A notícia Directora do FMI defende equilíbrio entre ajustamento e efeitos na economia evidencia que a teimosia obsessiva da austeridade, que tem vindo a ser agravada sucessivamente, sob o lema «custe o que custar», tem que ser travada porque tem acarretado graves efeitos negativos sobre a economia e a vida dos cidadãos.
Christine Lagarde, directora do FMI, diz que «"A política económica em Portugal precisa manter um difícil equilíbrio - fazendo progressos no necessário ajustamento fiscal, mas também evitando tensões indevidas na produção e no emprego", afirma, acrescentando que "estes princípios são o guia de trabalho da equipa do FMI" durante a sétima avaliação, que está a decorrer em Lisboa.» … «o objectivo desta visita é "avaliar as circunstâncias económicas e, muito importante, assegurar que o equilíbrio necessário está a ser mantido".»
…«o mandato da delegação do FMI tem como missão procurar um "equilíbrio correto" entre o ajustamento orçamental e os efeitos na economia e no emprego é "da maior importância".»
Esta opinião está em conformidade com palavras já antigas da mesma entidade e de outros conceituados pensadores, observadores e políticos nacionais e estrangeiros, mas que foram desprezadas pelos «eruditos do Governo». Vejamos agora se o problema começa a ser encarado com lucidez e sentido de Estado, pensando na vida dos cidadãos, isto é, na economia nacional. É preciso reconhecer que não é missão fácil para os actores da obsessão que tem reinado, pois a correcção de erros é sempre mais natural e fácil por quem não esteve na sua génese.
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Um mês e muitos pesadelos depois
Há 5 horas
2 comentários:
O esforço para pagar as despesas da dívida já é impossível de manter, por isso até os credores começam a inverter as exigências,
Abraço do Zé
Caro Zé Povinho,
A forma como foi equacionada a solução para o pagamento da dívida pecou por muito amadorismo e teimosia obsessiva,cujos resultados não tardaram a ser notórios. Mas os governantes arrogantes não quiseram dar o braço a torcer e teimaram em agravar a austeridade, reduzindo drasticamente o poder de compra das pessoas e das famílias mais carenciadas, arrastando a economia para profundo buraco. O encerramento de empresas levou ao desemprego, à diminuição de impostos recebidos pelo Estado e ao aumento das despesas com o subsídio de desemprego.
Nada nos leva a ter esperança, mas sim a termos pena de nós e até já os credores, apesar do seu interesse no lucro, têm mais sensibilidade que os nossos governantes e têm pena de nós.
Se durante quase meio mandato o Governo obteve estes resultados, não podemos ter esperança que ele consiga arrepiar caminho e obter melhor efeito que compense os estragos que tem feito, com uma teimosia obsessiva e grande arrogância.
Estamos num ponto dramático do percurso do País.
Abraço
João
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