Na sequência de acontecimentos que vêem ocorrendo no mundo mais próximo, e em que não devem ser esquecidas as manifestações em Portugal em 12-03-2011 e em Madrid desde há uma semana, reuniram-se na sexta-feira, 20-05-2011, no Rossio em Lisboa cerca de 200 jovens onde iniciaram uma vigília que não deve ser menosprezada.
As notícias evidenciam aspectos positivos da consciência cívica, ecológica, democrática dos jovens participantes. Eis alguns títulos Cerca de 200 jovens reúnem-se numa Assembleia Popular e "aprovam" pernoitar no Rossio, Polícia questiona manifestantes sobre protesto no Rossio e acaba por ficar solidária, Activistas do movimento 19M permanecem no Rossio mais um dia, Portugueses e espanhóis "indignados" no Rossio.
Vale a pena ler estas notícias e, por isso, não transcrevo as várias ideias muito positivas nelas contidas, mas não deixo de referir a sugestão de "uma deontologia para os políticos que assegure as boas práticas", que me remete para aquilo que aqui foi escrito - Código de conduta - Código de bem governar - Código ou compromisso alargado e duradouro - Para um código de conduta dos políticos.
Será desejável que destes jovens saiam ideias bem estruturadas que realizem as sugestões constantes de Onde Estamos? Para Onde Vamos?. Portugal e, de uma forma geral, a humanidade precisam de novas ideias para um novo sistema de gestão dos assuntos que contribuem para a felicidade das pessoas, em todos os seus aspectos.
Há que acabar com o «sequestro das palavras, por parte de quem detém o poder» como referiu um dos manifestantes.
Imagem de NUNO PINTO FERNANDES/GLOBAL IMAGENS
A Necrose do Frelimo
Há 5 horas
2 comentários:
A juventude começa a mostrar vontade de mudança e só os agarrados ao poder é que teimam em não ver.
O futuro não se constrói apenas nos corredores do poder.
Caro Luís Coelho,
Obrigado pelas suas palavras. Os corredores do Poder acabam por desempenhar um papel minúsculo para a construção do futuro no longo prazo, nos efeitos duradouros.
Mas os JOVENS, esses sim é que constroem o futuro, e que têm o dever imperativo de o construir, porque são eles a beneficiar ou a sofrer se essa construção for bem ou mal feita. Ao criarem ideias e pô-las em prática estão a preparar o mundo em que viverão. Têm razões e motivos para pensar a sério nisso.
Os das gerações dos «entas», quando generosos, não falam do seu futuro mas do futuros dos filhos e netos. Para eles já não afecta muito viver um pouco melhor ou pior.
Gosto de ver os jovens a interessarem-se pela vida social, económica e política e a emitirem opinião sobre a forma como desejam que o mundo evolua.
Aos políticos fica a necessidade de acompanhar a evolução do pensamento e dar estímulo aos que mais se interessarem pelo bem público e a reflexão sobre as estratégias a seguir. Em Democracia o Poder não tem legitimidade para decidir contra a opinião sensata da população, pois não são patrões mas apenas mandatários, escolhidos para servirem os cidadãos em geral.
E já quem diga que os políticos deviam ser contratados a recibo verde para que os cidadãs os pudessem despedir, quando tivessem mau desempenho.
Abraço
João
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