Segundo notícia do JN de hoje, a directora do Centro de Emprego de Lamego (CEL) transferiu competências de gestão do Programa das Iniciativas Locais de Emprego (ILE), para um funcionário alvo de investigação policial, suspeito de participar numa alegada fraude de milhões, na criação de empresas fictícias.
O citado funcionário, ainda em funções naquele centro de emprego, integra um grupo de cinco pessoas indiciadas pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto. O esquema fraudulento consistia no financiamento, até 120 mil euros, a fundo perdido, de projectos para a criação de novas empresas e/ou manutenção de postos de trabalho apresentados por empresários ao abrigo das ILE.
Apesar de detectada uma rede criminosa actuando nos centros de emprego de Penafiel e Lamego, com uma fraude de cerca de seis milhões de euros no âmbito do programa das ILE", parece que nada ainda mudou no funcionamento daqueles organismos.
Vale a pena ler o artigo «Fraude de milhões ameaça direcção do centro de emprego» para ver como institutos públicos são liderados por pessoas sem capacidade de chefia e controlo do funcionamento do serviço, o que permite actos irregulares reiterados gravemente lesivos de dinheiros públicos. A ética é algo que não entra nos conhecimentos destes funcionários e as forças políticas encostadas ao Poder não têm capacidade para evitar tais irregularidades condenáveis nem de reprimir prontamente os autores logo que elas sejam detectadas. «À mulher de César não basta ser séria».
É de lamentar que os directores de institutos e empresas públicas não sejam seleccionados por concurso público bem elaborado e que sejam sujeitos a uma observação permanente e avaliação do desempenho sistemática e rigorosa.
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