Com mais frequência do que a desejada chegam notícias desmoralizantes que nos levantam dúvidas sobre a sanidade mental dos responsáveis pela governação e pelos diversos serviços que deviam prestar o melhor apoio aos cidadãos.
O artigo «Segurança dos portugueses em situações de crise» diz-nos que tudo parecia preparado para a onde frio dos últimos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia previu as temperaturas baixas e a Protecção Civil emitiu vários alertas, mas, apesar dessa aparência de prevenção e de preparação para fazer face à crise, nada foi feito com eficácia para que neste País pequeno em território mas com funcionários tão bem pagos, ao alto nível, não houvesse 114 estradas cortadas em vários distritos do País, 6 mil crianças (só em Amarante e Baião) sem aulas, 23 aldeias (só do concelho de Baião) isoladas devido ao gelo. É simplesmente incrível!!! O certo é que, depois de surgidos os primeiros alertas deviam ter sido accionados todos os planos de contingência, tinham que ter sido mobilizados todos os meios, porque eram vidas que estavam em perigo.
Incompetência, imprevidência, inconsciência, laxismo, acomodação, enfim uma série de defeitos que não devem existir em tais serviços e no Governo que os tutela. Pode perguntar-se como foram feitos os concursos públicos para a selecção dos responsáveis pelas actividades envolvidas no combate aos efeitos desta crise, e de outras?
Não basta a quem foi prejudicado pelo frio e a neve saber que «Governo admite alguma falha na coordenação contra a neve» e que «Frio: Governo nega falta coordenação mas admite alguma falha» ou que «PSD quer ouvir Protecção Civil no Parlamento com urgência». Estas notícias apenas mostram que alguém notou que a eficácia primou pela ausência e que perante esses reparos, os «responsáveis» sentiram que é preciso sacudir a água do capote, passar uma esponja e assobiar para o lado.
E assim vai Portugal. Portugueses despertem da letargia em que têm sido enterrados e reajam, exijam a satisfação dos vossos direitos.
El País
Há 5 minutos
6 comentários:
Caro João,
Nada melhor para acabar com este estado de coisas do que este artigo que enviaste:
Acorda português e aprende a lição
Quando este governo tomou posse, deram-lhe um estado de graça, que ele
aproveitou para:
- Aumentar o IVA, mesmo depois de ter prometido que não aumentaria impostos;
- Aumentar a idade da reforma, apesar de ter prometido que o não faria;
- Congelar as carreiras de alguns sectores da Função Pública.
O povo continuou adormecido.
Depois, provou-se que o Primeiro-Ministro falsificou documentos da Assembleia da República para que o tratassem por Engenheiro, que tirou
um curso de Engenharia sem ir às aulas, enviando trabalhos por fax, e que, enquanto recebia um subsídio de exclusividade, assinava projectos.
O povo mostrou-se indiferente, achando que, se ele queria que o tratassem por Engenheiro, era lá com ele.
De seguida, decidiu fechar escolas e urgências; a população começou a despertar e o ministro da saúde foi demitido, mas a política continuou.
Posteriormente, vieram as aulas de substituição gratuitas e a responsabilização dos professores pelo insucesso dos alunos. Os professores acordaram e os tribunais deram-lhes razão na ilegalidade das aulas de substituição não remuneradas.
Depois veio o Estatuto da Carreira Docente, que dividia os professores em duas categorias, sem qualquer análise de mérito, e impedia que dois terços dos professores atingissem o topo da carreira.
Os professores ficaram atordoados e a Ministra aproveitou para esticar a corda ainda mais, tratando os docentes por "professorzecos" e criando um modelo de avaliação que ela própria considerou "burocrático, injusto e inexequível" e que prejudica os professores que faltassem por nojo, licença de paternidade, greve ou doença.
Aí os professores indignaram-se e vieram para a rua. O Governo e os sindicatos admiraram-se com a revolta dos professores e apressaram-se a firmar um entendimento que adiava a avaliação.
No ano lectivo seguinte, os professores foram torturados com o suplício de pôr a andar um monstro, cavando a sua própria sepultura. Em todas as escolas, começou a verificar-se que esse monstro não tinha pernas para andar. Os professores começaram a pedir a suspensão do
processo e marcaram uma manifestação para o dia 15 de Novembro. Os sindicatos viram o descontentamento geral e marcaram outra manifestação para o dia 8 de Novembro.
Os professores mobilizaram-se e a Ministra tremeu… Os alunos aprenderam com os professores o direito à indignação e aperceberam-se de que o seu estatuto também era injusto, porque penalizava as faltas por doença, e começaram a manifestar-se. A Ministra percebeu que tinha de aliar-se aos alunos e cedeu nas faltas, culpando os professores pela interpretação da lei. Conseguiu mesmo alterar sozinha uma lei aprovada pela Assembleia da República perante os mudos parlamentares.
O ambiente na Escola tornou-se tão insustentável que a Ministra deixou de ter coragem de visitar escolas. Então, decidiu alterar novamente o seu modelo, sem o acordo de ninguém, pois só ela não entende que está a mais no Governo, defendendo um modelo que sabe que é errado, só para não dar o braço a torcer (lembrando a teimosia de Paulo Bento que, para afirmar o seu poder, prefere perder). Se fizesse uma auto-avaliação, percebia que está tão isolada que até o representante das associações de pais, aliado de outras batalhas, tomou consciência do que estava em causa.
