Os políticos costumam dar-se liberdades pouco abonatórias de falsear a verdade, mas tudo tem limites, e um deles é não lesar a dignidade de entidades que têm direito a ter prestígio perante a Nação e que são pilares da segurança nacional.
Segundo o DN, o secretário de Estado da Defesa, João Mira Gomes, no passado dia 30, horas depois de o general Loureiro dos Santos (reforma) alertar para a tensão existente nas fileiras, disse que "As chefias militares não nos transmitem qualquer informação" sobre quaisquer "movimentos de descontentamento a nível de qualquer escalão das forças militares", "Não consideramos que haja qualquer tipo de clima de instabilidade nas Forças Armadas."
Estas palavras fragilizaram a posição dos mais altos responsáveis pelos Ramos das Forças Armadas. O seu prestígio ficou abalado com tais afirmações.
Ontem em entrevista televisiva o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, afirmou, de forma clara, que "as chefias militares têm transmitido ao Governo as preocupações e as expectativas das Forças Armadas".
Estas palavras do ministro provam que o secretário de Estado mentiu miseravelmente, afectando os responsáveis militares.
Perante esta indignidade de um governante, os Chefes Militares devem agir em conformidade e deixar de falar com tal tratante. Parece que deveriam ir já ao gabinete do ministro e dizer claramente: «Não voltamos a falar com tal indivíduo mentiroso desonesto. Exigimos que seja demitido até ao toque de recolher de hoje. Se o não for, amanhã ao toque de alvorada traremos ao Sr. Ministro os nossos pedidos de exoneração dos cargos».
Nessa tomada de posição são apoiados pelos sargentos que segundo o JN em «Militares faltam a almoço e preparam protestos» estão activos mostrando que não lhes falta aquela fruta, hoje muito escassa. Se os Chefes tomarem esta atitude granjearão o respeito e admiração de todos os militares e mostram-se merecedores das estrelas que ostentam.
Os militares e a Nação têm os olhos focados em tais chefes e esperam ver tal prova da sua dignidade.
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
2 comentários:
Quando os políticos mentem, acontece sempre isto: não bate a bota com a perdigota!
O meu avô dizia que mais depressa se apanhava um mentiroso que um coxo. É este o caso, João Mira Gomes MENTIU!
Caro Compadre. O que é mais grave é que a mentira foi prejudicar a imagem dos generais perante os seus colaboradores e subordinados. Eles precisam de prestígio e ascendente para poderem bem cumprir a sua missão. O S.Estado foi vil, foi um traidor ao País por prejudicar a eficiência das Forças Armadas através do desprestígio dos chefes.
Estes, se não lhes faltar coragem, devem reagir como no post se sugere. Segundo dizia um general, Amaro Romão, um general deve sentir-se diariamente em posição de arriscar as estrelas, de pedir a exoneração do cargo ou a aceitar perante um acto de coragem e dignidade.
Abraço
A. João Soares
Enviar um comentário