Quem cria emprego são as empresas bem geridas com capacidade de expansão. E para as empresas progredirem tem que haver pessoas com poder de compra, trabalhadores com saúde, e motivados para trabalhar com perfeição e dedicação. Os empregos criados pelos governos são uma PESTE para os portugueses porque se resumem em colocar os «pestinhas jotinhas» mais subservientes e que nada sabem fazer em tachos que nós pagamos. Isso traduz-se apenas num brutal esbanjamento de dinheiro público até porque todos vão ganhar cerca de 5.000 euros muitos com carro do Estado, mordomias, e aumentam o tráfico de influências e a corrupção. Isso tem sido feito pelo actual Governo, apesar de ter aliviado o património nacional.
Texto escrito num comentário ao artigo transcrito no Facebook com o título «PS prevê 207 mil novos empregos no final da próxima legislatura»
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
CRIAR EMPREGO NÃO É FUNÇÃO DO ESTADO
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A. João Soares
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Etiquetas: emprego
sábado, 15 de junho de 2013
SEM RAZÃO PARA ESPERANÇA NO FUTURO PRÓXIMO
Segundo notícia de hoje, neste ano de 2013, desapareceram 1100 empregos por dia até Março. «Considerando os dados até Março, ontem avançados pelo Eurostat, Portugal já conta com 21 meses consecutivos de destruição de emprego».
E, apesar desta miséria nacional, o PM está orgulhoso do seu trabalho e ameaça candidatar-se a novo mandato. Veja os seguintes artigos linkados, Se não tiver tempo para ler tudo, veja ao menos, os títulos das notícias.
Passos Coelho: “Tenho muito orgulho no trabalho que estou a fazer”
Passos quer dar a cara em 2015
ELEIÇÕES DE 2015 SÃO OBJETIVO PARA PASSOS
Embora não evidencie capacidade minimamente credível para esclarecer os cidadãos e para lhes captar o voto em próxima oportunidade, diz com sobranceira arrogância que não tem medo de eleições nem dos portugueses], mas como, normalmente, apenas diz que não tem medo quem está tolhido e condicionado por ele, vejamos e comparemos as notícias seguintes:
Passos Coelho não tem medo de eleições nem dos portugueses
Passos sem medo dos portugueses e do seu julgamento
Segurança reforçada à chegada de Passos Coelho à Amadora
Governo precisou de protecção da polícia espanhola no 10 de Junho
10 de Junho. Polícia espanhola garantiu segurança de Passos e Cavaco
E, como Passos atende mais aos alertas do exterior do que aos desabafos e manifestações dos seus concidadãos e eleitores, o FMI faz-lhe o favor de o alertar para perda de apoio político e social ao programa de ajustamento.
Perante isto, se o seu partido não o substituir na liderança, resta-nos a angústia de recear o pior para o seu partido nas próximas eleições em que, segundo promete, quer impor a sua presença.
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Etiquetas: arrogância, emprego, FMI, medo, segurança, sentido de Estado, transparência
quinta-feira, 30 de maio de 2013
COMBATER O DESEMPREGO JOVEM
O desemprego constitui uma crise com várias facetas negativas, desde o desaproveitamento do recurso mais precioso de um Estado, às condições de carência em que vive a população vítima dele. Quando afecta jovens no início de vida activa, os efeitos são mais dramáticos porque se perde a melhor idade para a motivação, a aprendizagem de métodos de trabalho, a inovação, a criatividade e a conjugação em actividades colectivas para um objectivo comum. Os jovens que não conseguem emprego no seu país e que têm valor e desejo de «obter o pão com o suor do seu rosto» desenvolvendo uma actividade económica que lhes garanta a vida independente, auto-suficiente, acabam por emigrar indo dar a sua energia, vontade e saber a países alheios.
Para se criar emprego é preciso desenvolver actividades económicas, empresas, o que exige financiamento inicial e projectos de produção de produtos ou serviços que satisfaçam necessidades de clientes, consumidores.
Para a generalidade dos nossos políticos, a criação das condições necessárias para o emprego compensador, pela obtenção do retorno dos utilizadores de produtos e serviços, não é bem claro e, muitas vezes, não passa de retórica cheia de generalidades inócuas.
Esperemos que os esforços agora esboçados conduzam a efeitos positivos:
- Europa debate flagelo do desemprego jovem (com vídeo)
- Álvaro Santos Pereira: "Medidas de combate ao desemprego jovem terão que ter efeito já"
- Ministro daEconomia pede investimento do BEI para ajudar a combater desemprego jovem
- Ministro da Economia em Paris na terça-feira para discutir desemprego jovem
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segunda-feira, 6 de maio de 2013
AUSTERIDADE, O MAL MAIOR???
Vozes muito conceituadas no mundo das ciências Económicas têm emitido opinião negativa em relação à austeridade excessiva, alertando sobre os seus diversos perigos para a economia e para o bem-estar dos povos e, agora, o próprio ministro das Finanças de França afirma que o dogma da austeridade acabou. Disse que "houve uma mudança de doutrina, de orientação, de rumo. A partir de agora, o crescimento deve estar no centro das prioridades".
Também a Amnistia alerta União Europeia sobre efeitos da austeridade nos direitos humanos e a directora executiva da Amnistia Internacional Portugal, Teresa Pina, afirmou que a organização entende que "a questão dos direitos humanos tem estado ausente das respostas que têm sido previstas ou decididas para fazer face à crise".
