Para combater o pessimismo nacional, já por várias vezes aqui foram enfatizados casos de jovens estudantes, e não só, que foram premiados no estrangeiro, por se terem distinguido na ciência e na tecnologia de que dependerá o futuro da humanidade. Agora, através de notícia no JN, fica a saber-se que três «jovens cientistas abrem asas e brilham lá fora».
Beatriz Moreira (18 anos, da Escola Secundária de Arouca, já com tradição no estudo de metais pesados) e Sérgio Almeida (19 anos) e Vasco Sá Pinto (18 anos) ambos da Escola Secundária Júlio Dinis, de Ovar, venceram o "The Climate prize" no Concurso Europeu de Jovens Cientistas, que decorreu em Setembro último, em Copenhaga, Dinamarca. Já cá tinham ganho o Concurso Nacional, promovido pela Fundação da Juventude. Neste concurso estiveram cerca de 200 jovens de cerca de 40 países, europeus e não só, e o prémio garantiu aos nossos distintos compatriotas assento na Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas que irá ter lugar no próximo ano, naquela mesma cidade.
Estes jovens prometedores criaram um novo modelo de biomonitorização, uma forma de avaliar a qualidade da água com recurso a organismos vivos, capaz de identificar em ecossistemas lagunares e estuarinos três perigosos poluentes, nomeadamente PCBs (bifenis policlorados), de origem orgânica, e ainda arsénio e manganês, dois metais pesados.
Quem desejar saber mais deste êxito pode utilizar o link. Casos como este dão-nos a certeza de que Portugal, apesar dos maus políticos que tem tido, poderá ter um futuro destacado no mundo da ciência. Se o Presidente Cavaco Silva quiser conversar com jovens como estes e os já aqui referidos anteriormente, ficará a saber a razão do afastamento da política pelos jovens portugueses mais válidos. Têm coisas sérias e de superior interesse com que se preocupar, não achando graça a tricas, coscuvilhices, manobras de luta livre com palavras sem substância de interesse para o País real e para o bem-estar das populações.
Apesar de o ensino estar com tendência para o nivelamento por baixo, a fim de os incapazes não se sentirem marginalizados, seria altamente positivo que se desse todo o apoio para a investigação científica e tecnológica aos alunos que mais se distinguem e que nos trazem orgulho pátrio com os troféus que granjeiam lá fora.
Uma notícia muito positiva relacionada com este tema diz que Portugal é candidato a organizar a final europeia em 2010 do Concurso Europeu de Jovens Cientistas. Ao longo dos 16 anos de vida do concurso em Portugal, a evolução em termos de qualidade e de quantidade de projectos apresentados tem sido extraordinária. Tenhamos esperança no futuro de Portugal, assim os políticos permitam que os jovens se desenvolvam.
A Necrose do Frelimo
Há 3 horas
2 comentários:
Querido amigo João
Passei por aqui ontem cerca da meia noite. Li, mas já não tive coragem para comentar...
Felizmente que ainda aparecem jovens de tanto valor que nos levam a pensar que talvez nem tudo esteja perdido.
Gostei muito de ler esta notícia. Estes assuntos sensibilizam-me muito, como sabe.
Oxalá este exemplo seja seguido por muitos outros jovens!
Beijinhos
Mariazita
Querida Mariazita,
Casos destes são excepcionais e, por isso, merecem ser enfatizados e beneficiarem de apoios estatais, não apenas como exemplo e incentivo a outros, mas para eles próprios poderem levar até ao fim os seus projectos e iniciarem outros.
Na realidade, há nos jovens e até nos adultos, grande indiferença pelos empreendimentos, o que resulta do PÉSSIMO ENSINO de que Portugal dispõe. Já se escreve que os imigrantes têm mais empreendedorismo do que os nacionais. Porquê?
Li há tempos que na Suécia é frequente rapazes estudantes montarem pequenas empresas que acabam por ter sucesso. Um rapaz de 17 anos era dono de uma multinacional, tendo começado por fazer pequenos trabalhos de informática, foi desenvolvendo a actividade, chamando outros colegas e acabando por criar sucursais em Amsterdão e em Londres. Isto no nosso País seria inacreditável, um milagre.
Mas, por isso, devemos enfatizar as poucas excepções que forem aparecendo.
Estes jovens promissores devem ser apoiados a fim de não irem parar ao estrangeiro à procura de condições de trabalho que aqui lhes são negadas.
Há pouco tempo, um projecto de escola para crianças sobredotadas, em Portimão, quase se decidia a ir funcionar para Espanha por aqui não ser autorizada.
É pena que Portugal não apoie a cultura do mérito. É pena que o ensino evite reprovar para não traumatizar os incapazes, mas não hesite em manietar os mais competentes em vez de lhes dar o apoio que merecem. Esquecem que o desenvolvimento do país depende dos mais aptos e não dos mais fracos e, por isso os mais aptos devem receber o máximo apoio.
Beijos
João
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