Agora, o Secretário de Estado Adjunto vem dizer que a Lei é para cumprir. Mas qual Lei? A da Ministra que não respeita os tribunais, que altera as leis da Assembleia da República a seu belo prazer, que manda repetir exames, mesmo sabendo que é inconstitucional, que penaliza os professores pelo direito à greve e às faltas por nojo, por doença ou por licença de paternidade?
Quem deixou de cumprir a Lei foi a Ministra e o Governo. Lembram-se de alguém que fumou ilegalmente num avião, afirmando que desconhecia uma Lei imposta por si? É o mesmo que vem dizer que nem ele está acima da Lei.
Já que a Comunicação Social está instrumentalizada e não há oposição firme, o povo devia seguir a lição dos professores e manifestar-se:
- Contra o elevado preço dos combustíveis, uma vez que o preço do
petróleo desceu para um terço do que custava há meses e em Portugal os
combustíveis ainda só desceram cerca de 20%;
- Contra os elevados salários de gestores de empresas públicas que dão prejuízo;
- Contra a entrega de computadores "Magalhães" que depois têm de ser
devolvidos, como quem tira doces a crianças;
- Contra o financiamento público de bancos que exploram os clientes
com elevados juros;
- Contra as listas de espera na saúde;
- Contra as portagens nas SCUT;
- Contra a criminalidade e a insegurança que se vive em Portugal;
- Contra as elevadas taxas de desemprego;
- Contra o desvio do dinheiro de impostos para o TGV;
- Contra as mentiras.
Se os Portugueses acordarem e seguirem o exemplo dos professores, os governantes deixarão de se "governar" e passarão a defender o interesse das pessoas.
NOTA: Apenas faço um alerta. O exemplo da Grécia é de seguir mas com boa pontaria aos verdadeiros objectivos. Os inocentes que têm montras para a rua e os carros estacionados junto ao passeio não são os culpados do mal estar geral. É preciso apontar aos verdadeiros causadores desta bagunça, os tachistas do Governo da AR e os seus amigos e apaniguados. Vamos a eles
Caro Luís,
Circulam muitos textos didácticos por e-mail. Seria bom que os assessores os analisassem e organizassem um manual de boa governação, aproveitando o que é de aproveitar, não para os jogos de poder interpartidário, mas para bem governar os interesses nacionais.
Um abraço
João
Caro João,
Falta humildade e competência para que façam o que dizes, e era tão fácil encontrar-se o bom caminho se assim o fizessem! Mas tristemente não temos na classe política quem assim proceda! Triste sina a do Português.....
Caro J. Soares
Em situações de emergência, sejam cheias, neve, incêndios florestais ou outras catástrofes, infelizmente este cenário repete-se com frequência, o que indicia a falta de capacidade de resposta em situações de crise. Revela a incompetência do governo para garantir a eficácia da Protecção Civil. A admissão de “alguma falha” sem admitir falta de coordenação não passa de justificação para a opinião pública mas na realidade nada melhorará. Reflecte a arrogância do “Quero, Posso e Mando”, típica deste governo, já evidenciada noutras áreas como a “Educação”.
Um abraço
Eurico
Caro Luís,
Não é apenas falta de humildade, é a ganância e a ambição desmedida que os impede de matar a vaca em que mamam. Nunca farão uma reforma do regime por sua iniciativa própria, mesmo que haja um ou outro que o desejem, porque estes, se os houvesse seriam esmagados pelos companheiros da corte de sanguessugas. É por isso que Victor Constâncio, apesar de ter confessado que ganha imoralmente demasiado, não baixa as remunerações dos «donos» do BdP, os outros não o apoiariam. E ele não está para tomar a atitude digna de se despedir!!! E se o fizesse ficaria a receber uma batelada como aconteceu ao Vasconcelos da ERSE. A máquina está montada e a funcionar bem para os interesses dos entachados.
Mas isto hã.de mudar, porque tudo acaba. Acontecerá de maneira dramática para eles quando o povo despertar e disser BASTA! Será uma cena como a da Grécia e as várias que têm ocorrido em França, mas organizadas e dirigidas de forma bem apontada para os que têm abusado do povo, que Têm obrigado a impostos cada vez mais pesados para se sentiram mais ricos e poderosos.E chamam democracia a isto! Só porque temos o direito de votar?
No post Reforma do regime é necessária e urgente dei umas dicas que lhes podiam servir de ponto de partida para reflexão, a bem de Portugal.
Um abraço
João
Caro Eurico,
A expressão «quero, posso e mando» é um eufemismo para usar em vez de ditadura feroz, do tipo, Saddan Hussein, Idi Amin, Bokassa, Robert Mugabe, Hugo Chávez, Estaline, Hitler NMao Tse TungMuamar Kadafi, Chandrica Kumaratunga. Os nossos arrogantes «democratas» têm bons mestres. Não estão sós, mas não estão em boa companhia!!!
Para prepararem o País para as situações de crise, seria muito aconselhável que estudassem as várias hipóteses de problemas utilizando um método semelhante ao indicado no post Pensar antes de decidir.
Mas falta-lhes capacidade de análise e vontade de decidir de forma bem fundamentada e acertar, para bem dos poprtugueses, e não apenas dos sanguessugas que vivem à mama dos impostos.
Um abraço
João
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