Por seu lado, Sócrates diz que novo pacote de austeridade isola Portugal e que "já nenhum outro país sugere um pacote de austeridade como o português", e recordando que, esta semana, Espanha, França e Holanda anunciaram que não vão seguir políticas de austeridade por terem mais tempo para o processo de ajustamento do défice.
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
FMI trava teimosia obsessiva do Governo ???
A notícia Directora do FMI defende equilíbrio entre ajustamento e efeitos na economia evidencia que a teimosia obsessiva da austeridade, que tem vindo a ser agravada sucessivamente, sob o lema «custe o que custar», tem que ser travada porque tem acarretado graves efeitos negativos sobre a economia e a vida dos cidadãos.
Christine Lagarde, directora do FMI, diz que «"A política económica em Portugal precisa manter um difícil equilíbrio - fazendo progressos no necessário ajustamento fiscal, mas também evitando tensões indevidas na produção e no emprego", afirma, acrescentando que "estes princípios são o guia de trabalho da equipa do FMI" durante a sétima avaliação, que está a decorrer em Lisboa.» … «o objectivo desta visita é "avaliar as circunstâncias económicas e, muito importante, assegurar que o equilíbrio necessário está a ser mantido".»
…«o mandato da delegação do FMI tem como missão procurar um "equilíbrio correto" entre o ajustamento orçamental e os efeitos na economia e no emprego é "da maior importância".»
Esta opinião está em conformidade com palavras já antigas da mesma entidade e de outros conceituados pensadores, observadores e políticos nacionais e estrangeiros, mas que foram desprezadas pelos «eruditos do Governo». Vejamos agora se o problema começa a ser encarado com lucidez e sentido de Estado, pensando na vida dos cidadãos, isto é, na economia nacional. É preciso reconhecer que não é missão fácil para os actores da obsessão que tem reinado, pois a correcção de erros é sempre mais natural e fácil por quem não esteve na sua génese.
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Etiquetas: austeridade, crise, economia, emprego
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Crise deve ser combatida com realismo
Seguro quer que a troika faç:a avaliação política e não meramente técnica
Diário Digital com Lusa. 130218. às 08:21
O secretário-geral do PS, António José Seguro, enviou hoje uma carta às três instituições que formam a 'troika', pedindo que na 7ª avaliação do programa de resgate, a arrancar em breve, sejam enviados a Portugal "responsáveis políticos".
"A próxima avaliação é crucial para a vida dos portugueses. Exige-se que seja uma avaliação política tendo em conta a grave situação económica e social. A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem enviar a Portugal responsáveis políticos com capacidade de decisão", escreve António José Seguro aos líderes das entidades internacionais, uma missiva a que a agência Lusa teve acesso.
Em paralelo, o secretário-geral socialista enviou também uma carta ao primeiro-ministro, onde informa Pedro Passos Coelho dos alertas dados à 'troika' e reitera que "a austeridade está a agravar os problemas do país e a conduzir a uma situação social insustentável".
A 'troika', formada por representantes da Comissão Europeia, BCE e FMI, começa no fim do mês a 7ª avaliação do programa da execução do memorando de assistência financeira, onde deverá discutir com o Governo o corte de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado.
Para António José Seguro, a situação económica e social em Portugal "agravou-se fortemente", resultado da "política da austeridade do custe o que custar".
"Mais desemprego, menos economia, mais falências e insolvências, mais pobreza, mais emigração de portugueses qualificados, em particular os jovens. Este é o retrato trágico da política da austeridade do custe o que custar", diz Seguro na carta enviada às instituições internacionais.
"Os portugueses não aguentam mais! Estamos à beira de uma tragédia social. Chegou o momento de dizer basta!", adverte também o socialista, para quem "não está em causa, como nunca esteve", o cumprimento das obrigações externas de Portugal.
"Honramos os nossos compromissos e queremos cumpri-los", frisa.
O que está em causa, declara Seguro, "é a política escolhida, a da austeridade expansionista, que não atinge os objetivos a que se propôs e está a criar problemas sociais e económicos de uma enorme gravidade".
"A avaliação politica que propomos deve desenhar uma estratégia credível de consolidação das contas públicas, dando prioridade ao crescimento económico e à criação de emprego. Já não é só uma opção ideológica, como o PS tem defendido, trata-se de realismo. É uma obrigação moral, olharem para a situação de Portugal e terem, Governo e a 'troika', a humildade de reconhecerem que a vossa receita falhou", escreve o secretário-geral na carta a que a Lusa teve acesso.
Seguro reitera também a necessidade de Portugal ter mais tempo "para a consolidação das contas públicas, para o pagamento da dívida, de juros mais baixos e de um adiamento do pagamento de juros" aos credores.
A missiva do líder socialista foi endereçada em nome dos presidentes da Comissão Europeia, BCE e FMI: Durão Barroso, Mário Draghi e Christine Lagarde, respetivamente.
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domingo, 17 de fevereiro de 2013
Promessas e mais promessas !!!
Quase ao mesmo tempo que é noticiado um recuo em várias questões do Ensino Especial, aparece o ministro Miguel Relvas a prometer que, sem dizer quando nem como, o “Estado irá facilitar o regresso dos jovens à agricultura”, falou de algo a que chamou «orientações estratégicas para as políticas de juventude» de que não referiu a mínima característica, referiu também, sem nada de concreto dizer, de «um plano nacional de acção na área da juventude». Também se referiu a uma «estratégia global» e disse que «em breve será também concluído o Livro Branco». Nada mais que promessas e ideias vagas sem sinal de concretização.
