parte sempre das gerações mais novas e que se estão a integrar na sociedade. No entanto e de uns anos a esta parte vê-se que muitos jovens emigram (como eu), para carreiras profissionais mais aliciantes, onde se reconheça e premeie o mérito. O perfil do emigrante mudou, hoje é formado, sabe o que quer e quando faz as malas já sabe para onde vai e com emprego garantido. Quero com isto dizer que há uma sangria de quadros qualificados, de gente formada, em Portugal deveras preocupante (vejam-se as estatísticas dos últimos 5 anos). Quem fica? Quem tem "cunhas" e padrinhos ou se sujeita a este estado de coisas. Daqui a 10 ou 20 anos a quem estará Portugal entregue?
Não digo que a atitude de quem parte seja correcta, talvez o melhor fosse ficar para lutar por um país melhor, mas quando se vê constantemente a incompetência ser premiada, não é fácil...
Caro J. Soares
Sinais de esperança. Que o combate determinado do MP, tenha continuidade com o funcionamento célere da Justiça sem bloqueios e delongas obscenas. É mais do que tempo que os homens do poder, a qualquer nível, sejam responsabilizados por desempenhos lesivos do País.
Um abraço
Eurico
Caro A.P.,
A sua referência aos jovens que vão para o estrangeiro procurar oportunidades de realização faz recordar um texto de Eça de Queirós sobre o valor e o espírito dos nossos emigrantes. Em artigo de Janeiro de 1872 (ver «Uma campanha Alegre», Editorial Enciclopédia. Lda, LI, pág.216) diz: «Em Portugal quem emigra são os mais enérgicos e os mais rijamente decididos; e um país de fracos e de indolentes padece um prejuízo incalculável, perdendo as raras vontades firmes e os poucos braços viris».
Os menos dotados destas qualidades ou se conformam e vão procurando subsistir por cá, mesmo que na mendicidade e a dormir nas ruas, ou têm amigos influentes e vão vegetar para as alcatifas dos gabinetes, inventando mil malandrices para obterem o enriquecimento rápido à custa dos impostos do povo trabalhador. Vejam-se as notícias ultimamente vindas a lume em que abundam os nomes de políticos que deviam ser considerados idóneos.
Seria bom que os actuais adolescentes se imbuíssem do bom espírito competitivo para colocar Portugal ao nível dos melhores parceiros europeus, saneando e desinfestando os gabinetes do regime.
Isto precisa de uma boa barrela que não pode ser feita pelos incapazes actuais.
Os movimentos de desagrado ocasionais em França e recentemente na Grécia são um aviso para nele ponderarmos seriamente. Só que lá a ira justificada foi pessimamente orientada acabando por atingir outros cidadãos inocentes e vítimas dos tiranos corruptos em vez de ser dirigida, bem apontada para os causadores do descontentamento, os detentores do Poder que não cuidam dos interesses nacionais mas apenas dos seus próprios.
É preciso fazer despertar o povo adormecido, em coma induzido.
Há quem obrigue a ler os discursos de Sócrates, mas será preferível ler o início do Hino Nacional Francês: «Aux armes citoyens...»
Um abraço
João
Caro Eurico,
O teu desejo é igual ao de muitos portugueses bem pensantes. Mas não podemos esperar da actual estrutura do poder a sua auto-reabilitação. Eles não querem matar a galinha dos ovos de ouro!
É preciso que o povo se levante e tenha uma pontaria correcta visando os culpados pelo nosso atraso, em relação aos parceiros europeus e não, como na Grécia, os cidadãos vítimas do poder e sem culpas nos desmandos dos governantes.
O regime só pode regenerar-se sob a pressão do povo. Para começar, nas próximas eleições o voto em branco devia ser a atitude mais visível, mostrando que o povo não se acobarda na abstenção, antes tem coragem de ir às urnas e dizer em voto válido que nenhum dos candidatos merece o seu voto.
Um abraço
João
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