Extraído do blog Sempre Jovens, onde foi publicado por Mariazita
Poema de Eugénio de Sá
Brasil 04/Jan/2008
Não há altares que valham, que se bastem
Nem d’Alah as bandeiras esverdeadas
Que o sangue é negro e corre p’las estradas
Não há mais cor que as orações resgatem.
Que céus são esses que a fumaça esconde?
Que estrondos colossais, que vil fragor,
Ofendem tanto a terra do Senhor
Que procura o amor, sem saber onde!
Ódios à solta atrás dos canhões
Meninos-homens, raivas sem idade
Chãos semeados só de humilhações.
Pasma-se o mundo de incredulidade
Esgrimem-se vozes, gritam-se razões
Mas estes chãos são de infertilidade!
NOTA: Este poema é um grito de alerta para a bestialidade da humanidade que pretende resolver os mínimos desentendimentos à pancada em vez de dialogar com argumentos racionais.
Que futuro está o homem a preparar para a sua espécie?
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Chãos de Guerra
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2 comentários:
Este poema é fantástico! Um grito de alerta mesmo, para a estupidez do ser humano. Muitos beijos para ti.
Querida Paula,
Realmente, a guerra é fruto da estupidez do ser humano, mais propriamente, da ambição de poder, da vaidade dos políticos. No meio dos seus maus efeitos, o sofrimento das crianças ainda inocentes e sem culpas, é muito impressionante. Mas, com a guerra, toda a gente sofre, directa ou indirectamente, e os que mais protegidos estão dos seus malefícios são os bafejados pelo Poder, os causadores dessas guerras, que as decidiram, sem primeiro terem tentado encontrar soluções pacíficas para as suas ambições de mais poder.
Beijos
João
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