Afirmou que «muitos jovens querem regressar à agricultura e o Estado pode e vai ter um papel para facilitar esse regresso”», não disse a qualidade de tal papel, nem referiu a quota-parte que se espera ser representada pela agricultura na nova economia nacional em que se possa apoiar a modernização do País. Quererão convencer-nos de que venha a ser a agricultura o factor decisivo no desenvolvimento nacional?
Resumindo e apesar de muito boa vontade, não foi possível descortinar propostas concretas, as quais irão aparecer! E que poderão ser tão concretas como as promessas que temos vindo a ouvir há mais de dois anos e, das poucas que foram decididas, muitas foram sujeitas a recuos ou anuladas por impraticáveis.
O ministro referiu o programa Impulso Jovem que, como ele afirmou, constitui uma promessas tão pouco aliciante que «a sua própria filha de 21 anos não sabe o que é tal impulso»!!! Enfim, o que é ponto forte na actividade dos governantes é fazer promessas e falar de ideias que poderão nunca ser tornadas acções.
Reconhece que as condições que vêm sendo oferecidas aos jovens desempregados são de tal forma insignificantes que eles recorrem aceleradamente à emigração o que «representa uma fuga de cérebros (e de mão de obra qualificada) com prejuízos para o país». Quanto à emigração de mão de «obra especializada, a TAP sofre com a sua fuga para outras companhias aéreas.
Sobre a quantidade de promessas e de palavras vazias de conteúdo ao lado de ausência de resultados de medidas concretas levadas a cabo, traduzidas em benefício para as populações não pertencentes à «elite» política, sugere-se a leitura do penúltimo post.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Reforma do Estado é problema nacional
Do muito que tem sido publicado conclui-se que a reforma do Estado não pode ser um remendo colocado por capricho do actual Governo, mas constitui uma necessidade, um imperativo nacional e deve ser levada a cabo com o objectivo claramente definido de sair da crise, evitar cair noutra de causas semelhantes, dar aos portugueses melhor qualidade de vida com bons apoios de educação, de saúde, de justiça, de equidade social, de segurança e de garantia de emprego.
Para isso, é estranho que agora o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, diga que o seu partido se mantém disponível para "aproximar posições" com os partidos oposição. Isso não poder ser aceite como uma concessão da coligação no Poder, pois a reforma, para ser eficaz e duradoura, deve ser fruto de convergência de esforços de todos os partidos e forças vivas. Não são aconselháveis avanços e recuos a bel-prazer de partidos que subam ao Governo.
Está no caminho certo a Presidente da AR, Assunção Esteves, quando defende uma carta de intenções em que os partidos parlamentares clarifiquem o objecto da comissão de reforma, em que haja boa-fé garantida à partida pela explicitação do objecto da comissão.
Além do objectivo da reforma, é preciso, a seguir, traçar as linhas estratégicas gerais a que devem obedecer as medidas práticas indispensáveis: tornar o Estado e a administração pública e autárquica, mais simples sem burocracias desnecessárias, mais barato, mais eficaz, tornando extensivos os apoios atrás referidos a todos os cidadãos, por meio de uma justiça social que reduza ao mínimo os explorados e carenciados, crie um tecto para as pensões de reforma douradas, e use o salário mínimo como medida de cálculo e de expressão dos salários e mordomias dos funcionários públicos e dos políticos.
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
2013. Marques Mendes deseja
Extracto de frase do artigo Votos para 2013
Espero e desejo que em 2013 o Governo não se limite a fazer cortes. Claro que cortar na despesa do Estado ainda é necessário. Mas necessário também é começar a construir. A construir sobretudo um novo modelo de fortes incentivos à atracção de investimento, nacional e estrangeiro. Para criar riqueza e gerar emprego, as reformas em curso e as exportações são decisivas. Mas não chegam. É preciso uma política agressiva de atracção de investimento. Ou seja, a par de uma política financeira, precisamos também de uma política económica. Não é um slogan. É mesmo uma necessidade.
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sábado, 22 de dezembro de 2012
Greves. Porquê tantas ?
Ultimamente, apesar de a situação de crise aconselhar a aumentar a produtividade, em benefício da economia nacional, isto é, do aumento do bem-estar dos portugueses, tem-se usado e abusado das greves, algumas que nada prejudicam os causadores do mal-estar, mas que provocam sérios incómodos aos inocentes utentes dos serviços públicos.
A notícia intitulada Tribunal intima administração da RTP a reunir-se com trabalhadores sugere meditação sobre as relações entre trabalhadores e entidades patronais.
Primeiro a interrogação: porque será que, dizendo-se que estamos em democracia, essa reunião entre administração e trabalhadores não teve já lugar, de forma espontânea, sem ser necessário a imposição do tribunal? A resposta não pode afastar-se da qualidade dos administradores e gestores de instituições e empresas públicas e ou dependentes de dinheiro público.
Geralmente, salvo eventuais excepções, eles não ocupam os cargos por reconhecida competência técnica e de liderança, mas apenas por troca de favores, compadrio, cumplicidade ou conivência com os detentores do Poder político. Como estão ali para receber um bom salário e pouco ou nada sabem, não têm possibilidade de dialogar com os representantes dos trabalhadores.
Por estas razões, o diálogo, que deve ser uma análise das realidades e dos pontos de vista dos litigantes e consta de cedências de ambas as partes para encontrar o ponto de entendimento, nunca é concludente, porque há um grande desequilíbrio entre as capacidades das partes dialogantes: dum lado, está o sindicato, com profundo conhecimento dos problemas em litígio, e experiência de argumentação, obtida ao longo de anos de luta. Do outro lado, está o administrador sem a mínima capacidade, interessado em agradar ao Poder para manter o tacho, com a agravante de usar da arrogância devida ao apoio que a política lhe concede, e não está disposto a fazer cedências. O resultado é o sindicato suspender a fantochada das negociações e ir para a greve.
