segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A troca de favores na área do Poder

Extraído do blog Papa Açordas e acrescido de uma NOTA final , como é costume sempre que se trata de transcrições

CGD - A vaquinha do Centrão (PS/PSD)

Saída de administrador para a concorrência foi premiada
Armando Vara promovido na Caixa depois de ter saído para a administração do BCP


A decisão da CGD ocorreu mais de mês e meio depois da saída de Armando Vara do banco público Armando Vara foi promovido na Caixa Geral de Depósitos (CGD) um mês e meio depois de ter abandonado os quadros do banco público para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal (BCP).

O ex-administrador da CGD e ex-quadro da instituição, com a categoria de director, foi promovido ao escalão máximo de vencimento, ou seja, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.

A promoção, do escalão 17 para o 18, foi decidida pelo conselho de administração a 27 de Fevereiro de 2008, já pela administração de Faria de Oliveira, que ascendeu ao cargo após a saída de Carlos Santos Ferreira e dos administradores Armando Vara e Vítor Manuel Lopes Fernandes para a administração do maior banco privado.

De acordo com informação oficial fornecida pela Caixa, "Armando Vara desvinculou-se da CGD no dia 15 de Janeiro de 2008". A acta da reunião da administração de 27 de Fevereiro, a que o PÚBLICO teve acesso, refere que, "na sequência da cessação de funções de administrador da CGD do Dr. Armando António Martins Vara, quadro da instituição com a categoria de director, o conselho deliberou a sua promoção ao nível 18 e os seguintes ajustamentos remuneratórios: remuneração de base - 18 E ; II IT de 47 por cento; RC E RER no valor de 2000 euros e 3000 euros, respectivamente". Esta alteração terá um efeito positivo na reforma em montantes que dependem do momento e da forma em que acontecer.

Nota do Papa Açordas: Ora aqui temos um caso que mostra a Nomenklatura do Centrão (PS e PSD), e como eles se entendem, na hora das promoções e pagamento de favores...É pena que tenham mandado fechar a Universidade Independente, senão este estabelecimento de ensino colocaria em destaque Armando Vara e José Sócrates, como seus distintos alunos...e profissionais exemplares...Não esquecer o professor Morais...

Publicada por Compadre Alentejano em 12:47

NOTA: A CGD não está virgem em casos destes. Foi bem falado o caso da saída de Mira Amaral, poucos meses depois de lá ter entrado. Ele declarou que tudo estava legal, pois o contrato de entrada punha essas condições.

Os actuais administradores não hesitam nestas decisões porque o dinheiro não é deles, e porque o favor que hoje fazem ao amigo, ser-lhes-á feito daqui a pouco tempo.

E assim se alimentam os «tachos dourados» e se obtém o «direito» às «reformas milionárias acumuladas».

Quando soará o sino a anunciar que esta pouca vergonha acabou?

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro João,
Por muitos sinais de mudança que apareçam na nossa sociedade esta só mudará, de facto, quando toda esta escumalha seja varrida do poder. As poucas excepções que possam existir só confirmam o que digo! Não vejo que democráticamente se possa fazê-lo mas para que a DEMOCRACIA seja um facto real há que derrubar esta canalha e depois encontradas as poucas excepções entregar-lhes o poder mas com as resevas que se impõem não vá cair-se novamente nesta fantochada.....

A. João Soares disse...

Tens razão. Já aqui sugeri que fosse feito um pacto entre os partidos para definir preceitos de bem governar, a começar por listar os cargos a preencher por critério político e sendo os outros por concurso publico.
E moralizar as condições de remuneração. Ver o caso do Dr. Víctor Constâncio que ele próprio acha que é exagerado.
Um abraço
João