A greve constitui o último degrau da escalada de conflito entre a entidade laboral e a entidade patronal, como a guerra o é nos conflitos entre Estados. Muitas vezes a guerra é dispensada por ter havido acordo, em diálogo directo ou por intermédio de mediadores aceites pelos dois lados. No diálogo há sempre cedências de ambas as partes, as quais são maiores ou menores conforme a capacidade de diálogo, os argumentos utilizados pelas partes.
Há dias, um amigo salientava a ausência de greves nas instituições militares, mas há uma explicação para isso. É uma questão da reconhecida competência e valor da autoridade patronal, neste caso dos comandantes das unidades e da instituição. Entre os militares, normalmente o comandante, pela sua preparação inicial e continuada, a experiência adquirida ao longo do tempo de serviço, o ascendente que tem sobre o pessoal e, porque não, a disciplina por todos assumida, compreendida e aceite, tornam desnecessária a greve. Esta só poderá acontecer com a conivência do comando contra a tutela política (só em situação pré-revolucionária).
O militar, desde os primeiros postos, aprende o trabalho de equipa e a compreensão dos subordinados, por forma a que no combate, quando olhar para os lados e para trás veja que os seus colaboradores estão consigo e não se encontra isolado em frente do inimigo.
Nas empresas com características públicas ou municipais, os responsáveis, muitas vezes, não possuem saber, sensibilidade e experiência para liderar a equipa em cuja chefia foram colados artificialmente.
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terça-feira, 11 de outubro de 2011
Sabedoria salomónica!!!
Em democracia, devem sempre ser apoiadas as sugestões para resolver os problemas colectivos. Hoje tive o prazer de almoçar com o amigo Rui Abrantes que, do alto dos seus quase 86 anos, disse ser fácil saier da crise, bastando dois diplomas legais e a consequente regulamentação.
Acabar com o desemprego. Quem está a receber subsídio de desemprego passa a prestar serviço público a autarquias ou outras instituições, para ter direito à quantia que está a receber. Quem recusar tal trabalho é porque não precisa e tem outros recursos para sobreviver, pois deixa de receber subsídio.
Os agentes da Justiça têm que utilizar os computadores, para serem mais rápidos e eficazes com redução de pessoal e de despesa em papel.
Não sei bem se estas medidas seriam suficientes, mas constituiriam um bom início, para uma mudança de mentalidades e de economia.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Crise económica e desemprego
Duas notícias mostram efeitos da crise alargada que nos está a esmagar. O facto de se referirem a sectores diferentes faz pensar.
Retirando lições da crise e procurando tornar a empresa mais rentável, a construtora «Soares da Costa prepara reestruturação que pode eliminar até 900 postos de trabalho». É um sinal preocupante pois mostra que vai ser reduzida a actividade de um sector que contribui para a riqueza nacional, o aumento da comodidade e bem-estar dos cidadãos e a melhoria do património habitacional e das obras públicas. Empresas que produzem bens e que exportam bens ou serviços, quando reduzem a actividade, empobrecem o pais.
Também a britânica «BBC vai acabar com 2000 postos de trabalho até 2017», para reduzir custos de funcionamento o que leva a fechar algumas redacções e reduzir alguma programação. Embora a divulgação de informação e de cultura seja indispensável na vida corrente, pode haver muitos cortes inofensivos para os «clientes». Será bom motivo para seleccionar os programas mais adequados à formação da sociedade de amanhã e eliminar os que corroem as pessoas estimulando a violência e as acções menos éticas e de solidariedade. Encontra-se já muita gente que diz não ver TV e que considera prejudicial que os jovens percam tempo em frente do ecrã.
Outra diferença entre estes dois casos, é que nos 900 trabalhadores da construtora a maioria são pessoas de fracos recursos, enquanto na BBC, entre os 2000, encontram-se muitos com salários exorbitantes, muito acima da média e que, por outro lado, têm facilidade em encontrar alternativas e usar a sua criatividade em ramos paralelos.
É conveniente ter atenção aquilo que afecta as pessoas e garantir a sua sobrevivência em condições humanamente aceitáveis.
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quarta-feira, 18 de maio de 2011
Combate ao desemprego jovem
A propósito da notícia de que uma jota propõe iniciativas "emblemáticas" de combate ao desemprego jovem, encontrei um texto que faz parte de um artigo publicado na Revista «L'Express», Paris, 200-.04-13, pág 48 – 53 que se refere a exemplos de empreendedorismo jovem na Suécia.
Como entre nós não existe tal tradição nem mentalidade, é preciso estudar bem o problema e descobrir as pistas para avançar na procura das melhores soluções. Há obrigatoriamente que interpretar o apoio ao empreendedorismo, como estímulo à produção de bens e serviços e consequente criação de emprego e de riqueza e não, como tem sido costume português, como forma de consumir o dinheiro público em subsídios sem esperança de rentabilidade.
Eis o capítulo do artigo, mais expressivo para este efeito.
«Empresários em série» com 16 anos
«Os suecos são naturalmente reservados, o que explica sem dúvida que eles estejam mais à vontade na Internet do que nos bares», diverte-se um professor da prestigiosa Escola real politécnica. Outra figura da nova economia sueca, Patrik Lindehag não o contradiz. Actual presidente de um dos mais importantes fundos de investimento em Estocolmo, Sky Ventures, dissimula mal o seu mal-estar perante a admiração que lhe testemunham. A sua ascensão é sem dúvida impressionante. Antes mesmo de a Internet ter verdadeiramente desembarcado no Velho Continente, ele lançava, em 1986, a primeira sociedade europeia de vendas de computadores... em linha! Não tinha então senão 16 anos e, dois anos mais tarde, revendeu o seu fundo de comércio por «apenas» seis mil contos. «O meu menos bom negócio», declara ele hoje. Com 30 anos, e apenas mais seguro de si, acaba de ceder duas outras das suas sociedades e de embolsar vários milhões de contos. Mas Patrik Lindehag não é homem para parar em caminho tão bom. «Considero-me como um empresário em série», brinca ele. A sua última criação Sky Ventures, conhece já uma ascensão fulgurante: dois meses depois da sua introdução na Bolsa, o título da sociedade ganhou mais de 500%.
«Os empresários suecos compreenderam desde há longo tempo que o sucesso das suas «novas empresas» implicava uma estratégia tanto internacional como local», analisa Staffan Helgesson, director de Startupfactory, um dos últimos viveiros de empresas em Estocolmo. «A vantagem é dupla se considerarmos que a força da Internet reside em ser um instrumento ao mesmo tempo colectivo e individual», lembra ele. Em claro, quando os Americanos e Europeus pensam primeiro em impor-se sobre o seu próprio mercado, os Suecos falam em conquistar o mundo. Com toda a simplicidade, certamente. A exemplo do Spray, a grande maioria das «novas empresas» suecas começaram também muito cedo a implantar-se no estrangeiro, por vezes antes mesmo de serem realmente exploráveis. É o caso, por exemplo, de Citikey, uma sociedade de serviços Internet dedicada aos telemóveis. Criada há precisamente um ano por um jovem diplomado da Escola real politécnica, Ziad Ismail, a neófita, já com 50 assalariados, implantou-se em Estocolmo, Berlim, Londres e Paris. «Contamos instalar-nos já este ano na Ásia e nos Estados Unidos», explica Ziad Ismail. «Ter pessoas nos mercados locais é indispensável». Os seus accionistas estão aparentemente convencidos: depois de ter já colocado sobre a mesa mais de 200 mil contos em 1999, eles aceitaram investir mais de dois milhões de contos este ano.
«O sucesso das 'novas empresas' suecas devem também muito aos investimentos públicos», lembra sempre Jean-Marie Guastavino, conselheiro científico na embaixada de França na Suécia. Montante interessante, o valor anual investido pelo Estado na investigação e desenvolvimento representa 4% do PIB, um recorde na Europa, contra 2,5% em França.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Desemprego sobe para 11,1%
Apesar das promessas da campanha eleitoral do anterior Governo do mesmo partido e do mesmo Primeiro-ministro de criar 150.000 postos de trabalho, a actual situação de desemprego é a traduzida pelas seguintes notícias:
Taxa de desemprego sobe para 11,1% no quarto trimestre
Taxa de desemprego ultrapassa os 11 por cento
Desemprego cresce à custa das mulheres e dos mais qualificados
PSD considera dados do desemprego “muito preocupantes”
BE diz que números denotam fracasso das políticas do Governo de combate ao desemprego
PCP acusa Governo de “incapacidade” para combater o desemprego
No entanto o Secretário de Estado, o mesmo da célebre TLEBS no anterior Ministério da Educação anterior, Valter Lemos, defende-se, como se se tratasse apenas de números e não de famílias sem sustento:
Secretário de Estado surpreendido com taxa de desemprego de 11,1%
Valores do desemprego são “elevados”, mas estão em desaceleração face a 2009
Valores do desemprego são “elevados”, mas estão em desaceleração face a 2009
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Falta de informação de empregabilidade
A notícia «Cursos com mais desemprego esgotam vaga» mostram que os candidatos ao ensino superior , seus familiares e amigos, desconhecem as realidades sobre o desemprego nas diversas ares do conhecimento, e enveredam por cursos com pouca capacidade de garantir emprego.
Parece insólito, demonstrando falta de conhecimento de métodos de preparar a decisão e a do curso a seguir é importante e exige procura de informação, de dados, exige que se pense antes de decidir. Ou será que o o valor dos subsídios de inserção ou de desemprego será tão compensador que se transforme em forma de vida e torne menos importante a escolha do curso a tirar, olhando para este apenas pelo aspecto da facilidade?
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sexta-feira, 16 de abril de 2010
Estado incentiva o ócio?
A notícia do JN de hoje «Ofertas de salário são 9€ mais baixas que subsídio» traz à luz uma situação que parece irreal, por traduzir um incentivo à ociosidade, à recusa em trabalhar. É simples de ver, embora pareça que os governantes não conseguem compreender.
Ora vejamos: O salário mínimo nacional (remuneração por um mês de trabalho) é de 450€, mas o subsídio de desemprego (pago a quem não trabalha) é de 532€ (mais 18% do que recebem os que vencem o salário mínimo nacional!!!).
A notícia refere que em 2009, em média, as entidades patronais propunham aos candidatos inscritos em centros de emprego, para um trabalho a tempo inteiro, 523€ que, embora seja 16% acima do salário mínimo nacional, acaba por não ser aceite pelos candidatos porque continuando com o subsídio de desemprego recebem mais 9€. E como há situações em que a recusa faz perder o subsídio, alguns aceitam ir trabalhar durante um mês e depois entram novamente no desemprego, para ganharem mais e sem terem de cumprir horário, de aturar patrão e de trabalhar um pouco.
Parece que não há falta de oferta de emprego, mas há um atractivo subsídio de desemprego que é ofensivo para quem ganha o salário mínimo e que dificulta a satisfação da procura de trabalhadores por parte dos empresários.
Sugere-se a leitura da notícia para ter a noção do erro do sistema e dos brandos costumes, conivências e aproveitamentos, ligados à falta de rigor e de clareza das manhas praticadas pelos interessados e pelos tolerantes.
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Etiquetas: emprego, racionalidade, subsídio
quarta-feira, 24 de março de 2010
Ditadura do Lucro Virtual
Porquê investir no emprego? Despedir é mais vantajoso
Excerto do livro - UMA ESTRANHA DITADURA - de Viviane Forrester
Nos nossos dias, a riqueza já não reside na posse de espécies palpáveis, como o ouro ou mesmo o dinheiro: desviou-se, doravante pouco firme, imaterial, e agita-se, abstracto, furtivo, nos interstícios das transacções especulativas, na volatilidade delas. Provém muito mais dos fluxos especulativos do que dos objectos da especulação. É essa avidez, dirigida para frenesins virtuais, que provoca o devoramento instituído de todos e de tudo por uns poucos, e que se pretende universal, autónoma, livre de qualquer controlo, revelando-se ao mesmo tempo incapaz de se controlar.
É essa obsessão surda, que desemboca em operações delirantes, que entende conduzir o destino do planeta e que ameaça esse destino! Um desejo bruto, primário, irracional, de jogar não tanto com as posses mas com o instinto de posse em detrimento de tudo o que se lhe opõe ou pode atenuá-lo.
A ditadura do lucro, que leva a outras formas de ditadura, instala-se com uma facilidade desconcertante. Os seus meios são de uma grande simplicidade! O mais indispensável deles, a clandestinidade, é-lhe atribuído antecipadamente: mesmo que o lucro seja a chave de tudo, se estiver omnipresente, a sua presença fica sempre oficialmente ausente. Sem dúvida, é considerada adquirida de uma vez por todas, registada e tão banal, de facto, que fazer-lhe alusão seria supérfluo, mas seria sobretudo tido como primário, arcaico e sordidamente campónio, tendência submarxismo antediluviano.
O direito ao lucro, sempre em segundo plano, clandestino, é permanentemente subentendido, mas subentendido... como definitivamente entendido, como absoluto, irrefutável, em suma, de direito divino. Enquanto que, sempre aperaltado com o papel - o único que aceita - de fonte indispensável de abundância e de empregos, esse lucro parece apenas responder às exigências do dever, melhor, estar apenas votado a sacrifícios modestos e silenciosos. Anónimos, pudicos, aqueles que disso aproveitam com tanta abnegação procuram nunca ser citados. Rodeia-os a maior discrição, enquanto em contrapartida são denunciados como verdadeiros aproveitadores, e entregues à vindicta geral, esses desavergonhados, esses notórios açambarcadores: os empregados do sector público e os seus privilégios escandalosos, ou ainda os desempregados, esses calaceiros, vampiros da nação, vergonha das estatísticas, que desafiam o cidadão laborioso e se rebolam, à custa do Estado, na segurança dos seus abonos. À parte os imigrantes que nos esfolam, não se vêem outros beneficiários do lucro, que já não responde, aliás, ao nome de «lucro», e menos ainda de «benefício», mas sim ao de «criação».E eis que aí vêm as famosas «criações de riqueza», presumivelmente para oferecerem imediatamente os seus tesouros à humanidade inteira. Com que satisfação, com que gratidão, com que admiração elas são evocadas, maravilhas surgidas graças aos seus «criadores», esses dirigentes da economia privada, de repente travestidos de mágicos! Sonha-se com a varinha de condão, com a caverna do Ali-Babá. Ora, de que riquezas se trata? De um enriquecimento da espécie humana? De progressos científicos, sociais? De grandes obras? De objectos essenciais, preciosos ou de grande utilidade? Não, mas de benefícios tirados de uma produção supostamente rentável. De nada mais. «Riquezas» reais, mas que enriquecem apenas os «empresários» e os seus accionistas. «Criações de lucros seria mais adequado».
Pelo menos, esses lucros traduzir-se-ão em empregos? Essas «riquezas» serão distribuídas? É o que nos anunciam, espectacular e incessantemente. Mas essa vocação está completamente ultrapassada: as empresas mais lucrativas despedem a toda a força; os seus decisores têm uma tendência irresistível, uma preferência indefectível pelo abaixamento do custo do trabalho. Porquê investir no emprego? Despedir é mais vantajoso. Já vimos, a Bolsa adora. E o que ela adora faz lei.
É, portanto, a especulação, escondida mas alimentada pelos mercados, que ganha e domina. Vimos que a partir dessas «riquezas» ou só do seu projecto, só da sua hipótese, mil e uma especulações delirantes poderão desmultiplicar-se, indiferentes a qualquer outra produção que não seja a de movimentos de capitais imaginados, enlouquecidos, dissociados da sociedade e de qualquer «riqueza» que não seja neofinanceira. «Riquezas» tão virtuais como voláteis, especulações, ou antes, apostas demenciais que sustentarão o que continuará a ter-se por Economia, a qual se intitulará sempre «economia de mercado» - uma pseudo-economia, de facto, situada a galáxias da esfera das riquezas tangíveis ou mentais com que sonham a justo título as populações, e que lhes são necessárias.
Se essas «riquezas» reclamarem cada vez menos trabalho humano, se provierem de cada vez menos activos reais e se nelas se investir cada vez menos, nem por isso deixa de se esperar dos seus «criadores», esses decisores da economia privada ou esses especuladores (muitas vezes são os mesmos) que, para bem de todos, façam surgir tesouros que supostamente escondam um maná de empregos e, tal como um rio se lança no mar, vão alimentar as empresas. As autoridades de todos os quadrantes e de todos os países celebram esses benfeitores como as «forças vivas da nação», únicos a dar provas de «dinamismo», de «audácia» e de «imaginação» no seio de populações supostamente plácidas e satisfeitas, assentes na segurança do seu RMI [Rendimento Mínimo de Inserção], dos seus subsídios de desemprego, dos seus salários de saldo, enquanto as nossas «forças vivas», intrépidas, são as únicas que «ousam» «correr riscos».
Que riscos? - poderiam ousar perguntar alguns espíritos maldosos. O de produzir lucros ainda mais colossais? Ou mesmo - é caso para tremer! - um pouco menos colossais? Isso seria esquecer os riscos assumidos por essas pérolas da nação quando deslocalizam as suas empresas precisamente para fora da nação, ou fazem fugir para longe dela os seus capitais!Isso seria esquecer também o risco assumido de estragar o destino da maioria de outras criaturas terrestres e de sabotar as suas vidas únicas de seres vivos, de as manter na angústia e na humilhação, risco que chega mesmo, por vezes, ao ponto de as pôr na rua, literalmente, a pô-las em perigo, a fazê-las cair nesse perigo. Isso seria ainda esquecer o risco assumido, num mesmo impulso criador, de generalizar a miséria, de gerar infernos terrestres. Mas aí estão outros tantos desafios perante os quais os nossos generosos cruzados da criação nunca recuam. Eles garantem...
Louvados sejam eles, cavaleiros da competitividade, campeões da auto-regulação, da desregulação, cuja competência podemos glorificar rodos os dias! Às suas «forças vivas», a nação reconhecida...
Lucro? Você disse lucro?
Assim a clandestinidade do lucro, a sua autoridade, o seu fundamento já não têm que ser estabelecidos: estão antecipadamente convencionados, ordenados e antecipadamente calados. O lucro, subjacente em toda a parte, não está, no entanto, expresso em parte nenhuma, é ignorado em toda a parte, mas, está infiltrado em toda a parte, operacional no coração de todas as coisas - e é aceite sem que tenha sido formulada ou mesmo solicitada qualquer aquiescência consciente. Domina como um princípio sagrado, e reina, nunca evocado, mas razão de ser da ideologia que sustenta o regime e as suas obsessões.
Querem um exemplo destas? A competitividade. Entre as afirmações desferidas como argumentos definitivos, pronunciadas em tom peremptório, com a certeza de ter por si uma aquiescência geral, adquirida para sempre com conclusões nunca verificadas, é uma das mais frequentemente citadas - de forma bastante desprendida, aliás, e como que de passagem, de tal maneira a sua existência, a sua influência e as suas presumidas consequências parecem confirmadas de longa data.
«A competitividade obriga...», «A competitividade não permite...». Quantas carradas de despedidos, de deslocalizações de empresas, de reduções ou de congelamentos de salários, de reduções de efectivos, de estrago das condições de trabalho, quantas decisões desastrosas e perversas pretenderam justificar-se assim! E quantas vozes desoladas para exprimirem então a pena de terem tido que decretar, de terem tido que tomar as decisões-cutelo que a competitividade, ai de nós, exige!Mas que representa ela? A questão nunca se coloca. Quem está em competição? De que lutas se trata? De que rivalidades? O que está em jogo? Qual é o seu poder ou a sua necessidade para que beneficie de tanta autoridade, para que seja dada ao mesmo tempo como fatal, inelutável e como um factor-chave da economia de mercado, ela própria apresentada e exigida como prova indispensável de democracia? Qual é a sua virtude para que o seu papel, previamente considerado preponderante, nunca seja explicitado, nunca seja analisado, e para que mencioná-la baste para evitar ou encerrar qualquer discussão, qualquer interrogação? Para que tudo tenha que ser concebido, organizado ou reformado em função dela, sem que jamais seja posta em causa? Para que sejamos deixados no vago e achemos normal lá ficar, admitir maquinalmente a competitividade como um fim em si, uma entidade face à qual não exista outra reacção possível que não seja submeter-se-lhe? E para que no fim de contas só essa certeza seja proposta – imposta, melhor – como evidente, indiscutível: é imperativo aceitar ser-lhe sacrificado. Mas, mais uma vez, porquê e a quê? Com que objectivo?
Recebido por e-mail de Maria João F
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Dica para jovens e desempregados
Depois de aqui ter deixado posts destinados a reflexão por parte de jovens e desempregados, com vista a segurar o seu futuro e a contribuir para a recuperação da economia nacional e redução da dívida pública, não podia deixar em claro esta dica do ministro Vieira Da Silva, segundo o artigo do Jornal de Notícias a seguir transcrito:
Empreendedorismo: Sectores energético, florestal e turístico têm maiores possibilidades de sucesso - Vieira da Silva
Jornal de Notícias 13 de Janeiro de 2010
Porto, 13 Jan (Lusa) - O ministro da Economia elegeu hoje os sectores energético, florestal e turístico como os que têm maiores oportunidades de sucesso, considerando que os empreendedores têm que ter grande capacidade de adaptação.
"Julgo que quem se lança nesta aventura de criar riqueza deve ter a noção de que as oportunidades de sucesso não são idênticas em todas as actividades", afirmou Vieira da Silva, que considerou que "os sectores energético, florestal e turística têm elevada potencialidade".
O ministro da Economia, que participava na Conferência Nacional do Empreendedorismo, disse que "em tempos o que importava era a qualidade da ideia, mas hoje tem que se ter boas ideias em sectores com maior capacidade de inovação".
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
Trabalho é factor a respeitar seriamente
Há dias publiquei aqui dois posts que focavam casos exemplares de empresários conscientes da importância do factor trabalho, mão-de-obra, imprescindível no funcionamento de uma empresa. Tratava-se de «Empresário disposto a empobrecer um pouco» e de «Empresário que respeita os trabalhadores».
É um tema que costuma ser conotado com a esquerda pelo que fiquei em risco de alguém duvidar da minha preocupação de isenção partidária e independência, mas hoje perdi esse receio ao ler que o líder do CDS-PP, Paulo Portas, escolheu o distrito de Aveiro para defender “o valor do trabalho”, destacando o mérito dos empresários que criam empregos numa altura em que a mobilidade social “está parada” no país. E defendeu “aqui neste distrito, a maioria das pessoas que tem hoje uma empresa começou por ser trabalhador. A maioria dos empresários começou por ser operário. E através do acesso à educação, conseguiram ter a ferramenta que lhes permitiu ir longe”.
Mas, felizmente, as notícias mostram que os políticos começam a colocar de lado as suas ideologias extremistas de combate eleitoral quando se referem aos grandes problemas nacionais. O tema que parecia ser apanágio da esquerda, foi abordado de forma social e didáctica pelo líder de direita sem deixar de o ser pela esquerda. Assim, o cabeça-de-lista do BE, Miguel Portas, aconselhou hoje o primeiro-ministro a discutir temas como o desemprego. E disse que «esta foi a semana em que Portugal atingiu meio milhão de desempregados, oficiais, estatísticos (porque na realidade são mais), e em que chegámos aos 200 mil desempregados sem subsídio de desemprego».
Jerónimo de Sousa, acusou o governo de ter mentido sobre os números do desemprego e manipular as estatísticas – e afirmou que o executivo vai falhar na promessa de criar 150 mil novos empregos. Jerónimo de Sousa sublinhou que o governo "viveu sempre da manipulação e até da mentira" sobre a questão do emprego criado. Sublinhou convicto que "o Governo do PS de José Sócrates não vai cumprir o que prometeu, porque chega ao fim destes quatro anos, não com mais emprego, mas sim com mais 895 mil trabalhadores mandados para o desemprego".
Porém, perante a situação grave em que a população se encontra, José Sócrates repudia o pessimismo dizendo que nunca viu um pessimista criar um posto de trabalho.
Mas não pode esquecer-se que um optimismo não apoiado em bases sólidas, que lhe dêem substância lógica e coerente, pode não passar de ilusão que, ao acordar, é substituída por amarga desilusão podendo ser fatal. Não é com ilusões que se vence uma crise, mas com estudos muito perspicazes que permitam dar passos seguros no sentido da melhor solução. É realmente indispensável pensar antes de decidir.
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Etiquetas: emprego, mão-de-obra, trabalho
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
PM genial deu «emprego de transição a 11 mil desempregados !!!
Com base na notícia do Público transcrita surge a esperança de em 17 meses, se não houver mais despedimentos e se os «empregos de transição» forem mantidos, ficarem cumpridas as promessas do PM de conseguir 180 mil empregos (150+30).
A promessa dos 150 mil foi feita já há mais de quatro anos. Por isso, a perspectiva dos 17 meses (tanto tempo!) parece ser demasiado optimista, só credível por pessoas de muito boa vontade ou, quem sabe, de profunda ingenuidade.
Sócrates garante que 11.000 desempregados “já estão activos” através de “empregos de transição”
Público. 25.02.2009 - 16h26 Nuno Simas
Debate quinzenal na Assembleia da República
O primeiro-ministro, José Sócrates, aproveitou hoje o debate quinzenal no Parlamento para apresentar “resultados” de “um mês” das medidas do programa Iniciativa Emprego 2009, como “os cerca de 11.000 desempregados que já estão activos”, através de “empregos de transição”.
A crise económica e financeira acabou por dominar a primeira hora deste debate, em que o partido da maioria, o PS, quis discutir resultados do Plano Tecnológico e do programa do computador Magalhães. Neste período foi também confrontado com os últimos números do desemprego.
A propósito do programa Iniciativa Emprego 2009, com cerca de um mês de aplicação, Sócrates afirmou que cerca de 35.000 micro e pequenas empresas, “abrangendo 91.000 trabalhadores, já beneficiam de uma redução de três pontos percentuais na taxa social única”, desde que mantenham os níveis de emprego.
Além disso, cerca de 1.800 trabalhadores estão já abrangidos por acções de formação “em período de redução de actividade” e que 3.000 jovens estão a beneficiar de estágios profissionais.
José Sócrates assinalou os “sorrisos das bancadas da oposição” quando falou no Plano Tecnológico e no “Magalhães”, garantindo que até final do terceiro trimestre 195 mil crianças do primeiro ciclo terão um computador, para “ajudar na escola”. “Portugal será o primeiro país do mundo em que todas as crianças dos seis aos dez anos terão um computador” para usar nos estabelecimentos de ensino.
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A. João Soares
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Etiquetas: desemprego, emprego